sábado, 18 de fevereiro de 2017

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






“Fora Temer” no Festival de Berlim!
O cineasta Marcelo Gomes, diretor do filme “Joaquim”, protestou na quinta-feira (16) em Berlim contra o governo de Michel Temer durante a entrevista coletiva de divulgação do longa, em disputa pelo prêmio máximo do Festival Internacional de Cinema da capital alemã.
“Nos últimos 14 anos [de governos do PT], houve uma mudança radical de paradigmas, de inclusão social, feita pelo governo Lula”, disse Gomes a jornalistas de dezenas de países após a estreia do filme na 67ª edição da Berlinale. “Mas estamos num momento muito absurdo de nossa política, com retrocessos. Temos que lutar para que a inclusão social aumente, para que essas políticas voltem. Temos que lutar contra esse governo ilegítimo”, afirmou.
Marcelo Gomes retomou o protesto de cineastas brasileiros contra o governo Temer e em defesa do cinema nacional durante evento na Embaixada do Brasil em Berlim na terça-feira (14). Ele leu, em inglês, uma versão estendida da carta-manifesto lida por seus colegas na ocasião e assinada pelos cineastas cujos filmes estão em disputa no festival, um dos mais importantes do mundo, um documento que reuniu mais de 300 assinaturas de trabalhadores do audiovisual e da cultura brasileira.
O protesto de Marcelo Gomes não foi o único. Desde o início do festival, que conta com 12 filmes brasileiros, outros discursos contra o governo foram realizados como na exibição dos filmes “Pendular”, de Julia Murat, e “Rifle”, de Davi Pretto.
Logo no primeiro parágrafo, diz a carta lida pelo cineasta: “Estamos vivendo uma grave crise democrática no Brasil. Em quase um ano sob esse governo ilegítimo, direitos da educação, saúde, trabalhistas foram duramente atingidos. Junto com todos os outros setores, o audiovisual brasileiro, especialmente o autoral, corre sério risco de acabar. A diretoria da Ancine (Agência Nacional de Cinema) está agora em processo de substituição de dois de seus quatro diretores, que serão anunciados pelo ministério do atual governo”.
Pistoleiros atacam acampamento do MST. O Acampamento Riacho de Pedra no município de Gameleira, Zona da Mata sul de Pernambuco, foi atacado na noite de domingo (12). Camponeses relatam que, em torno das 22h, dois carros se aproximaram do acampamento e dispararam armas de fogo contra os acampados, que fugiram. Em seguida os atiradores atearam fogo em todos os barracos e pertences dos acampados. Os agricultores aguardavam posicionamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que prometera se posicionar em março.
Há 3 anos trabalhadores rurais Sem Terra ocuparam as terras improdutivas da massa falida da Usina Pumaty. A usina fica no município de Joaquim Nabuco, mas as terras ocupadas, do antigo engenho, ficam na divisa de Gameleira e Água Preta. Sessenta famílias viviam no local. “A massa falida nada fazia naquelas terras. Mas os acampados têm muitas lavouras, passaram a produzir e comercializar na feira de Gameleira. Já vendem macaxeira, inhame, melancia, hortaliças e feijão verde.
Em dezembro passado houve uma audiência na Comarca de Água Preta para debater a situação daquelas terras. Na audiência o responsável pela Comarca, representando o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), teria dito que a situação não mudaria enquanto não houvesse um posicionamento oficial do Incra, o que deveria acontecer – a pedido da Justiça – dentro de um prazo de três meses. Uma segunda audiência foi agendada para a primeira semana de março.
Na sexta-feira (10) oficiais de justiça e policiais militares chegaram ao acampamento levando uma ordem de despejo. O mandado de reintegração de posse é assinado pelo juiz Rodrigo Ramos Melgaço, que está em função cumulativa na Comarca de Água Preta.
Na noite do domingo (12) capangas chegaram ao acampamento atirando e, depois da fuga dos acampados, atearam fogo em tudo. Militantes do MST afirmam que os capangas continuam na estrada, nas proximidades do acampamento, e armados.
