sexta-feira, 14 de outubro de 2016

É de se lamentar que países queiram resolver problemas econômicos com projetos como o TPP, diz Putin

É de se lamentar que países queiram resolver problemas econômicos com projetos como o TPP, diz Putin


Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica, o TPP, foi assinado por 12 países em fevereiro; presidente russo foi à Índia para encontro dos Brics
Atualizada às 20h43
O presidente da Rússia, Vladmir Putin, afirmou, em entrevista à agência Sputnik e a outros veículos russos e indianos, que considera “de se lamentar” que países tentem resolver crises econômicas com medidas protecionistas e acordos como o Transpacífico (conhecido como TPP). A conversa foi divulgada nesta quinta-feira (13/10), dois dias antes da reunião dos Brics, que acontece em Goa, na Índia.
“A situação econômica e financeira mundial continua complicada, ainda não foram superadas as consequências da crise financeira global. É de se lamentar que, neste contexto, alguns países procurem resolver os problemas acumulados através das medidas protecionistas, tentativas de criar tais projetos fechados e não transparentes como o Acordo de Parceria Transpacífico ou o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento. A Rússia, bem como os nossos parceiros do BRICS, permanece fiel à formação dos espaços econômicos abertos, de caráter não discriminatório e baseados nos princípios da OMC”, afirmou o mandatário russo.
O Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica (TPP, na sigla em inglês), que pretende ser o maior acordo de livre comércio do mundo em termos de recursos intercambiados, foi assinado por 12 países em fevereiro deste ano, em meio a protestos.
Além de eliminar impostos, o TPP estabelece regras uniformes sobre a propriedade intelectual das corporações, abrirá o fluxo de informação pela internet entre as nações, inclusive no Vietnã, que é comunista; e estabelece uma fiscalização única sobre o tráfico ilegal de animais e crimes ambientais. Além disso, o tratado também visa diminuir a influência chinesa na região.
Agência Efe

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Sindicatos trabalhistas, ativistas de direitos humanos e ambientalistas se opõem ao acordo, justificando que o TPP beneficia apenas as grandes empresas, prejudicando trabalhadores e enfraquecendo leis de proteção ambiental.
Brics
Segundo Putin, o encontro dos Brics – que reúne os líderes de África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia – é uma oportunidade para “sincronizar os relógios” em temas-chave da política internacional.
“Estamos decididos a cooperar na área de combate ao terrorismo, luta contra tráfego de drogas e corrupção. Conjuntamente, desejamos contribuir para resolução de conflitos, segurança de informação internacional. Todos nós estamos preocupados com a persistente instabilidade na economia mundial. Junto com os parceiros, deliberaremos o que é possível fazer para consolidar futuramente os nossos esforços frente a este desafio”, afirmou o russo.
“A agenda da cúpula em Goa inclui o exame dos primeiros resultados da execução da Estratégia para uma Parceria Econômica do Brics, adotada em Ufá, o aperfeiçoamento do projeto no roteiro da cooperação econômico-comercial e de investimentos dos países do bloco para até 2020. Planejamos criar novos formatos e mecanismos de cooperação com os parceiros, no âmbito dos quais serão elaboradas medidas coordenadas para o desenvolvimento dos laços em várias áreas. Com isso, permanecerão no foco as questões relacionadas com o reforço da segurança internacional e estabilidade, o fortalecimento da competividade das nossas economias, a promoção do desenvolvimento internacional”, disse.

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