Vem temporal na rede: HC de Gilmar mantém Cabral no Rio
O ministro Gilmar Mendes vai ver desabar mais um temporal de impropérios nas redes sociais com a decisão de conceder habeas corpus a Sérgio Cabral para não ser transferido para um presídio federal, como determinou, num chilique, o submoro juiz Marcelo Bretas.
Tecnicamente, a decisão de Gilmar é correta, porque não existe qualquer razão para acreditar que Cabral tenha feito uma ameaça ao juiz ao dizer que sua família trabalhava com bijuterias, o que i próprio Bretas havia dito, bem antes, numa entrevista promocional ao Estadão.
Não havia porque achar, portanto, que “espiões” de Cabral estivessem “arapongando” o juiz. Aliás, Cabral é ladrão, mas não é burro: qualquer atentado à integridade física do juiz ou de sua família ia piorar ainda mais a sua desastrosa situação.
Colunistas conservadores e insuspeitos de qualquer “antilavajatismo” como Elio Gaspari disse que Bretas revelou, com a ordem de transferência, mostra de uma ” destemperada onipotência”.
A ordem poderia ter sido revertida no TRF do Rio ou no STJ. Ocorre que os nossos tribunais superiores estão todos contaminados pela moléstia “punitivista, acima de tudo”.
O problema é que a desmoralização de Gilmar Mendes, conquistada por antiguidade e por merecimento, desmoraliza suas decisões, mesmo quando juridicamente corretas.
Porque no Brasil de hoje Justiça se tornou sinônimo de vingança.
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