Não é só um caso de censura à imprensa. Certamente tem muito mais coisa escondida no recente escândalo envolvendo o nome de Marcela Temer e os jornais O Globo e Folha de São Paulo. Um pequeno e desconhecido juiz de Brasília, Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, acatar um pedido do Palácio do Planalto para impedir que os jornais divulgassem dados do processo movido contra um hacker que teria tentado extorquir a “família imperial” deixa uma série de dúvidas no ar.
O caso é conhecido por todos. Um hacker, em 2016, afirmou ter “roubado” conversas e fotografias do Whatsapp da primeira dama e pediu 100 mil dólares para não divulgar o conteúdo. Algumas fotografias íntimas da primeira dama vazaram e fizeram sucesso na Internet, mas as conversas são muito pouco conhecidas. Segundo alguns, se divulgadas poderiam afundar de vez o governo golpista.
Uma verdadeira “força tarefa” composta por especialistas em informática foi posta em ação e, em outubro passado, o hacker foi encontrado e está cumprindo pena em uma prisão paulista, mas o teor das conversas gravadas por ele ainda é desconhecido e isto incomoda muito, razão que levou os advogados de Temer a recorrer contra os jornais O Globo e Folha de São Paulo que estavam com matérias prontas sobre o assunto.
Várias entidades já protestaram contra a medida, classificada como censura à imprensa, mas o Palácio do Planalto não está muito preocupado. Afinal de contas, conta com um “judiciariozinho” que já não tem mais qualquer credibilidade e vai continuar acobertando tudo.
Lembram do governo que tirou 32 milhões de brasileiros da miséria? Esqueçam, porque agora tudo mudou e a miséria está voltando mais rapidamente do que era imaginado.
O número de pessoas vivendo na pobreza no Brasil deverá aumentar entre 2,5 milhões e 3,6 milhões até o fim de 2017, afirmou um estudo inédito do Banco Mundial divulgado na segunda-feira (13).
Segundo o documento, a atual política econômica do governo golpista representa uma séria ameaça aos avanços na redução da pobreza e da desigualdade, e a rede de proteção social – como o Bolsa Família – tem um papel fundamental para evitar que mais brasileiros entrem na linha da miséria.
De acordo com a instituição, o aumento do número de “novos pobres” vai se dar principalmente em áreas urbanas, e menos em áreas rurais – onde essas taxas já são mais elevadas. O texto diz ainda que as pessoas que cairão abaixo da linha de pobreza, como consequência da crise, provavelmente são adultos jovens, de áreas urbanas, principalmente do Sudeste, brancos, qualificados e que trabalhavam anteriormente no setor de serviços.
Por meio de simulações, o Banco Mundial analisou a taxa de pobreza extrema no país, calculada em 3,4% em 2015, levando em conta o incremento ou não no Bolsa Família. No cenário menos pessimista, o número de pessoas extremamente pobres crescerá 1,7 milhão – de 6,8 milhões em 2015 para 8,5 milhões em 2017, elevando a proporção de pessoas extremamente pobres de 3,4% em 2015 para 4,2% neste ano. O número de pessoas moderadamente pobres aumentará em 2,5 milhões, de 17,3 milhões em 2015 para 19,8 milhões em 2017.
Com Temer, o ensino regride dois séculos! A Medida Provisória 746/2016, que institui a reforma do ensino médio, foi aprovada dia 8 de fevereiro pelo Senado e sancionada nesta semana pelo governo ilegítimo. A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha (Bebel), disse à Agência Sindical que a reforma conduzirá a escola pública de volta à época dos barões do café. Ela lembra que o texto foi rejeitado por todos no meio acadêmico e estudantil.
"Parece exagerado, mas essa MP traz itens absurdos como, por exemplo, a criação do ‘notório saber’. Você não precisa ser professor formado para dar aulas. Na falta de um professor, qualquer um que seja considerado pelo sistema de ensino ‘notório saber’ poderá substituí-lo", explica Bebel.
