No
mínimo, muito estranho.
Não, não estou defendendo terrorismos ou atentados
contra cidadãos comuns. Não acredito que atos terroristas sejam um caminho para
defender ideias ou posições políticas/raciais/religiosas ou qualquer outras.
Mas o que aconteceu nesta semana, no Brasil, é, no mínimo, muito estranho.
Pelo que sabemos (as informações estão muito
truncadas), 10 pessoas foram presas na quinta-feira (21) sob a acusação de que
estariam planejando um atentado terrorista para a abertura dos Jogos Olímpicos,
no Rio de Janeiro, no dia 05 de agosto.
Nossa imprensa e alguns “especialistas” não perderam
tempo em divulgar notas e matérias dizendo que havia um risco real e que a
Polícia Federal havia agido corretamente.
Não é nossa intenção defender o crime, mas sempre
gostamos de analisar cada caso e aqui temos uma série de dúvidas sobre os
acontecimentos tão propalados pela imprensa.
Pelo que sabemos, os “suspeitos” (esse é o termo usado
pela própria imprensa) estão na penitenciária federal de segurança máxima de
Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Eles foram presos em dez estados diferentes
e deverão responder pelos crimes de promoção de organização terrorista e
realização de atos preparatórios de terrorismo, ambos previstos na Lei
Antiterrorismo.
Pelas matérias nos jornais, são “suspeitos” de ligação
com o grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Têm entre 20 e 40 anos de idade e
divulgavam suas posições através das redes sociais. O juiz Marcos Josegrei da
Silva, titular da 14ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela condução do
caso, disse que “Nós temos um grupo de pessoas que exaltam terroristas. Tenho
informação de pessoas que têm esse tipo de comportamento e agem em comunidade.
Quando tenho esses elementos, é justificada a prisão temporária”.
A pergunta que não quer calar: “terroristas divulgam
projetos através de redes sociais”? Por que não foram divulgados novos dados
sobre eles? O que está sendo escondido do grande público?
Temos um governo ilegal, um presidente que é interino,
uma Polícia Federal que só investiga contra uma corrente política e nada faz
contra os que socavam o patrimônio público. E querem que aceitemos essas explicações
que a imprensa “marionete” nos passa?
Então, vamos ver se eu entendi. A Polícia Federal
prendeu um “perigoso terrorista” porque postou uma foto no Facebook portando
uma arma de PaintBall (um jogo muito comum e que atrai milhares de jovens). Mas
o tal Kim Kataguiri postou uma fotografia com um fuzil AR15 dizendo que deveria
matar todos os petistas! Quem é o terrorista?????
Não, nosso Informativo não está e nunca estará
defendendo atos terroristas. Mas, como dissemos no título da matéria, é “no
mínimo, muito estranho” todo esse caso em torno de um possível atentado
terrorista na abertur dos Jogos Olímpicos.
• Vamos pensar melhor sobre o tema? Na verdade, esses Jogos Olímpicos a serem realizados
no Rio de Janeiro são muito desinteressantes para a direita e pela quadrilha
que se apossou do poder.
Em primeiro lugar, porque foi uma proposta na qual o
ex-presidente Lula se empenhou pessoalmente e que é vista como uma vitória,
porque o Rio de Janeiro disputava diretamente com cidades do “primeiro mundo”: Chicago (EUA), Tóquio (Japão) e Madri
(Espanha). Já pensaram nisto? Já imaginaram o que representou o Rio de Janeiro
vencer nessa disputa?
Em segundo lugar, porque a
realização das Olimpíadas significaria um grande legado, em organização e infraestrutura,
como aconteceu na Copa do Mundo, quando todos os jogadores saíram do país
elogiando a organização e os turistas felizes. Tudo correu com perfeita
segurança, quando a direita falava em crimes, roubos e violências. Quando
falavam que os aeroportos não funcionariam (lembram?) e que faltariam hotéis.
Mas o golpe da direita
tirou Dilma Rousseff da presidência e agora o governo interino teme que algo
saia errado e quer capitalizar para as próximas eleições.
Uma questão está sendo
escondida pela nossa imprensa: quem vai se apresentar na cerimônia de abertura
dos Jogos Olímpicos?
