sábado, 3 de dezembro de 2016

Leia e ouça íntegra de discurso de Raúl Castro na cerimônia a Fidel em Havana


Leia e ouça íntegra de discurso de Raúl Castro na cerimônia a Fidel em Havana


"Fidel consagrou toda sua vida à solidariedade e encabeçou uma Revolução socialista 'dos humildes, pelos humildes e para os humildes'", disse presidente cubano
Estimados chefes de Estado e de Governo,
Senhores chefes de delegações,
Destacadas personalidades,
Todos os amigos,
Querido povo de Cuba [aplausos],
Ainda que me corresponda pronunciar o discurso final no próximo dia 3 de dezembro, quando nos reuniremos na praça da Revolução Antonio Maceo, em Santiago de Cuba, desejo manifestar agora, em nome de nosso povo, Partido e Governo, assim como da família, sincera gratidão por sua presença neste ato [aplausos], pelas emocionantes palavras que aqui se expressaram e também pelas extraordinárias e inumeráveis mostras de solidariedade, afeto e respeito recebidas de todo o planeta nesta hora de dor e de compromisso.
Fidel consagrou toda sua vida à solidariedade e encabeçou uma Revolução socialista “dos humildes, pelos humildes e para os humildes” que se converteu em um símbolo da luta anticolonialista, antiapartheid e anti-imperialista, pela emancipação e dignidade dos povos.
Suas vibrantes palavras ressoam hoje nesta praça, como na Concentração Camponesa de 26 de julho de 1959 em apoio à reforma agrária, que foi como cruzar o Rubicão e desatou condenações de morte da Revolução. Aqui Fidel ratificou que “a reforma agrária segue”. E a fizemos. Hoje, 57 anos depois, estamos honrando quem a concebeu e a encabeçou.
Neste lugar, votamos junto a ele a Primeira e a Segunda Declaração de Havana de 1960 e 1962, respectivamente [aplausos]. Frente às agressões apoiadas pela Organização de Estados Americanos, Fidel proclamou que “por trás da Pátria, por trás da bandeira livre, por trás da Revolução redentora… há um povo digno” disposto a defender sua independência e “o comum destino da América Latina liberada”.
Estava junto a Fidel no edifício que hoje é ocupado o MINIFAR, ou seja, Ministério das Forças Armadas Revolucionárias, quando escutamos a explosão do barco francês La Coubre, que trazia as primeiras e únicas armas que pudemos comprar na Europa, e partimos ao cais, porque já sabíamos que essa explosão só podia se originar no barco que estava descarregando essas armas, para socorrer as vítimas, quando minutos depois de nossa chegada, se produziu, como armadilha mortal, uma segunda explosão. Entre ambas, se causaram 101 mortes e numerosos feridos.
Aqui, com ele, se fez a Declaração de Cuba como Território Livre de Analfabetismo em dezembro de 1961 [aplausos], ao terminar a Campanha de Alfabetização protagonizada por mais de 250.000 professores e estudantes que não se detiveram, enquanto que, neste mesmo ano, os veteranos do Exército Rebelde e as nascentes Milícias Nacionais Revolucionárias combatiam aos mercenários na praia Girón e nas zonas montanhosas contra os grupos armados infiltrados do exterior que, entre outras muitas e múltiplas prevaricações, assassinaram a 10 jovens alfabetizadores. Venceu-se em Girón e se cumpriu ao mesmo tempo com a alfabetização de todo o país [aplausos], para consagrar, como então disse Fidel, que “os jovens têm o porvir em suas mãos” [aplausos].
Com profunda emoção, aqui mesmo escutamos ao Comandante em Chefe nesta praça, na Velada Solene de outubro de 1967, para render tributo ao inesquecível Comandante Che Guevara e regressamos a ela, 30 anos depois, durante a etapa mais dura do Período Especial, para nos comprometermos ante seus restos que seguiríamos seu exemplo imortal.
Estremecidos e indignados, assistimos à Despedida de Dor das 73 pessoas assassinadas pelo terrorismo de Estado no voo do avião da Cubana de Aviação em Barbados; entre elas, os jovens ganhadores de todas as medalhas de outro no quarto Campeonato Centro-americano e do Caribe de Esgrima. Nessa ocasião, repetimos com ele que “quando um povo enérgico e viril chora” [exclamações de “A injustiça treme”!], exatamente, “a injustiça treme!” [aplausos].
Esta é a praça de importantes marchas do Primeiro de Maio da capital; em 1996 contra o bloqueio e a lei Helms-Burton, que ainda se mantêm; do enorme Desfile de 1999 e da Tribuna Aberta da Juventude, os Estudantes e Trabalhadores de 2000, onde Fidel expôs seu conceito de Revolução, que nestes dias milhões de cubanos fazem seu com sua assinatura, em um ato de vontade sagrada [aplausos].
Este é o lugar onde acudimos para respaldar os acordos dos nossos Congressos do Partido Comunista de Cuba.
Neste mesmo espírito, o povo veio nestes dias, com uma grande participação dos jovens, a render emocionado tributo e a jurar lealdade às ideias e à obra do Comandante em Chefe da Revolução Cubana [aplausos].
Querido Fidel:
Junto ao monumento a José Martí, herói nacional e autor intelectual do assalto ao Quartel Moncada, onde nos reunimos durante mais de meio século, em momentos de extraordinária dor, ou para honrar a nossos mártires, proclamar nossos ideais, reverenciar nossos símbolos e consultar ao povo decisões transcendentais; precisamente aqui, onde comemoramos nossas vitórias, te dizemos junto a nosso abnegado, combativo e heroico povo: “Até a vitória, sempre!” [exclamações de “sempre!” e aplausos]
[Gritam “Viva Fidel!”, “Viva Raúl!”]
Granma

