A obtusidade
fascista faz da política crime e do povo um perigo
Fernando Brito
O Globo noticia que certo senhor Marcos
Queiroga, procurador regional eleitoral do Ministério Público Federal na
Paraíba, está mandando a Brasília “elementos” para uma ação por crime eleitoral
contra Lula, por causa do ato que reuniu, domingo (29/3) uma multidão na cidade
de Monteiro, para celebrar a transposição das águas do São Francisco.
Esse rapaz, que tem o poder que a
democracia lhe deu, com a autonomia que o Ministério passou a ter com Lula e
Dilma, abriu uma investigação, dia 22, à conta da “notícia de fato” que a mídia
de direita publicou sobre “gastos” com o ato, mostrando grades instaladas pela
Polícia Militar.
Despesa pública para proteger
manifestantes devem ser ilegais.
Legal mesmo é só bomba, gás e porrete.
E, claro, para pagar os altos salários
de quem se arroga dono do ditame “estes podem, estes não podem”…
O povo só vai espontaneamente à festa do
pato da Paulista.
Na Paraíba, só vai “comprado”, não é?
Essa gente que se apossou da liberdade;
que se arroga fiscal e juiz da livre manifestação; que criminaliza a política
naquilo que ela tem de mais limpo, a manifestação popular; merece o desprezo de
todos aqueles que, ao contrário do senhor Queiroga, já amargaram as trevas da
ditadura.
O Ministério Público não é dono da
liberdade e não tem o direito de cercear o desejo de quem quer que deseje ver
alguém na presidência, seja ele quem for, pelo voto.
Até porque é dócil, manso, suave com
quem chega lá pelo golpe.
Não.
Os “gravatinhas” de R$ 30 mil por mês não
podem ser os novos coronéis.
Não são os donos do que o povo do Sertão
pode e do que não pode fazer.
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