A questão pode parecer
boba, mas não é. Temos um presidente interino e uma presidenta que, legalmente,
ainda está no cargo até que todas as investigações sejam concluídas e o Senado
Federal tome uma posição.
Ou seja, como ficaria essa
abertura? Com dois presidentes presentes? Um interino e outro afastado?
Pelo que sabemos, o Comitê
Olímpico Internacional (COI) havia encontrado uma saída “honrosa” e convidou
todos os ex-presidentes para a solenidade de abertura.
Seria uma cerimônia, mais
ou menos, perfeita. Com o “interino” golpista (apoiado pela direita internacional
e por Washington) na posição central e outros ex-presidentes presentes (Sarney,
Collor, Lula, etc.), incluindo Dilma Rousseff. Mas a presidenta Dilma já
anunciou que não vai participar e, com isso, desmascara a farsa montada pelo
COI.
• “Reforma trabalhista do Temer” vem aí! O ministro do Trabalho e Previdência Social, Ronaldo Nogueira,
disse que o governo do presidente interino Michel Temer vai encaminhar ao
Congresso Nacional, até o fim deste ano, uma proposta de reforma trabalhista e
outra para regulamentar a terceirização.
Segundo o ministro, a proposta de reforma trabalhista a
ser elaborada pelo governo vai valorizar a negociação coletiva e tratar de
assuntos como salário e jornada. “A CLT será atualizada com o objetivo de
simplificar, para que a interpretação seja a mesma para o trabalhador, o
empregador e o juiz”, disse.
Sobre regulamentar a terceirização, Nogueira adiantou
que pontos da proposta aprovada na Câmara dos Deputados poderão ser
aproveitados, mas não entrou em detalhes. Segundo ele, será criado um grupo de
trabalho para definir o que são e quais serviços especializados poderão ser
terceirizados.
Sobre a CLT, a ideia é prestigiar a negociação
coletiva, com abertura da possibilidade de flexibilização de jornada e salário,
e uma simplificação da lei para evitar interpretações diversas. O governo não
quer mexer com questões relativas a direitos como parcelamento de férias e do
13º.
• Tudo o que os patrões queriam! A Confederação das Associações Comerciais e
Empresariais do Brasil (CACB) comemorou a iniciativa do governo de encaminhar
ao Congresso, até o final do ano, proposta de modernizar as leis do trabalho.
Para o presidente da CACB, George Pinheiro, trata-se de
medidas que, se aprovadas, certamente contribuirão para acelerar o ajuste do País
e a saída da crise. Ele lembrou que a regulamentação da terceirização e do
trabalho intermitente, são reivindicações históricas da CACB.
O presidente da Confederação Nacional do Transporte
(CNT), o senador Clésio Andrade (PMDB-MG), defende a reabertura do Programa de
Recuperação Fiscal (Refis), previsto na Lei Federal nº 12.865/2013, ou a
criação de algum programa equivalente. Um documento com esse pedido foi enviado
na tarde de quarta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e também será
encaminhado ao presidente interino Michel Temer.
De acordo com o parlamentar, “em função da crise na
economia, a situação das empresas brasileiras, especialmente das
transportadoras, também se agravou bastante”, o que dificulta o cumprimento de
todos os compromissos fiscais e tributários.
• Como fica a educação?
Pesquisa apresentada na quarta-feira (20) pela Associação Brasileira de Mantenedoras
do Ensino Superior (Abmes) mostra que 50,5% dos jovens que pretendem ingressar
em curso superior de universidade não têm condições de pagar as mensalidades e
precisam da ajuda de programas de financiamento do governo. O percentual de
37,3% informou que poderia pagar as mensalidades e 12,2% disseram que talvez
tenham condições de pagar. O estudo ouviu mil brasileiros com idade entre 18 e
30 anos, com ensino médio completo.
Ao serem questionados sobre o interesse em pleitear uma
bolsa pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) – que concede bolsas
parciais e integrais, com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
– 57,9% tentariam ingressar no programa, 38,1% não têm interesse no auxílio e
4% não responderam.
