A incrível autodestruição de um país
Há cinco anos começava o processo de autodestruição do Brasil.
Nascia o “padrão Fifa”, triste ironia, da “eficiência” e da “ética” que nos reduziu a um pastiche de democracia, onde uma camarilha de políticos se dedica a destruir o parco estado de bem-estar social que pudéramos construir em uma década.
Os atores mais destacados, os blackblocs, desapareceram no éter: de manchetes, capas de revistas, teses acadêmicas viraram absolutamente nada.
Ficou, das “jornadas de junho”, o que nascia ali e poucos desconfiavam: o processo de radicalização da idiotice, mergulhado na classe média e antipovo do que qualquer movimento de nossa história recente.
A pseudo extrema-esquerda se reduziu a pouco mais que ele, é um quase nada, serviu apenas para criar uma onda liberticida que nos levou à barbárie em matéria de liberdade artística, sexual, comportamental. Suas “conquistas” foram tornarem-se vítimas de mais discriminação, de mais violência e mais ódio. Mais intenso e, infelizmente, mais disseminado.
A negação da política e a transformação da luta democrática em apenas uma de suas pernas – a afirmação do direito das minorias – em detrimento de outra: a afirmação dos direitos das maioria.
Esqueceu-se que os inimigos da democracia são fortes e muitos mais dos que aqueles se apresentam como defensores do autoritarismo.
É certo que a muitos a compreensão disso chegou. Mas talvez tarde demais, porque agora estão em frangalhos os espaços de afirmação e debate democráticos.
Em apenas 5 anos, o país que se acreditava tornou-se não só desacreditado por todos mas, sobretudo, por nós mesmo.
Agora nossas prioridades são balas, cortes, vendas, demissões, tudo aquilo que, de alguma forma, destrói vidas.
Celebrávamos a vida. Agora, cultuamos a morte.
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