quinta-feira, 15 de junho de 2017

Cristina Kirchner lança frente partidária para disputar eleições legislativas em outubro na Argentina

Cristina Kirchner lança frente partidária para disputar eleições legislativas em outubro na Argentina


Frente Unidade Cidadã é formada pelos partidos Kolina, Novo Encontro, Compromisso Federal, Frente Grande e Partido da Vitória; ex-presidente deve se candidatar ao Senado
A ex-presidente argentina Cristina Kirchner lançou nesta quarta-feira (14/06) a frente partidária Unidade Cidadã, que irá disputar as eleições legislativas que serão realizadas em outubro com uma plataforma de oposição ao governo de Mauricio Macri.
A nova frente foi apresentada por meio de comunicado divulgado nas redes sociais da ex-presidente. Intitulado “Depois do engano e do calote eleitoral: a segunda fase do ajuste”, o texto traz duras críticas ao governo Macri, da aliança Cambiemos, e propostas para “frear o ajuste e construir mais e melhor democracia”.
O documento recorda que o atual presidente, antes de ser eleito, declarou que iria “terminar com a pobreza, a insegurança e a exclusão”. No entanto, “na Argentina de nossos dias, a sociedade está sofrendo em carne própria a reinstauração do modelo neoliberal, consequência do engano e do calote eleitoral mais formidável de que se tem memória”, diz o manifesto.
“A democracia representativa exige que aqueles que assumem cargos ou cadeiras por meio de eleição pelo voto popular devem cumprir com os programas e as propostas que realizaram durante a campanha eleitoral. Quando o povo vota, não dá cheques em branco; elege entre pessoas que encarnam ideias, formulam programas e propostas de governo”, segue o texto.

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“O problema não é o passado que todos e cada um dos argentinos temos, mas que com as políticas do governo do Cambiemos não há futuro para ninguém”, diz o manifesto, acrescentando que “se trata de um programa econômico, político e social que os grupos de poder nacionais e estrangeiros pretendem aplicar para seu próprio benefício”.
De acordo com a frente partidária, o governo Macri pretende implementar depois das eleições de outubro “a segunda fase do plano de ajuste”: “reformas estruturais que aprofundem de forma perdurável a debilidade dos trabalhadores e de seus salários em relação aos ricos e a seu capital”.
Facebook Cristina Fernandez de Kirchner

A ex-presidente deve se lançar como candidata a senadora
Por isso, os partidos da coalizão propõem “construir uma nova relação de formas políticas e sociais que expresse a unidade cidadã para frear o ajuste permanente, a desindustrialização endêmica, o endividamento serial e a especulação financeira que a Aliança Cambiemos tem como únicas metas de governo”.
A frente é formada pelos partidos Kolina, Novo Encontro, Compromisso Federal, Frente Grande e Partido da Vitória. O Partido Justicialista, de orientação peronista e principal força da Frente para a Vitória, coalizão que levou Néstor e Cristina Kirchner ao poder na Argentina, não aderiu à nova frente partidária.
Segundo fontes próximas a Cristina disseram a veículos da imprensa argentina e como a própria ex-presidente já havia sinalizado, ela será candidata ao Senado nas eleições que acontecem no dia 22 de outubro e que serão uma espécie de teste para o governo Macri. O anúncio oficial da candidatura de Cristina deve acontecer na próxima semana, já que o prazo para inscrições dos candidatos se encerra no dia 24 de junho.

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