Sobre o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), 50,3%
dos entrevistados tentariam essa modalidade, 41,4% não tentariam e 8,3% não
souberam responder. O Fies é um empréstimo para custear graduação em
instituição privada de ensino a uma taxa de juros de 6,5% ao ano. O percentual
de custeio varia conforme a renda familiar mensal.
A pesquisa também perguntou aos estudantes o que pensam
sobre a proposta de redução de investimentos em educação pelo Governo Federal.
A maioria (75%) disse que é contrária ao corte. Sobre a cobrança de
mensalidades por universidades públicas, mais da metade (57,3%) também se opôs
à proposta.
• Quem vai pagar o
pato?
Lembram daquele “patinho” de plástico que serviu de campanha do “Fora Dilma”?
Lembram de quem pagou pela confecção dos tais “patinhos”? Lembram de quem
financiou toda a campanha e deu muito dinheiro para um aprendiz de marginal
chamado Kim Kataguiri? Pois é...
Notícia publicada pelo Portal UOL, na segunda-feira
(18), revela que o empresário Laodse de Abreu Duarte, um dos diretores da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), é o maior devedor da
União entre as pessoas físicas. Sua dívida é maior do que a dos governos da
Bahia, de Pernambuco e de outros 16 Estados individualmente: R$ 6,9 bilhões.
A reportagem ainda apontou que, além do diretor da
Fiesp, o ranking dos devedores mostrou que dois de seus irmãos: Luiz Lian e
Luce Cleo, com dívidas superiores a R$ 6,6 bilhões. Lívio Canuto Abreu Duarte,
um quarto irmão, apresenta uma dívida de cerca de R$ 3 milhões e teve seu nome
revelado no escândalo do Panama Papers, como dono de uma offshore em um paraíso
fiscal.
Eles fazem parte de uma seleta elite que reúne cerca de
13 mil pessoas que devem mais de R$ 15 milhões para o país. Somando tudo, o
valor a que se chega é de mais de R$ 812 bilhões. Para se ter ideia, esse montante
é cinco vezes o total do rombo no orçamento previsto para 2016.
• A Argentina caminha para uma crise social. Não só os trabalhadores e suas famílias estão sofrendo
com o aumento de 400% nas tarifas de energia elétrica e gás. O comércio,
pequenas e grandes empresas, as universidades e os clubes estão diante do mesmo
dilema das famílias: quais gastos podem ser cortados para poder pagar as contas
sem demitir funcionários ou fechar as portas?
Em particular, há uma parcela significativa da
população argentina mais afetada pelas medidas de Macri. A que vive na
Patagônia, onde as temperaturas permanecem abaixo de zero durante meses e a
calefação não pode ser desligada. A região consome 23% do total de gás, apesar
de ter apenas 7% dos lares argentinos. E a crise se agrava ainda mais porque o
consumo de energia está associado à intensa atividade turística!
Para piorar, na Patagônia o aumento médio das tarifas
chegou a 700% para residências particulares e alcançou 1.300% para o comércio e
a indústria.
Houve uma grande mobilização da população local,
recorrendo inclusive à Justiça, e o governo foi obrigado a reduzir esses
aumentos para, em média, os mesmos 400% do restante do país.
Bariloche, o segundo centro de esqui mais importante do
mundo, foi a cidade que se organizou em primeiro lugar e chegaram a recolher
30.000 assinaturas para suspender o “tarifaço”. Segundo depoimento de uma
moradora local ao jornal El Telégrafo, “Bariloche está às escuras”. A cidade
ficou sem fornecimento de energia elétrica durante três dias por uma falha nas
linhas de transmissão.
• Argentinos bloqueiam ruas para protestar. Convocados pelo Movimento Bairros de Pé e a Confederação
de Trabalhadores da Economia Popular, manifestantes argentinos foram para as
ruas na terça-feira (19) e bloquearam mais de 100 ruas em Buenos Aires para
protestar contra os aumentos nas tarifas de água, energia elétrica e gás.
O Movimento Bairros de Pé é uma entidade que reúne
pessoas desempregadas ou com trabalhos precários em zonas periféricas das
grandes cidades.
