quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Com 1.210 ocupações, estudante é símbolo da luta contra a PEC 241

26 de outubro de 2016 - 15h30 

Com 1.210 ocupações, estudante é símbolo da luta contra a PEC 241


UNE
Assembleia na UFMTAssembleia na UFMT
Moara Correa, vice presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), avalia o quandro das ocupações nas universidades. "Apesar da derrota com a provação da PEC 241 na Câmara, as ocupações tem crescido e estamos centrando forças, mobilizando, para a grande greve geral no próximo dia 11 de novembro. Claro que estamos abalados com a ação de um Congresso que não representa o povo brasileiro, mas resistirmos ocupando mais escolas" afirma a estudante.

Presença feminina


A diretora da UNE chama atenção para a presença de jovens mulheres no processo, "são negras, filhas da classe trabalhadora e que estão liderando diversas ocupações, a resistência é feminista e periférica", relata Moara.

O que representa as medidas adotadas pelo governo Temer 


A PEC 241, aprovada na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (25) com larga vantagem de 359 votos, após jantares luxuosos promovidos por Temer para "convencer" os parlamentares a aderirem a proposta, passará por análises dos destaques e seguirá para votação no Senado Federal.

A proposta da PEC define um limite para os gastos do Governo Federal durante 20 anos. Qualquer investimento de gastos públicos não poderá ultrapassar o limite da inflação do ano interior, congelando aplicação em áreas como saúde, educação e gerando a perda do poder de compra do salário mínimo, entre outros impactos que atingirão em cheio a classe trabalhadora. Como exemplo, a Universidade Federal Fluminense (UFF) teria perdido, em 10 anos, 780 milhões caso a PEC 241 já estivesse em vigor. Além disso, especialistas alertam que nenhum outro país adotou o teto de gastos como o da PEC 241.

Já a Medida Provisória (MP) da Reforma do Ensino Médio, encaminhada pelo governo Temer sem nenhum debate com entidades que atuam na defesa da educação ou a na comunidade escolar, reflexo do tom ao qual o presidente conquistou à asenção ao poder, pretende vender uma nova escola às custas da intensificação da precarização e descontrução do senso crítico. Entre algumas das consequências, caso provada, estão: A não obrigatoriedade de disciplinas que estimulam o senso crítico dos jovens, como sociologia e filosofia, tornando obrigatórias somente português e matemática, a implementação do ensino integral em escolas que não possuem infraestrutura para receber esse tipo de proposta e a não exigência de formação pedagogia dos professores, apenas basta possuir um "notório saber".

Confira abaixo imagens de ocupações e protestos contra a PEC 241: (Fotos e informações: Mídia Ninja e UNE)

A ocupação da Escola Central Estadual, localizada em Belo Horizonte (MG) foi atacada nesta quarta-feira (26) pela manhã. Duas bombas foram jogadas dentro da ocupação no edifício escolar, obra do reconhecido arquiteto Oscar Niemeyer.





Estudantes da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, em Pau dos Ferros /RN interditam BR, nesta manhã, 26, pedindo respeito pelo Campus contra a PEC 241, que prevê o congelamento dos gastos públicos na saúde e na educação por duas décadas, e reivindicando o pagamento dos servidores terceirizados e dos professores.



Nesta manhã (26), estudantes ocuparam o Colégio de Aplicação João XXIII, da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais.



Alunos acabam de ocupar o prédio da reitoria da Universidade Federal de Itajubá UNIFEI, interior de Minas Gerais, contra a PEC 241.



Os alunos de pedagogia da UFES no Campus de Goiabeiras no Espírito Santo ocupam o prédio do IC4 intensificando as lutas pelos direitos referentes a educação. Contra a Pec 241 e os retrocessos sociais.



Assembleia estadual do movimento de ocupações do Paraná. Mais de 700 escolas reunidas em Curitiba para discutir o rumo do movimento. No vídeo, jogral puxado por Matheus dos Santos, presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas.



Estudante secundaristas do IFG - Formosa - GO, ocupam o campus contra a PEC 241 e as medidas tomadas pelo governo Temer.


  
Prédio de aulas do curso de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul foi ocupado nesta quarta-feira (26)


Os estudantes da UFPA Campus Cametá, estão entrando no 3° dia de ocupação, realizando diversos debates, entre eles a defesa da Educação e da Saúde Pública. Nenhum direito a menos.



 


Do Portal Vermelho 

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