sexta-feira, 7 de abril de 2017

Irã condena 'firmemente' bombardeio dos EUA contra Síria

Irã condena 'firmemente' bombardeio dos EUA contra Síria


Ataques 'consolidarão as posições dos terroristas e agravarão ainda mais a situação na Síria', diz Ministério de Relações Exteriores do Irã; diplomata iraniano compara bombardeio a invasão pelos EUA do Iraque em 2003 e do Afeganistão em 2011
O Irã condenou “firmemente” o ataque realizado pelos EUA contra a base aérea na Síria nesta sexta-feira (07/04).
Para o Ministério de Relações Exteriores do Irã, os ataques contra o Exército sírio "consolidarão as posições dos terroristas e agravarão ainda mais a situação na Síria".
Do ponto de vista de Teerã, o suposto ataque químico na província de Idlib na última terça-feira (04/04) foi usado "como pretexto para ações unilaterais que representam uma ameaça e são contrárias ao Direito Internacional".
Hossein Sheikholeslam, conselheiro do ministro do Exterior do Irã e ex-embaixador do Irã na República Árabe Síria (198-2003), disse à Sputnik Persa que o ataque dos EUA “foi planejado”.
Agência Efe

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"A base aérea Shayrat é uma base importante do exército sírio. Foi a partir desse aeródromo que foram atacados os aviões de combate israelenses que estavam no espaço aéreo sírio. Shayrat é um dos principais campos de operações militares na luta contra o terrorismo", afirmou Sheikholeslam.
Ele frisa que os EUA deveriam ter esperado pelos resultados da investigação aos ataques químicos em Idlib, mas como não se interessam pelas investigações e não tinham intenção de esperar, eles tiraram suas próprias conclusões e atacaram.

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"É obvio que se trata de um conluio que foi necessário naquelas condições, quando os terroristas ficaram desmoralizados. Os extremistas estão perdendo. A preponderância política está do lado do governo sírio e seus aliados como o Hezbollah, Irã e Rússia. A relação de forças mudou na linha de frente. E os lados que perderam, os EUA, Israel e Arábia Saudita, criaram este conluio para que os extremistas possam continuar sua atividade destruidora", disse o político.
Sheikholeslam afirma que a realização por parte do governo sírio de um ataque químico seria “um passo louco e irracional”, pois todos os arsenais químicos estão sob o controle da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) e seria ridículo trilhar este caminho.
"É muito importante que o povo norte-americano não permita que seu exército se torne um exército de mercenários e atue nos interesses de alguém que lhe paga", opina o ex-embaixador.
Ele acredita que a tensão apenas irá aumentar e pode ter consequências perigosas e irreversíveis parecidas às que ocorreram depois da invasão pelos EUA do Iraque em 2003 e do Afeganistão em 2011.
"Até hoje estamos sofrendo as consequências dessas agressões. O terrorismo gerado é um resultado das ações voluntariosas que contradizem a Carta das Nações Unidas contra um Estado soberano e membro da ONU", concluiu Hossein Sheikholeslam.

*Com Sputnik

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