“Cada vez mais pessoas procuram os restaurantes
comunitários. Há um aumento da demanda e é preciso ampliar a assistência
social”, disse Daniel Menéndez, um dos líderes da organização que convocou os
protestos.
A inflação já acumula um aumento de 42%, segundo cifras
oficiais, com forte queda na atividade econômica do país, principalmente nas
indústrias e no comércio. Segundo o Observatório Social, da Universidade Católica,
1,4 milhão de argentinos caíram na pobreza desde a posse de Macri (10 de
dezembro passado).
Uma família de quatro pessoas na cidade de Buenos Aires
necessita, pelo menos, 12.709 pesos (847 dólares) ao mês para não ser pobre e
6.307 pesos (420 dólares) para não cair abaixo da linha de indigência, segundo
informes do Centro Geral de Estatísticas e Censos do Governo da capital
argentina.
A cesta básica, que marca a linha de pobreza, aumentou
em 2,85% em junho, com referência ao mês anterior. E a cesta de alimentos, que
delimita a linha de indigência, teve um aumento de 3,22% no mesmo período. Ou,
em outras palavras, uma família de quatro pessoas precisou, em junho, gastar
352 pesos (23,4 dólares) a mais do que em maio, para não ser pobre.
• População apoia a greve dos professores panamenhos. O apoio à greve por tempo indeterminado dos
professores panamenhos que lutam por aumentos salariais e por mais
investimentos do governo para melhorar a qualidade da educação cresce em todo o
país.
Os professores de escolas públicas panamenhos iniciaram
a greve na segunda-feira (18) porque o atual governo não cumpriu com o aumento
salarial que já havia sido aprovado pelo presidente anterior, Ricardo Martinelli.
A greve está atingindo o sistema de escolas e colégios públicos.
Além da questão econômica, os professores denunciam que
90% das 3.082 escolas públicas do país, ou seja, 2.800 escolas, sofrem com
problemas por falta de professores, manutenção de banheiros e salas de aulas,
falta de laboratórios, etc. Segundo o Sindicato dos professores, a qualidade do
ensino está deteriorando rapidamente por falta de investimento do Governo.
• No México, violência contra professores em greve. Cerca de 200 homens, encapuzados, atacaram os
professores e pais de família com pedras, paus e pistolas na quarta-feira (20).
A agressão aconteceu durante uma manifestação dos professores e pais de alunos
na estrada que liga San Cristóbal a Tuxtla.
Os agressores estavam acompanhados por policiais do
município e do estado. Destruíram as tendas dos manifestantes que ali estão
acampados e incendiaram tudo, enquanto os policiais rodeavam para garantir a
ação. Um professor foi ferido com uma bala calibre 22, no ombro, e outro foi atropelado
por um veículo dos encapuzados, quebrando a perna.
Os professores do Sindicato Nacional de Trabalhadores
da Educação (SNTE), filiado à Coordenação Nacional de Trabalhadores da Educação
(CNTE), e os pais de alunos não revidaram à agressão e foram obrigados a sair
do local, reagrupando-se novamente no parque central da cidade.
Os dirigentes da CNTE denunciam que o Governo está
postergando as negociações e acusam o Executivo de estar financiando os grupos
paramilitares para reprimir os professores em greve.
• Desmontada a farsa contra a Venezuela. Uma declaração do representante da Organização das Nações
Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) jogou por terra a farsa da
direita venezuelana, apoiada por Washington. O documento diz que “o país não necessita
de ajuda humanitária” e que não existe escassez de alimentos. Mais grave ainda,
o representante da FAO disse que “a aparente falta de alimentos é fruto de um
processo bem conhecido em outras partes do mundo quando os empresários escondem
seus produtos com finalidade de especular com os preços em busca de maiores
lucros”.
E ele foi ainda mais longe ao dizer que “no caso da
Venezuela há também o interesse de desestabilizar o Governo para provocar uma
intervenção externa”. O documento fala claramente da existência de uma “guerra
interna” no país, com uma intensa campanha midiática contra o presidente
Nicolás Maduro.
• Dinheiro público para
empresas privadas.