Raúl Castro discursa em Havana
 
Em espanhol:
Estimados Jefes de Estado y de Gobierno;
Señores Jefes de Delegaciones;
Destacadas personalidades;
Amigos todos;
Querido pueblo de Cuba (Aplausos):
Aunque me corresponderá pronunciar el discurso final el próximo 3 de diciembre, cuando nos reunamos en la Plaza de la Revolución Antonio Maceo, en Santiago de Cuba, deseo manifestar ahora, en nombre de nuestro pueblo, Partido y Gobierno, así como de la familia, sincera gratitud por su presencia en este acto (Aplausos), por las emocionantes palabras que aquí se han expresado y también por las extraordinarias e innumerables muestras de solidaridad, afecto y respeto recibidas de todo el planeta en esta hora de dolor y de compromiso.
Fidel consagró toda su vida a la solidaridad y encabezó una Revolución socialista “de los humildes, por los humildes y para los humildes” que se convirtió en un símbolo de la lucha anticolonialista, antiapartheid y antimperialista, por la emancipación y la dignidad de los pueblos.
Sus vibrantes palabras resuenan hoy en esta Plaza, como en la Concentración Campesina del 26 de julio de 1959 en apoyo a la Reforma Agraria, que fue como cruzar el Rubicón y desató la condena a muerte de la Revolución. Aquí Fidel ratificó que “la Reforma Agraria va”. Y la hicimos. Hoy, 57 años después, estamos honrando a quien la concibió y encabezó.
En este lugar, votamos junto a él la Primera y la Segunda Declaración de La Habana de 1960 y 1962, respectivamente (Aplausos). Frente a las agresiones apoyadas por la Organización de Estados Americanos (OEA) Fidel proclamó que “detrás de la Patria, detrás de la bandera libre, detrás de la Revolución redentora... hay un pueblo digno” dispuesto a defender su independencia y “el común destino de América Latina liberada”.
Estaba junto a Fidel en el edificio que ocupa hoy el MINFAR, o sea, Ministerio de las Fuerzas Armadas Revolucionarias, cuando escuchamos la explosión del barco francés La Coubre, que traía las primeras y únicas armas que pudimos comprar en Europa, y partimos al muelle, porque ya sabíamos que solo esa explosión podía originarse en el barco que estaba descargando esas armas, para socorrer a las víctimas, cuando minutos después de nuestra llegada se produjo, como trampa mortal, una segunda explosión. Entre ambas causaron 101 muertos y numerosos heridos.
Aquí, con él, se hizo la Declaración de Cuba como Territorio Libre de Analfabetismo en diciembre de 1961 (Aplausos), al terminar la Campaña de Alfabetización protagonizada por más de 250 000 maestros y estudiantes que no se detuvo, mientras ese mismo año los veteranos del Ejército Rebelde y las nacientes Milicias Nacionales Revolucionarias combatían a los mercenarios en Playa Girón y en las zonas montañosas contra las bandas armadas infiltradas desde el exterior que, entre otras muchas y múltiples fechorías, asesinaron a 10 jóvenes alfabetizadores. Se venció en Girón y se cumplió al mismo tiempo con la alfabetización de todo el país (Aplausos), para consagrar, como dijo entonces Fidel, que “los jóvenes tienen el porvenir en sus manos” (Aplausos).
Con profunda emoción aquí mismo escuchamos al Comandante en Jefe en esta Plaza, en la Velada Solemne de octubre de 1967, para rendir tributo al inolvidable Comandante Che Guevara y regresamos a ella, 30 años después, durante la etapa más dura del Período Especial, para comprometernos ante sus restos a que seguiríamos su ejemplo inmortal.
Estremecidos e indignados, asistimos a la Despedida de Duelo de las 73 personas asesinadas por el terrorismo de Estado en la voladura del avión de Cubana de Aviación en Barbados, entre ellas los jóvenes ganadores de todas las medallas de oro en el cuarto Campeonato Centroamericano y del Caribe de Esgrima. En esa ocasión repetimos con él que “cuando un pueblo enérgico y viril llora”, (Exclamaciones de: “¡La injusticia tiembla!”), exactamente, “¡la injusticia tiembla!” (Aplausos.)
Es esta la Plaza de importantes marchas del Primero de Mayo de la capital; en 1996 contra el bloqueo y la Ley Helms-Burton, que aún se mantienen; del enorme Desfile de 1999 y de la Tribuna Abierta de la Juventud, los Estudiantes y los Trabajadores del 2000, donde Fidel expuso su concepto de Revolución, que en estos días millones de cubanos hacen suyo con su firma, en un acto de voluntad sagrado (Aplausos).
Es este el lugar a donde hemos acudido para respaldar los acuerdos de nuestros Congresos del Partido Comunista de Cuba.
En ese mismo espíritu ha venido en estos días el pueblo, con una gran participación de los jóvenes, a rendir emocionado tributo y a jurar lealtad a las ideas y a la obra del Comandante en Jefe de la Revolución Cubana (Aplausos).
Querido Fidel:
Junto al Monumento a José Martí, héroe nacional y autor intelectual del asalto al Cuartel Moncada, donde nos hemos reunido durante más de medio siglo, en momentos de extraordinario dolor, o para honrar a nuestros mártires, proclamar nuestros ideales, reverenciar nuestros símbolos y consultar al pueblo trascendentales decisiones; precisamente aquí, donde conmemoramos nuestras victorias, te decimos junto a nuestro abnegado, combativo y heroico pueblo: ¡Hasta la victoria siempre! (Exclamaciones de: “¡Siempre!” y Aplausos)
(Exclaman consignas de: “¡Viva Fidel! ¡Viva Raúl!”.)

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