segunda-feira, 27 de março de 2017

Caracas chama de 'servis' declarações de chanceler mexicano, que disse ser 'hora de agir' contra Venezuela


Caracas chama de 'servis' declarações de chanceler mexicano, que disse ser 'hora de agir' contra Venezuela


Venezuela "rechaça insólitas e servis declarações do chanceler do México, Luis Videgaray", disse ministra Delcy Rodríguez, por ter ficado "suficientemente demonstrado combinado entre Departamento de Estado dos EUA e direita regional"
A chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, afirmou no Twitter, na noite desta quinta-feira (23/03) que o país considera “insólitas e servis” a declaração do ministro das Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, de que era “hora de agir” na OEA (Organização dos Estados Americanos) contra Caracas.
“A República Bolivariana da Venezuela rechaça as insólitas e servis declarações do chanceler do México, Luis Videgaray. Ficou suficientemente demonstrado o combinado entre o Departamento de Estado dos EUA e a direita regional para agredir e atacar a Venezuela”, disse Rodríguez.
“O chanceler Videgaray constrói muros com a América Latina no lugar de defender e atender os interesses e direitos soberanos de seu povo. O chanceler agride a Venezuela para se congraçar com seus donos imperiais. Crê que, assim, o povo mexicano esquecerá sua traição. A Venezuela é um país com tradição anti-imperialista, de povo nobre e valente que jamais negociará sua independência e soberania”, afirmou a ministra.
O secretário-geral da OEA, o uruguaio Luis Almagro, impôs uma série de condições a Caracas – entre elas, a convocação eleições gerais em um prazo de 30 dias – para evitar que a Venezuela fosse suspensa da entidade. Em um documento de 75 páginas, o secretário-geral exigia "a libertação dos presos políticos, a validação das leis que foram canceladas, assim como a eleição de um novo Conselho Nacional Eleitoral e um novo Tribunal Supremo de Justiça conforme os procedimentos estabelecidos na Constituição".

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Agência Efe

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Na quinta-feira, no entanto, 14 países-membros da OEA – Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Peru e Uruguai – assinaram um documento em que colocavam a suspensão venezuelana como “último recurso”, em resposta às declarações de Almagro.
Mesmo com a carta, Videgaray afirmou ao Wall Street Journal que seria “hora de agir” em relação à Venezuela na instituição – o que levou à reação de Rodríguez.
Protestos
Na segunda-feira (20/03), a embaixadora da Venezuela na OEA, Carmen Velásquez, interrompeu uma conferência de imprensa de Almagro com Lilian Tintori e Patricia de Ceballos, esposas de opositores políticos venezuelanos na sede da organização, em Washington, nos EUA.
A representante do governo de Nicolás Maduro tomou tal atitude em protesto ao que classificou como “proselitismo político” de Almagro na OEA. “Viemos protestar energicamente a esta conferência de imprensa. O senhor Almagro sabe que isto viola toda a normativa da organização: não se podem realizar atos proselitistas”, disse a embaixadora.

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