Projetado por Niemeyer, conjunto arquitetônico da Pampulha se torna Patrimônio Mundial da Humanidade
Conjunto foi reconhecido pela Unesco neste domingo, em reunião que também consagrou Le Corbusier ao reconhecer 17 obras do arquiteto e artista franco-suíço
A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) reconheceu no domingo (17/07) como Patrimônio Mundial da Humanidade o conjunto arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais, projetado pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.
Durante a 40a sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, realizado em Istambul, na Turquia — em meio a uma tentativa de golpe militar —, os 21 países integrantes do órgão ratificaram a indicação da Pampulha.
Cecilia Heinen/FlickrCC
Igreja de são Francisco de Assis, cujo mural de azulejos foi feito por Candido Portinari, faz parte de complexo da Pampulha
Cecilia Heinen/FlickrCC
Igreja de são Francisco de Assis, cujo mural de azulejos foi feito por Candido Portinari, faz parte de complexo da Pampulha
O projeto do conjunto da Pampulha foi encomendado pelo então prefeito de BH, Juscelino Kubitschek, a Niemeyer e construído entre 1942 e 1944. Também fizeram parte do projeto o paisagista Roberto Burle Marx, o pintor Candido Portinari e o artista plástico Paulo Werneck, entre outros profissionais e artistas. Atualmente, o conjunto é composto pelos jardins de Burle Marx, a Igreja de São Francisco de Assis — cujo painel externo de azulejos foi feito por Portinari —, o antigo Cassino (atual Museu de Arte da Pampulha), a Casa do Baile (atualmente Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de BH), o Iate Tênis Clube e a Praça Dalva Simão.
Também no domingo foram reconhecidas 17 obras do arquiteto, urbanista, escultor e pintor franco-suíço Le Corbusier como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. Entre elas estão a Capela de Ronchamp, na França; o bloco habitacional L’Unité d’Habitation em Marselha, também na França, e a casa do médico argentino Pedro Curutchet, em La Plata, próximo à capital argentina, Buenos Aires.
A Pampulha foi um dos quatro lugares incluídos pelo Comitê do Patrimônio da Humanidade da Unesco na lista de Patrimônios da Humanidade junto com 17 obras do arquiteto, urbanista, escultor e pintor franco-suíço Le Corbusier (1887-1965), os estaleiros britânicos da ilha caribenha de Antígua (1720) e o Parque Nacional de Khangchendzonga no norte da Índia, na encosta do monte Kanchenjunga, entre Nepal e Butão.
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Em nota oficial conjunta, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Cultura do Brasil expressaram satisfação pelo reconhecimento ao conjunto brasileiro. “A Unesco, ao reconhecer o valor universal excepcional da Pampulha, considerou o conjunto como símbolo de uma arquitetura moderna distante da rigidez do construtivismo e adaptada de forma orgânica às tradições locais e às condicionantes ambientais brasileiras”, afirmaram.
M-Louis/FlickrCC
Capela de Ronchamp, projetada por Le Corbusier e considerada Patrimônio Mundial
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Capela de Ronchamp, projetada por Le Corbusier e considerada Patrimônio Mundial
*Com informações de Agência Efe
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