Nem o PSDB de Serra e Aécio
se salva!
O Conversa Afiada reproduz convocação do
senador Roberto Requião, também relator do projeto sobre o abuso de autoridade:
Para se mudar uma realidade, é preciso
que a conheçamos em profundidade. A realidade do Brasil, hoje, que é exposta
nas redes de televisão, nos jornais e nas rádios é terrível.
Mas ela não é uma realidade completa e
fielmente representada por essa mídia.
A mídia presta serviços a setores da
sociedade. A mídia está a serviço, dos banqueiros, do capital financeiro e dos
rentistas. A mídia quer realizar uma involução no Brasil, em favor do livre
mercado, do Estado Mínimo e do fim do Estado Social.
Vou dar um exemplo para deixar mais
claro.
Temer dá uma entrevista à TV
Bandeirantes, e durante essa entrevista diz, com todas as letras e absoluta
clareza, que a ex-presidente Dilma foi cassada porque o PT se recusou a vender
três votos favoráveis a Eduardo Cunha na Comissão de Ética.
Eduardo Cunha é velho conhecido e
parceiro de Temer. Foi uma marionete do processo de impeachment, admitindo-o
somente por terem negado sua absolvição, o que era esperado, visto se tratar de
um notório criminoso. Cunha foi o principal instrumento do impeachment de Dilma
Rousseff.
Erros, complacência e autocomplacência
com a corrupção, sem dúvida, existiram. E contaminaram profundamente o PT,
PSDB, PP, PMDB e todos os demais partidos.
O famoso PowerPoint do procurador Deltan
Dallagnol, que apontava Lula como chefe maior da quadrilha, caiu no ridículo,
pelo evidente exagero.
Tal “análise” apontava o PSDB como
agente moralizador da República. Entretanto, a lista de Fachin jogou por terra
essa tese, visto que nomes como José Serra, Aécio Neves e outros líderes
tucanos foram denunciados no mesmíssimo sistema de complacência e
autocomplacência com a corrupção, tendo recebido recursos ilegalmente até mesmo
no exterior.
Entendam.
Não estou defendendo desvio algum, de
nenhum partido, muito menos do PT, do qual sequer faço parte. Sou do velho MDB
de guerra, não do PMDB de Eduardo Cunha, Moreira Franco, Padilha e mais.
Sou presidente do PMDB no Paraná, que se
difere desse PMDB no poder da República, totalmente atolado na lama da Lava-Jato.
Não sou cego. É nítido que a corrupção
avançou, no Brasil, de maneira sistêmica, em todos os partidos e nos Três
Poderes. E por trás dessa corrupção estão justamente os interesses do capital
financeiro, que quer privatizar a saúde, a água, a educação e a nossa
Petrobras.
A Petrobras é titular do petróleo
nacional e descobridora do pré-sal. É um pilar do nosso desenvolvimento. Ela
está sendo esquartejada e vendida na Bacia das Almas. Estamos sendo
escravizados por um governo fraco que cede a toda e qualquer exigência do
capital estrangeiro.
Precisamos pôr um ponto final neste
caos.
Para sair dessa enrascada, o ponto final
são as eleições gerais. Eleição direta para a Presidência da República e para o
Congresso Nacional, deputados e senadores, e um plebiscito revogatório, para
que, massivamente, o povo e a nação brasileira digam NÃO a todas as medidas
tomadas por um governo entreguista que serve única e exclusivamente aos
interesses do capital financeiro, em detrimento do trabalho e do capital produtivo
do Brasil.
Eleições diretas já, para presidente e
para deputados e senadores. E plebiscito revogatório já.
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