terça-feira, 22 de agosto de 2017

Comissão da Verdade venezuelana abre investigação sobre violência em protestos no país

Comissão da Verdade venezuelana abre investigação sobre violência em protestos no país


"Decidimos abrir uma investigação contra as pessoas responsáveis pelos fatos de violência acontecidos no ano de 2017, pela gravidade, por terem gerado crimes de ódio", disse a presidente da ANC, Delcy Rodríguez
A Comissão da Verdade da Venezuela, instituída pela governista Assembleia Nacional Constituinte (ANC) e instalada nesta quarta-feira (16/08), anunciou a abertura de uma investigação sobre os incidentes violentos ocorridos em manifestações contra o governo entre abril e agosto deste ano.
"Decidimos abrir uma investigação contra as pessoas responsáveis pelos fatos de violência acontecidos no ano de 2017, pela gravidade, por terem gerado crimes de ódio", disse a presidente da ANC, Delcy Rodríguez, na sessão de abertura da Comissão.

Rodríguez mostrou, durante sua fala, uma foto do deputado opositor e vice-presidente do parlamento, Freddy Guevara, junto a um dos jovens da chamada "resistência", que enfrentaram as forças de segurança durante os protestos contra o presidente Nicolás Maduro, nos quais morreram mais de 120 pessoas. Além disso, Rodríguez citou ter tweets, mensagens pelas redes sociais, fotografias de líderes da oposição venezuelana responsáveis pela convocação e organização dos eventos violentos na Venezuela.
Agência Efe

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As investigações estarão dirigidas, segundo disse, aos "responsáveis da convocação e organização destes fatos violentos", que, no caso da maioria das marchas e protestos contra o governo, foram convocadas por decisão unânime de todos os líderes da principal aliança opositora, a Mesa da Unidade Democrática (MUD).

"A Venezuela esteve durante mais de três meses acostumada ao tipo de imagens onde um deputado da República se dedicou a propiciar e promover os fatos violentos com fins políticos", disse Rodríguez, referindo-se a uma foto de Guevara convocando protestos.

A comissão terá amplos poderes para determinar os responsáveis pela violência registrada nos protestos, principalmente nos anti-Maduro, e para outorgar anistias, indultos, fazer interrogatórios, visitas e emitir recomendações com caráter vinculativo. 

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