Outro ponto questionado pela entidade são os itinerários formativos que os estudantes podem seguir. Pelo texto aprovado no Senado, os alunos podem escolher aprofundar seus conhecimentos em uma área de interesse (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Ensino Profissional). Mas as escolas não serão obrigadas a oferecer todos os cinco percursos formativos. Para a entidade, isso “pode contribuir para aumentar as desigualdades regionais e sociais já existentes, desconsiderando o direito da nossa juventude à educação pública de qualidade”.
Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a MP mostra que o presidente ilegítimo e golpista Michel Temer (PMDB) e sua turma não estão brincando. Sabem muito bem o que estão fazendo e que têm de fazer rápido.
Era isso que desejavam. Lembram toda aquela campanha contra a Petrobras? Lembram quantas falsas notícias foram divulgadas nos jornais sobre a empresa estar quebrada e não ser capaz de gerir o petróleo nacional? Tudo para justificar a entrega dessa riqueza ao capital estrangeiro.
Mas agora estamos vendo o resultado de todo o assalto contra os cofres públicos e o que vai representar a redução da produção no orçamento da União. Tudo como eles queriam desde o início.
De acordo com a Petrobras, a produção média de petróleo no país atingiu 2,23 milhões de barris por dia (bpd), o que representou queda de 3% em comparação ao volume de dezembro do ano passado. A estatal informou que a parada programada na plataforma P-40, localizada no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos; e a manutenção em um dos poços produtores interligados ao FPSO Cidade de Anchieta, no Parque das Baleias, na mesma bacia, contribuíram para o resultado.
Argentina: bancários suspendem greve de 72 horas. Depois de anunciarem uma greve geral dos bancos na Argentina, por 72 horas, os sindicatos da categoria anunciaram um acordo como os patrões e suspenderam a paralisação que já assustava o governo e o meio empresarial.
Os dirigentes sindicais anunciaram, na sexta-feira (17), um acordo com a Associação Bancária Argentina e a suspensão do movimento. Depois de duras negociações realizadas no Ministério do Trabalho, os grandes bancos chegaram a um acordo salarial que satisfez as reivindicações dos trabalhadores. Os bancários argentinos conseguiram um aumento de 24,28% nos salários e um bônus que pode chegar a 39.000 pesos (cerca de 2.500 dólares) no Dia do Trabalhador.
Segundo informes do próprio Ministério do Trabalho, toda a negociação estava sendo diretamente monitorada pelo gabinete de Mauricio Macri.
50% a mais no preço do gás. Depois de um aumento de até 148% nos serviços de eletricidade no país, o Governo argentino decretou agora um aumento entre 50% e 75% no preço do gás a ser aplicado a partir de abril, segundo nota oficial da Entidade Nacional Reguladora de Gás.
Haverá diferenças nas cobranças, de acordo com as demandas de cada usuário e o aumento previsto poderá subir ou descer, disse o Ministério de Energia argentino.
Pelos cálculos já realizados, um cidadão de consumo normal terá um aumento de 54% (passando de 560 pesos para 865 pesos mensais) enquanto os que consomem mais terão aumentos de 43%. Um morador comum de Buenos Aires que agora paga 96 pesos mensais passará a pagar 168 pesos (aumento de 75%).
22 novos projetos de desenvolvimento assinados entre Venezuela e China. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, coordenou pessoalmente a assinatura de 22 projetos de desenvolvimento econômico e cooperação durante o encontro da Comissão Mista de Alto Nível China-Venezuela, no Teatro Teresa Carreño, em Caracas.
O convênio foi assinado por Ning Jizhe, vice-presidente da Comissão Nacional de Reforma da China e por Ricardo Menéndez, ministro de Planejamento da Venezuela e presidente da comissão de negociação.
Maduro destacou que a Comissão Mista reflete os resultados das relações de cooperação entre os dois países, o que permitiu a assinatura de mais de 480 acordos em diferentes áreas estratégicas para a economia.
