não será em vão
Leandro Fortes
A morte de Dona Marisa Letícia é o
triunfo físico da narrativa de ódio reinaugurada pela direita brasileira, a
partir da vitória eleitoral de Dilma Rousseff, em 2014, contra as forças
reacionárias capitaneadas pela candidatura de Aécio Neves, do PSDB.
Em sua insana odisseia pela retomada do
poder, ainda quando o TSE contabilizava os últimos votos das eleições
presidenciais, Aécio e sua turma de mascarados se agregaram, não sem uma
sinalização evidente, aos primeiros movimentos da Operação Lava-Jato e com ela
partiram, sob os auspícios do juiz Sergio Moro, para a guerra de tudo ou nada
que se seguiu.
Foi esse conjunto de circunstâncias,
tocado pela moenda de antipetismo e ódio de classe azeitada diuturnamente pela
mídia, que minou a saúde de Dona Marisa, não sem antes submetê-la ao tormento
da perseguição, do constrangimento, da humilhação pública, da invasão cruel e
desumana de sua privacidade.
A perseguição ignóbil ao marido, Luiz
Inácio Lula da Silva, aliada à permanente divulgação de boatos sobre os filhos,
certamente contribuíram para que Dona Marisa Letícia, a discreta primeira-dama
nascida na luta e na construção do Partido dos Trabalhadores, tivesse a saúde
atingida.
Para atingir Lula, a quem não tiveram
coragem de prender, o esgoto da mídia e seus serviçais da política envenenaram
a nação com ódio, rancor e ressentimento, nem que para isso fosse preciso
atingir a vida de toda a família do ex-presidente.
Nem que para isso fosse preciso levar à
morte uma mulher digna, honesta e dedicada aos seus e ao País.
Não sem antes vazar as imagens de sua
tomografia cerebral, como um troféu grotesco de certo jornalismo abjeto
oferecido às hienas que dele se alimentam.
Todos sabem os nomes, os cargos, as
redações e as togas de cada um dos responsáveis pela morte de Dona Marisa.
Não
esqueceremos!
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