NOTA
Nota
do MTST – Movimento dos Trabalhadores sem Teto sobre o Despejo de 700 famílias
da ocupação colonial e a injusta prisão de Guilherme Boulos.
No despertar da manhã de hoje, centenas
de policiais do batalhão de choque da polícia militar de São Paulo cercaram o
terreno onde mais de 700 famílias estão ocupadas a mais de um ano no Jardim.
Colonial, zona leste de São Paulo.
Cerca de 3 mil pessoas: homens,
mulheres, crianças, idosos, deficientes que foram jogados na rua por uma
decisão judicial que considerou apenas os interesses do proprietário de um
latifúndio urbano que só servira antes das pessoas morarem ali para especulação
imobiliária..
A todo o momento, o MTST – Movimento dos
Trabalhadores sem Teto procurou alternativas para evitar o despejo, evitando
assim um massacre de pessoas pobres que nada mais estavam que lutando pelo
direito constitucional da moradia.
Infelizmente, nossos esforços foram em
vão e a PM do governador Geraldo Alckmin (PSDB) levou a frente uma ação
desumana contra as famílias da ocupação do Jardim Colonial.
Sem respostas favoráveis do poder
público e do judiciário, os moradores se viram sem alternativas e partiram para
a resistência à ordem de despejo.
Mesmo a ocupação Colonial não sendo uma
ocupação do MTST, o companheiro Guilherme Boulos, membro da coordenação
nacional do MTST – Movimento dos Trabalhadores sem Teto, acompanhou o processo
desde o início a convite dos representantes da ocupação Colonial, na tentativa
de encontrar um desfecho favorável para as famílias da ocupação.
No entanto, a PM de Alckmin, de forma
autoritária, resolveu prender o companheiro Guilherme Boulos sob a acusação de
desobediência civil e por participar e organizar manifestações contra as
medidas de retirada de direitos do governo ilegítimo de Michel Temer.
A prisão do Guilherme Boulos, assim como
o despejo das famílias da ocupação Colonial são uma demonstração do modus
operandi político criminalizatório em voga contra os movimentos sociais, contra
os pobres, contra os direitos sociais e os serviços públicos.
Um verdadeiro absurdo, uma vez que
Guilherme Boulos esteve o tempo todo procurando uma mediação para o conflito.
Neste momento, o companheiro Guilherme
continua detido no 49ª DP de São Mateus.
Não aceitaremos calados que além de massacrarem
o povo da ocupação Colonial, jogando-os nas ruas, ainda queiram prender aqueles
que tentaram ajudá-los.
Continuaremos acompanhando as famílias e
lutando contra esse despejo injusto.
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
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