PSUV tem maioria da simpatia na Venezuela. O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) é a organização com maior simpatia política naquele país, de acordo com a pesquisa recentemente divulgada pela empresa Hinterlaces.
“Não houve uma ruptura entre o projeto bolivariano como esperança de emancipação social e as atuais demandas e aspirações da maioria do povo”, diz o informe agora revelado. O documento tem como título “Monitor País” e mostra que 44% dos venezuelanos não tem simpatizam com os partidos políticos do país.
O estudo mostrou ainda que a “oposição”, comandada por Washington, não conseguiu se converter em uma alternativa, “porque não tem o discurso e nem a liderança para conduzir a sociedade venezuelana em tempos de crise e nem para garantir a estabilidade social e política no país”.
No México, uma marcha contra Trump e Peña Nieto. As marchas organizadas por associações civis que se reúnem sob a bandeira #VibraMexico ocuparão hoje as ruas do país para mostrar o orgulho patriótico e exigir respeito aos direitos dos imigrantes mexicanos que vivem nos EUA.
Manifestantes afirmam que os protestos foram convocados para denunciar as atitudes de Trump que agridem a honra dos mexicanos. O objetivo da marcha é “mandar uma mensagem ao presidente dos EUA” dizendo que o México não se curvará, dizem os organizadores.
Curiosamente, a marcha que foi convocada para ser um protesto contra as atitudes de Donald Trump mexeu com o governo mexicano. O presidente Enrique Peña Nieto mostrou-se preocupado e mandou sua equipe acompanhar de perto as manifestações. Em matéria divulgada oficialmente ele diz que “não é o momento de desunião, por mais que estejamos passando por problemas”. Tudo indica que ele já “botou as barbas de molho” depois que tomou conhecimento de centenas de cartazes “Fora Peña” que já foram confeccionados para a manifestação.
Momentos decisivos no Equador. As eleições de hoje, no Equador, podem ter um grande peso no futuro imediato da América Latina, como dissemos no Informativo anterior. Os equatorianos irão às urnas para eleger o novo presidente, o vice-presidente, 137 membros do Legislativo local e cinco representantes no Parlamento Andino. Ao mesmo tempo estará sendo realizada uma consulta popular para proibir funcionários públicos de manterem investimentos ou dinheiro em paraísos fiscais.
Pela legislação equatoriana, para ser eleito em primeiro turno o candidato precisa ter 50% dos votos ou, pelo menos, 40% dos votos desde que mantenha uma diferença de mais de 10% em relação ao segundo colocado. Rafael Correa, atual presidente, alerta a população contra o “jogo sujo” da direita que tenta desesperadamente desacreditar o processo e forçar uma abstenção massiva, única maneira que teriam para chegar a um segundo turno.
Lenín Moreno, candidato do partido Alianza PAÍS (partido de Rafael Correa) aparece na frente em todas as pesquisas. A alternativa de Guillermo Lasso, empresário e banqueiro que representa a direita e tem apoio de Washington, seria provocar um segundo turno e unir os outros candidatos (mais sete “opositores”). Para isso, no momento, está contando com muito apoio do governo de Trump e da direita internacional que enviou para o Equador o conhecido golpista e corruptor Felipe Gonzáles, ex-presidente espanhol que agora se dedica a fomentar golpes na América Latina.
Um dos trunfos da direita, mostrando a importância do golpe de Estado no Brasil, é a denúncia de corrupção de funcionários do governo equatoriano pela empresa Odebrecht. Documentos divulgados no Brasil dizem que a empreiteira repartiu 35,5 milhões de dólares corrompendo membros do governo e, inclusive, envolvendo a empresa estatal de petróleo – Petroecuador.
Ou seja, tudo mostra que os golpes recentes na América Latina (Paraguai, Honduras, Argentina, Brasil) são bem orquestrados.
Na Espanha, também acaba em pizza. Há mais de um ano o nosso Informativo vem denunciando a questão da corrupção na Espanha e o caso envolvendo a irmã do atual rei Felipe VI. Mas a “justiça” espanhola parece ter grande afinidade com a brasileira e, também lá, tudo acaba em pizza!
