quinta-feira, 15 de junho de 2017

Maduro envia carta a papa Francisco para pedir mediação entre governo e oposição na Venezuela

Maduro envia carta a papa Francisco para pedir mediação entre governo e oposição na Venezuela


Na carta, Maduro pede para o papa ajudar a encontrar uma solução que pacifique a Venezuela e condena o uso de crianças em protestos, o qual classificou como 'atos terroristas'
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou uma carta ao papa Francisco pedindo mediação na crise política do país. 
A correspondência, datada da última segunda-feira (12/06) foi entregue ao núncio apostólico na nação latina, Aldo Giordani, pelo ministro venezuelano da Comunicação, Ernesto Villegas, segundo divulgou na terça (13/06) a Agência Venezuelana de Notícias.
Na carta, Maduro pede para o papa ajudar a encontrar uma solução que pacifique a Venezuela e condena o uso de crianças em protestos, o qual classificou como "atos terroristas".
“Quero, muito respeitosamente, pedir sua intermediação, no marco do processo de diálogo nacional, para que os dirigentes e organizações políticas da oposição, em especial da MUD [coalizão oposicionista], deixem de fazer estas ações tanto criminais como inumanas, desistindo delas de maneira imediata”, diz Maduro na carta.
Agência Efe

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Até aqui, a onda de manifestações contra o governo de Maduro já dura mais de 70 dias e deixou 69 mortos. O presidente havia anunciado no último domingo (11/06) que enviaria uma mensagem a Francisco para tentar atrair o Vaticano de volta às negociações.
Em outubro passado, a Igreja e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) chegaram a iniciar uma mediação, mas os diálogos foram congelados em dezembro, após a oposição ter acusado o governo de não manter sua palavra nas tratativas.
Na semana passada, o líder católico recebeu no Vaticano bispos da Conferência Episcopal Venezuelana, que lhe entregaram uma lista com o nome das pessoas mortas nas manifestações. O arcebispo de Caracas, cardeal Jorge Urosa Savino, já havia acusado Maduro de usar a imagem do papa para “manipular” o povo.
A oposição alega que o presidente tinha se comprometido a abrir um corredor humanitário, tirar as restrições contra o Parlamento e libertar presos políticos. Já o governo diz que esses temas nunca fizeram parte das negociações.

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