Mergulhada na crise, a Europa não deixa de nos surpreender com a política
neoliberal que condena os trabalhadores ao peso de uma “austeridade” em nome da
salvação econômica, mas que não mede esforços para facilitar a vida das grandes
empresas.
Pelas notícias que nos chegam, o Banco
Central Europeu (BCE) acaba de liberar uma “pequena ajuda” no valor de 470
milhões de euros para três grandes empresas espanholas: Telefónica, Iberdrola e
Repsol. Isso com dinheiro público e sem qualquer garantia de fiscalização ou de
retorno.
Enquanto isso, a Espanha segue sendo a
recordista em desemprego na região!
• Se gritar “pega ladrão”... A Suprema Corte de Justiça da França está confirmando que a
diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, vai
sentar no banco dos réus para responder a um processo por negligência durante
sua gestão de fundos públicos.
Lagarde está implicada em uma denúncia, quando era
ministra da Economia da França, concedendo indenização milionária ao empresário
Bernard Tapie quando ocorreu a venda do grupo Adidas (material esportivo).
A ação de Lagarde, favorecendo ao empresário, custou
404 milhões de euros aos cofres públicos!
• Aumentam os despejos na Espanha. O tema já apareceu algumas vezes em nosso Informativo,
mas a situação continua se agravando. Segundo números divulgados pelo Banco da
Espanha, em 2015 houve um crescimento de 29,8% nos despejos de famílias por
decisão judicial. Os números falam em 36.929 pessoas que perderam suas casas.
Um informe do mesmo banco diz que 82% das hipotecas que
levaram aos despejos foram realizadas em 2007, ou seja, antes da explosão da
crise conhecida como “bolha imobiliária”.
Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas, o número
de suicídios na Espanha teve um crescimento de 20% desde o início da crise.
• Hollande aprova sua reforma trabalhista. Após meses de protestos de trabalhadores, divisões
internas no governo e debate no Parlamento, a polêmica reforma trabalhista
defendida pelo presidente da França, François Hollande, foi aprovada na
quarta-feira (20) de forma definitiva, depois que a oposição não conseguiu
apresentar uma moção de censura à proposta.
“Como não houve nenhuma moção de censura o projeto de
lei se considera adotado em leitura definitiva”, anunciou na quinta-feira o
presidente da Assembleia Nacional, Claude Bartolone, em breve intervenção na
qual também deu por encerrada a sessão extraordinária da Câmara Alta (Senado),
que entra recesso e só voltará a se reunir em plenário em setembro.
Desde a apresentação, o projeto de reforma trabalhista
foi questionado nas ruas e provocou uma divisão interna no governo socialista,
a ponto de que nas duas vezes em que o texto passou pela Câmara Baixa, o primeiro-ministro,
Manuel Valls, teve que recorrer a um artigo da Constituição Nacional que
permite a sanção sem submeter a iniciativa à votação.
Um dos pontos do texto que mais despertou oposição é o
que dá preferência aos acordos trabalhistas e salariais por empresas em vez dos
tradicionais acordos por setores produtivos.
Assim como os sindicatos, a maioria dos franceses é
contra a iniciativa levada adiante por um governo cada vez mais impopular e que
no ano que vem terá que renovar seu mandato nas urnas, em um cenário muito
incerto, no qual a extrema-direita de Marine Le Pen não para de crescer nas
pesquisas.
• Quem vai ter mais poder, em 2030? Muito interessante a pesquisa realizada pela revista
estadunidense National Interest, especializada em questões militares e de
armamentos. O trabalho faz uma projeção futura, para o ano 2030, quando estarão
em prática novas formas de combate e de armamentos.
A matéria diz que, depois do fim da Guerra Fria, os
países continuaram a desenvolver novos métodos para conduzir conflitos
militares, aprimorando táticas e tecnologias. Para isso, a revista considerou
quatro fatores importantes: o acesso aos recursos nacionais; o apoio das forças
políticas; o nível de independência que têm os governos e; a possibilidade de
testar seus equipamentos em condições reais. Eis os resultados do estudo.