Onze anos depois da denúncia de desencadeou as investigações sobre desvios de fundos públicos e tráfico de influência, a Infanta Cristina de Borbón foi inocentada. Ela foi acusada pela organização sindical “Mãos Limpas” que havia pedido oito anos de prisão por colaborar com fraudes fiscais, mas o Ministério Público a considerava culpada “apenas” por desviar 587.413 euros (625.247 dólares pelo câmbio atual).
Espanha: recuperar a jornada semanal de 35 horas. Todos os sindicatos espanhóis, sem exceção, reuniram-se em Madri para pressionar o Governo a devolver a lei da jornada de trabalho semanal de 35 horas para os trabalhadores públicos. Pela primeira vez, sem “rachas”, os sindicatos se uniram em torno da negociação pela qualidade no trabalho.
Os sindicatos alegam que, com a jornada de 35 horas, haveria uma nova abertura de empregos públicos e melhoraria a qualidade dos serviços.
O decreto elevando a jornada para 37 horas no emprego público foi assinado em 2012 e não resolveu o problema dos gastos governamentais, mas ampliou o desemprego no país. Os representantes sindicais dizem estar dispostos a recorrer ao Supremo Tribunal para garantir a volta do direito.
Espanha tem 2,5 milhões de trabalhadores pobres. O número de trabalhadores pobres na Espanha já supera a marca de dois milhões e meio, segundo dados publicados pela OCDE no final do ano passado, mas só agora divulgados. Concretamente, 14,5% dos trabalhadores espanhóis vivem em condições abaixo da linha de pobreza, a relação mais alta entre os países da zona do euro, superando mesmo a Grécia (13,6%).
Em outras palavras, para o levantamento da OCDE, uma em cada sete pessoas empregadas na Espanha está catalogada na condição de “trabalhador pobre”, um índice muito alto se comparado com a Alemanha (3,5%).
Em um contexto mais geral, a Turquia é o país com maior porcentagem de trabalhadores pobres (15,6%), seguida pelo México (15,3%) e Chile (14,7%).
Líbia: seis anos depois das “armações”. Alguns já podem ter esquecido, mas vale lembrar o que aconteceu na Líbia, em 2011, quando Washington e seus aliados fomentaram “mobilizações populares” exigindo “abertura democrática” e mudanças no governo. Para quem conhece, tudo perfeitamente dentro da cartilha já nossa conhecida de golpes de Estado que interessam aos EUA e que restabelecem o poder sobre grandes fontes de riquezas minerais e definem o mapa geopolítico mundial.
No dia 17 de fevereiro de 2011, depois de uma impressionante campanha midiática para justificar mais um golpe em andamento, o exército estadunidense e a OTAN, eterno capacho, invadem a Líbia para “atender aos anseios da população e destituir o tirano Muammar al-Gadaffi. Na verdade, uma grande manobra para conquista o petróleo da região e, principalmente, a terceira maior reserva de água do planeta, o Aquífero de Núbia!
Os falsos protestos populares na Líbia, uma grande armação cinematográfica, contaram com o apoio e o acompanhamento diário dos grandes meios internacionais. Poucos anos depois, tudo foi desmascarado e ficou comprovado que as tais “mobilizações” não passaram de imagens montadas em estúdio e divulgadas como reais.
Três anos mais tarde o golpe estava consumado e a Líbia caía nas mãos dos grupos “de confiança” de Washington. Gadaffi foi capturado e assassinado por mercenários e a imprensa internacional aplaudiu e transformou terroristas assassinos em “heróis”.
Seis anos depois, a Líbia é um dos países mais pobres da região. Todo o sistema de educação e saúde que era gratuito no governo de Gadaffi foi destruído. Toda a rede de irrigação do deserto, construída para permitir a agricultura no país, foi explodida e as tubulações foram roubadas. A situação econômica é caótica e a produção de petróleo caiu em quase 90%. O PIB teve uma queda de mais de 2 bilhões de dólares!
