Política

Eleições 2018

Lula segue liderando, diz CNT/MDA. Sem ele, Bolsonaro é o primeiro

por Redação — publicado 06/03/2018 12h21, última modificação 06/03/2018 12h28
O ex-presidente ainda tem um terço das intenções de voto e venceria todos os rivais no segundo turno. Temer não chega a 2%
Miguel Schincariol / AFP
Lula
Lula lidera as pesquisas com tranquilidade, mas pode ser barrado
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua na liderança das pesquisas eleitorais para o pleito de outubro, indica uma nova rodada da pesquisa CNT / MDA divulgada nesta terça-feira 6. Sem o petista no páreo, o primeiro colocado é o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL). 
No único cenário em que aparece na pesquisa estimulada, Lula tem 33,4% das intenções de voto, contra 16,8% de Bolsonaro e 7,8% da ex-senadora Marina Silva. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem 6,4% das intenções, enquanto o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ficou com 4,3% e o senador Álvaro Dias (Podemos), com 3,3%.
O ex-presidente Fernando Collor (PTC) ficou 1,2%, enquanto o atual mandatário, Michel Temer, que tenta melhorar sua popularidade apostando na pauta da segurança pública, teve apenas 0,9% das intenções de voto. A deputada estadual Manuela D´Ávila (PCdoB) teve 0,7% das intenções de voto e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), marcou 0,6%.
Quase um quinto dos eleitores (18,2%) diz que votaria em branco ou anularia. Os indecisos são 6,4%.
O patamar de intenções de voto em Lula, de cerca de um terço do eleitorado, se manteve igual ao da última pesquisa CNT/MDA, divulgada em setembro. Isso significa que a condenação do ex-presidente em segunda instância não influenciou os eleitores.
Como Lula foi condenado por corrupção passiva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), ele pode ser impedido de concorrer por conta da Lei da Ficha Limpa. O instituto MDA testou três hipóteses neste cenário.
No primeiro, Jair Bolsonaro lidera, com 20% das intenções, seguido por Marina Silva (12,8%), Alckmin (8,6%), Ciro Gomes (8,1%) e Álvaro Dias (4%). O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, apresentado como candidato do PT neste cenário alternativo, marcou 2,3%. Collor ficou com 2,1%, Manuela D´Ávila e Temer com 1,3% cada e Rodrigo Maia com 0,8%. Os votos brancos e nulos somariam 28,2% e os indecisos chegariam a 10,5%.
No segundo, sem Temer, há pouca mudança. Bolsonaro fica com 20,2%, seguido por Marina (13,4%,) Alckmin (8,7%), Ciro (8,1%), Álvaro Dias (4,1%), Haddad (2,4%), Collor (2,2%), Manuela D´Ávila (1,4%) e Rodrigo Maia (1%). Os brancos/nulo são 28,4% e os indecisos, 10,1%.
Sem um candidato do PSDB e com Temer, hipótese na qual o partido apoiaria Temer, também há pouca mudança. Bolsonaro vai a 20,9%, seguido por Marina (13,9%), Ciro (9%), Álvaro Dias (4,7%), Haddad (2,9%), Collor (2,1%), Manuela (1,7%), Maia (1,4%) e Temer (1,3%). Os brancos/nulo são 30,5% e os indecisos são 11,6%. No segundo turno, Lula seria imbatível. Venceria Alckmin (44,5% a 22,5%), Bolsonaro ( 44,1% a 25,8%) e Marina Silva (43,8% a 20,3%).
Bolsonaro e Alckmin estariam em empate técnico (26,7% a 24,3%). Na mesma situação estariam Marina e Alckmin (26,3% e 24,6%) e Bolsonaro e Marina (27,7%, a 26,6%).
Temer perderia de todos os candidatos com grandes margens – 36,6% a 3,8% contra Alckmin; 36% a 5,7% contra Bolsonaro, 47,5% a 6,8% contra Lula e 36,8% a 5,3% contra Marina.
A pesquisa CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões do País, entre 28 de fevereiro e 3 de março.