terça-feira, 24 de abril de 2018

Após juíza impedir vistoria de deputados na PF de Curitiba, Maia defende 'diálogo'


AUTORITARISMO

Após juíza impedir vistoria de deputados na PF de Curitiba, Maia defende 'diálogo'

Carolina Lebbos vem impedindo que autoridades entrem nas dependências da Superintendência da Polícia Federal, onde ex-presidente Lula está detido. Oposição denuncia interferência entre poderes
por Redação RBA publicado 24/04/2018 19h21, última modificação 24/04/2018 19h26
VINICIUS LOURES/CÂMARA DOS DEPUTADOS
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'Vamos construir uma solução para esse problema, para manter a independência e harmonia'
São Paulo – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se manifestou após a juíza da 12ª Vara Federal do Paraná, Carolina Lebbos, impedir a entrada de parlamentares no local de cárcere da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O parlamentar disse que deve “construir uma solução para esse problema, para manter a independência e harmonia”. Os deputados pretendiam vistoriar as dependências das celas onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está detido.
Maia defendeu o diálogo entre os poderes “para respeitar as prerrogativas parlamentares e as prerrogativas da juíza”. Por sua vez, o líder do PT e coordenador da comissão externa destinada à vistoria, Paulo Pimenta (RS), afirmou que há uma interferência ilegítima da juíza na função legislativa. “A atitude da magistrada em querer embaraçar diligência da comissão representa uma afronta ao pleno exercício das funções do Congresso”, disse.
Para Pimenta, a atitude da juíza resulta em “interferência na função ínsita da Câmara de representar o povo brasileiro por meio da atuação de parlamentares e das comissões”. O parlamentar ainda anunciou uma representação contra a magistrada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O PT também disse que deve denunciar a atitude da juíza em diferentes órgãos de controle do Judiciário por abuso de autoridade.
Além dos deputados, a juíza já impediu a visita do vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1980, o ativista Adolfo Pérez Esquivel, do teólogo Leonardo Boff, de 11 governadores de diferentes partidos e da ex-presidenta Dilma Rousseff.

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