O Estado Islâmico (Daesh) controla grandes extensões na Líbia e já matou mais de 2,5 milhões de pessoas. Segundo a ONU 1.700 grupos armados ocupam o território líbio tentando impor suas leis, mas nenhum deles está vinculado ao atual Governo, que ninguém reconhece!
Como Putin é visto pelos russos? A maioria da população russa, cerca de 83%, tem opinião positiva sobre o presidente Vladimir Putin, segundo pesquisas realizadas pelo Centro Levada.
A pesquisa procurou avaliar vários líderes russos e comparar a aceitação popular. Os números foram impressionantes: 49% dos entrevistados garantiram respeitar muito o presidente; 14% declararam admiração por seus atos e; 20% disseram ter simpatia pelo líder.
Rússia reafirma que não vai entregar a Crimeia. O ministro de Relações Exteriores da Rússia reafirmou, na quarta-feira (15) que a Rússia não devolverá a península da Crimeia à Ucrânia, uma vez que se trata de território soberano e pertencente à Rússia.
A afirmação foi diretamente dirigida à Casa Branca que, segundo nota divulgada pela imprensa, estava exigindo a devolução do território ao governo de Kiev em declarações recentes do presidente Donald Trump.
Segundo o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, Trump mantém sua posição sobre o conflito ucraniano e “espera cooperação da Rússia para fazer diminuir a tensão”. Já o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que a soberania russa sobre a Crimeia não está em discussão.
Protestos contra ministra de Israel, em Viena. Durante um encontro realizando na quarta-feira (15), os estudantes de Direito da Universidade de Viena e ativistas internacionais do movimento “Boicote” interromperam o discurso da ministra de Assuntos Judiciais de Israel, Ayelet Shaked, acusando-a de patrocinar o genocídio do povo palestino.
Ela viajou a convite do ministro de Justiça da Alemanha e chefe da comunidade judia em Viena, mas não esperava encontrar mais de 350 ativistas e acadêmicos das universidades de vários países e um grupo de judeus contrários à ocupação do território palestino.
Vale lembrar que, no início de fevereiro, o governo de Israel aprovou (62 votos a favor e 52 contra) uma nova Lei legalizando dezenas de colônias israelenses em territórios ocupados na Cisjordânia.
As armas nucleares de Israel. “Israel é o único país do Oriente Médio que conta com armas nucleares, mísseis intercontinentais e uma grande história de violações de direitos nas suas costas, e agora está reclamando sobre as iniciativas defensivas do Irã. Isso tudo é propaganda falsa”, disse o ministro de Relações Exteriores do Irã, Mahamad Yavad Zavir, através de uma rede social.
Suas declarações provocaram imediata reação de Donald Trump e de Benjamin Netanyahu. O primeiro-ministro israelense acusou o governo iraniano de estar construindo mísseis balísticos, o que seria uma grande ameaça para Israel, enquanto Trump disse que o Irã está tentando desenvolver armas nucleares.
Vale lembrar que o programa nuclear iraniano tem sido constantemente fiscalizado por equipes da Agência Internacional de Energia Atômica que assegura que não há qualquer sinal de desenvolvimento de armas, mas apenas de produção de energia.
Assessor de segurança de Trump mentiu sobre contato com Rússia. Michael Flynn, assessor de segurança nacional do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renunciou na segunda-feira (14) após o escândalo gerado por causa de suas conversas com o Kremlin, as quais não informou para as autoridades da Casa Branca. A demissão acontece com menos de um mês de governo.

Nessas conversas, que ocorreram antes do dia 20 de janeiro – antes da posse de Trump – e foram interceptadas pelo FBI, Flynn falou das sanções contra o Kremlin pela suposta ingerência da Rússia nas eleições dos EUA em novembro passado, impostas pelo ex-presidente Barack Obama. Ele não tinha autorização para tratar do assunto antes de o novo governo assumir a Casa Branca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário