Assassinato de Marielle e Anderson completa um mês sem nenhum suspeito identificado
O assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, completa um mês nesta sexta-feira praticamente sem respostas.
O silêncio sobre este crime que chocou o mundo começa a preocupar diante dos altos níveis de impunidade no país. Poucas informações foram divulgadas com a alegação de que o sigilo serve para não atrapalhar as investigações.
Treze tiros foram disparados de outro veículo a apenas dois metros de distância e todos foram direcionados para o local onde estava sentada a vereadora de 38 anos, embora também tenham acabado matando Anderson. Apenas uma assessora de Marielle sobreviveu.
Nesta semana, o jornal O Globo revelou que as polícias Civil e Federal, que investigam o crime, obtiveram fragmentos de digitais em cápsulas das munições 9mm coletadas no local do assassinato.
No entanto, as amostras não são suficientes para rastrear uma possível correspondência nos bancos de dados da polícia, mas podem ser confrontados com as digitais de um eventual suspeito.
Nesta sexta-feira, o Globo publicou que vestígios encontrados numa das balas usadas no crime serão confrontados com marcas dos dedos de dois homens mortos esta semana. Ambos eram suspeitos de ligação com grupos criminosos da Zona Oeste. Investigadores suspeitam que houve uma “queima de arquivo”.
No último domingo, o líder comunitário Carlos Alexandre Pereira Maria, o Alexandre Cabeça, de 37 anos, foi executado com vários tiros dentro de um carro na localidade da Boiúna, na Taquara. Ele era colaborador de Marcello Siciliano (PHS), um dos vereadores chamados pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil para prestarem depoimentos sobre Marielle.
Segundo o jornal, além de Alexandre Cabeça, o subtenente reformado da PM Anderson Cláudio da Silva, de 48 anos, executado terça-feira à noite no Recreio, terá as digitais comparadas com a encontrada na bala usada no ataque que resultou na morte da vereadora. Ele foi atingido por dezenas de tiros de pistolas e fuzis no momento em que entrava em seu carro, um BMW blindado, na Praça Miguel Osório.
O vereador Tarcísio Motta (PSOL) prestou depoimento por três horas nesta quinta-feira. Outros nove parlamentares também foram chamados para falar sobre a convivência com Marielle.
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