quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O voto confuso da infâmia

O voto confuso da infâmia

O desembargador João Paulo Gebran Neto lavrou uma mancha em sua carreira jurídica.
Aprende-se, em práticas jurídicas, que longas sentenças devem-se ao fato de que é necessário muito papel para embrulhar grandes injustiças.
Durante mais de três horas construiu  um voto extenso, repetitivo, cheio de suposições e preocupado em justificar não alguns ou os mais importantes pontos da sentença, mas praticamente todos, repetindo ou ampliando os argumentos de Sérgio Moro e numa linha de previsibilidade que nada exigia para saber de sua conclusão do que a própria preocupação de “escorar” a frágil sentença de Curitiba.
É verdade que abordou os temas levantados pela defesa, mas apenas para refutá-los de plano.
E, como se disse aqui, bem antes de que pronunciasse as penas, também sabido que aumentaria a pena dada por seu amigo Moro, o juiz “bom”, que deu apenas 9 anos e meio a Lula, enquanto ele merece 12 anos e um mês!
Como no roteiro vindo de Curitiba, reduziu a pena dos empreiteiros, boa paga pela resolução que tomaram, depois de longa cana, de acusar Lula.
E terminou, como o promotor, deitando falação sobre a política, que é, afinal, a jurisdição a que parte do Jucidiário se propõe a ter nestes tempos.

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