PEC 227/2016
"O clima é pela aprovação", diz Miro Teixeira sobre eleições diretas
por Redação — publicado 18/05/2017 12h29, última modificação 18/05/2017 15h01
'Não há mais ambiente para que Michel Temer conduza o País', declarou o deputado da REDE
Maryanna Oliveira/ Câmara dos Deputados
Autor da PEC que prevê eleições diretas em caso de vacância da Presidência da República (PEC 227/2016), o deputado Miro Teixeira (REDE-RJ) afirmou que o clima é de aprovação da proposta entre os parlamentares, após o tsunami político que atingiu o centro do governo de Michel Temer.
"A PEC entrará na pauta na terça-feira 23 na Comissão de Justiça e Cidadania." Ele relatou uma "madrugada intensa de conversas" com outros políticos e que há a expectativa para um "desfecho rápido". Confira a entrevista:
CartaCapital: O senhor é autor da PEC 227/2016, que prevê eleições diretas no caso de vacância da Presidência da República. Ela estava parada desde junho do ano passado, mas, diante dessas novas revelações, a PEC tende a ser pautada?
Miro Teixeira: A PEC entrará na pauta na terça-feira 23 na Comissão de Justiça e Cidadania. Eu tive uma madrugada intensa de conversas e o clima é de expectativa para que haja um desfecho rápido para esse episódio. O clima é de aprovação da PEC.
CC: Quais são os possíveis desdobramentos?
MT: A primeira possibilidade seria a renúncia (de Michel Temer). A outra é o Tribunal Superior Eleitoral antecipar o julgamento (da chapa Dilma-Temer) que estava marcado para 3 de junho. Conversei com Marina Silva (presidente da REDE) e ela deu essa ideia de antecipar.
CC: Como o senhor analisa este momento de crise?
MT: Não há mais o ambiente para que o Michel Temer conduza o País. Infelizmente, a vida é assim: aconteceu com Dilma e agora aconteceu com ele. De toda forma, isso demonstra que o Brasil melhorou. Antigamente, diante de uma crise política dessa magnitude, haveria filas nas portas dos quartéis. Mas, agora, o debate se dá com serenidade e no âmbito jurídico-político. Não é hora de intensificar ou radicalizar posições contrárias, é hora de buscar uma solução com serenidade.
CC: O senhor acredita que haverá pressão nas ruas por Diretas Já?
MT: Sim, a pressão já começou. Ontem à noite já houve manifestações. A classe política tem de saber sentir o clima e está claro que as ruas irão na direção das Diretas.
CC: Na sua avaliação, quais seriam as consequências da eleição indireta para o Brasil neste momento?
MT: O candidato eleito em tais circunstâncias não teria sustentação da legitimidade da origem de seu mandato. Isso faria muito mal para o País.
Miro Teixeira: A PEC entrará na pauta na terça-feira 23 na Comissão de Justiça e Cidadania. Eu tive uma madrugada intensa de conversas e o clima é de expectativa para que haja um desfecho rápido para esse episódio. O clima é de aprovação da PEC.
CC: Quais são os possíveis desdobramentos?
MT: A primeira possibilidade seria a renúncia (de Michel Temer). A outra é o Tribunal Superior Eleitoral antecipar o julgamento (da chapa Dilma-Temer) que estava marcado para 3 de junho. Conversei com Marina Silva (presidente da REDE) e ela deu essa ideia de antecipar.
CC: Como o senhor analisa este momento de crise?
MT: Não há mais o ambiente para que o Michel Temer conduza o País. Infelizmente, a vida é assim: aconteceu com Dilma e agora aconteceu com ele. De toda forma, isso demonstra que o Brasil melhorou. Antigamente, diante de uma crise política dessa magnitude, haveria filas nas portas dos quartéis. Mas, agora, o debate se dá com serenidade e no âmbito jurídico-político. Não é hora de intensificar ou radicalizar posições contrárias, é hora de buscar uma solução com serenidade.
CC: O senhor acredita que haverá pressão nas ruas por Diretas Já?
MT: Sim, a pressão já começou. Ontem à noite já houve manifestações. A classe política tem de saber sentir o clima e está claro que as ruas irão na direção das Diretas.
CC: Na sua avaliação, quais seriam as consequências da eleição indireta para o Brasil neste momento?
MT: O candidato eleito em tais circunstâncias não teria sustentação da legitimidade da origem de seu mandato. Isso faria muito mal para o País.
Fonte: Carta Capital
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