quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Gebran, o advogado de Moro, segue todo o roteiro de mídia

Gebran, o advogado de Moro, segue todo o roteiro de mídia

Não é preciso esperar o final do enfadonho voto do relator João Pedro Gebran.
É tão previsível quanto a molecagem da mídia, representada nesta tela da Bandnews, aí em cima, que dá o resultado do julgamento horas antes que os votos sejam pronunciados.
Gebran, como fez Moro em sua sentença, gastou boa parte dele afirmando a imparcialidade de Moro – no que nem a D. Rosângela, que mora com ele, acredita – e que um processo inaugurado com o escandaloso “powerpoint” não teve vezo político.
O ato que teria dado o apartamento como fruto é algo que não vem ao caso.
Na parte substantiva do voto, a “prova”  da orientação e determinação de Lula à corrupção dos contratos da Petrobras é o depoimento de Pedro Correa, em delação premiada que Teori Zavascki recusou e, um ano depois, recheada de Lula, foi aceita por Edson Fachin.
Agora ele fala do apartamento e, claro, não importa também que nada prove que havia promessa, posse ou propriedade. A “prova” é que Lula e Marisa só desistiram das cotas do condomínio que possuíam em 2015 e, portanto, isso os faria donos do triplex.
Talvez o único ponto em que Gebran divergirá de Moro é na pena. Pode aumentá-la em alguns anos, porque, assim, ainda torna seu amigo Moro em “juiz bonzinho”.
PS: Acabo de ouvir, boquiaberto, que Gebran aceita como prova de que o apartamento “era do Lula” os comentários dos vizinhos e do porteiro, aliás candidato a vereador com esta “bandeira”.

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