RÚSSIA – Nos últimos 25 anos, depois do fim da União
Soviética, o Exército da Rússia se transformou e conseguiu recuperar espaço nos
recursos da nação. Recebeu um considerável investimento e reformou suas forças
de elite que permitiram levar a cabo ações exitosas na Chechênia e em outros
conflitos recentes.
A revista diz que, no futuro, as tropas terrestres
sentirão o desafio de novas tecnologias do complexo industrial-militar russo em
função do “esgotamento” do legado soviético, mas que os soldados russos
preservarão suas vantagens atuais com alta motivação, quantidade de efetivos e
as ações das unidades especiais.
EUA – Segundo o estudo, em 2030 o Exército dos EUA
manterá seu status como força terrestre mais potente do mundo. O alto nível de
preparação das tropas estará garantido por um sistema de inovações do complexo
industrial-militar do país.
O Exército estadunidense está “em boa forma” porque
Washington vem realizando a “guerra contra o terror” há 15 anos, mas a tensão
constante e o conflito que não acaba pode fatigar as unidades militares.
CHINA – Devido ao crescimento rápido de sua economia,
as Forças Armadas desse país asiático também se desenvolveram. Na atualidade, o
Exército Popular de Libertação chinês se converteu em um agrupamento moderno,
muito bem financiado e com grandes inovações tecnológicas.
A principal vantagem das tropas chinesas é o seu tamanho:
nenhum outro Exército no mundo tem uma quantidade comparável de capital humano.
Mas o principal obstáculo é a falta de experiência em combate real. Pois a
revista lembra que o último conflito em que participou foi no Vietnam, em 1979.
ÍNDIA – Ao contrário da China, as Forças Armadas da
Índia tomaram parte em uma variedade de conflitos, entre eles a supressão da
rebelião maoísta e a guerra contra os insurgentes na Cachemira, apoiados pelo Paquistão,
um antigo adversário.
É evidente que o Exército indiano tem um atraso
tecnológico considerável em comparação com os demais que aparecem na lista. E
lança mão das importações para suprir suas necessidades, comprando armamentos da
Rússia, EUA, Europa e Israel.
FRANÇA – A curto prazo, segundo a pesquisa feita, o Exército
francês se converterá na força militar mais importante da Europa, obterá o
controle sobre o aparato militar do continente e determinará sua política de
segurança. O apoio do Governo, que vem mantendo um nível de investimentos
elevado no complexo industrial-militar, favorece as tropas terrestres.
Além disso, as forças francesas gozam de uma
experiência considerável em combate nos marcos da OTAN, assim como em operações
próprias. O país possui também uma indústria robusta, capaz de produzir uma variedade
de armamentos modernos (tanques, aviões, submarinos e mísseis estratégicos). (A matéria está nas páginas do SputinikNews)
• A CIA tinha conhecimento do golpe na Turquia. O diretor da CIA, John Brennan, certamente teve um
papel no fracassado golpe de Estado na Turquia, disse Lawrence Wilkerson,
antigo chefe de gabinete do secretário de Estado dos EUA, Colin Powell.
“Na minha opinião, não há dúvidas de que John Brennan e
outros agentes sabiam que estava sendo tramado um golpe na Turquia”, disse ele
em uma entrevista. Na terça-feira (19), o porta-voz do Departamento de Estado
estadunidense, Mark Toner, correu para a imprensa desmentindo a declaração e
assegurando que o governo de Washington tivesse implicações no golpe. Então tá,
então!
• Quem é o eleitor de Donald Trump? Os estudos realizados por diversos institutos nos EUA
estão mostrando quem é o eleitor do candidato republicano, Donald Trump, à
presidência.
Em sua grande maioria, são homens brancos, com poucos
anos de estudos e com ideologia conservadora. Conhecidos como “angry white man”
(homem branco importunado/incomodado) são vistos como o segmento mais
apaixonado em apoio e defesa do magnata.
Outra pesquisa revela que os cidadãos de Ohio e
Carolina do Sul, bases de sustentação de Trump, consideram a globalização da
economia como culpada pela perda de seus empregos, favorecendo aos operários da
China, Índia ou México. E 81% dos entrevistados consideraram que a imigração é
um grande mal para a economia.
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