NA VOZ DE CHICO E GIL, CÁLICE É UM GRITO CONTRA A NOVA FORMA DE DITADURA
Chico gritou "Lula Livre" enquanto Gil disse ao público que o ex-presidente agradece pela grande manifestação que reuniu quase 100 mil pessoas nos Arcos da Lapa, para uma série de shows gratuitos e ações culturais promovidas por artistas, intelectuais, pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo; vídeo
29 DE JULHO DE 2018 ÀS 06:28 // INSCREVA-SE NA TV 247
Por Eduardo Miranda, no Brasil de Fato – Chico Buarque e Gilberto Gil fecharam a noite do Festival Lula Livre, no Rio, neste sábado (28). Os artistas, que não se reuniam para uma apresentação musical desde o período da ditadura militar no Brasil, pediram a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Chico gritou "Lula Livre" enquanto Gil disse ao público que o ex-presidente agradece pela grande manifestação que reuniu quase 100 mil pessoas nos Arcos da Lapa, para uma série de shows gratuitos e ações culturais promovidas por artistas, intelectuais, pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Chico e Gil cantaram "Cálice", canção emblemática que retrata o silenciamento, a censura, as torturas, desaparecimentos e mortes ocorridas durante os anos de chumbo no Brasil. Os artistas foram massivamente acompanhados pelo público, que gritava "Cale-se!" entre os versos da música.
Na sequência, Chico Buarque cantou "As Caravanas", que demonstra com ironia a aversão das classes abastadas em relação ao povo. Gil emendou com "Aquele Abraço", considerada um hino da cidade. Beth Carvalho, que já havia se apresentado, subiu ao palco, formando um trio com Chico e Gil para encerrar com o samba "Deixa a vida me levar".
Ao longo do dia, dezenas de artistas brasileiros e latino-americanos fizeram manifestações no palco do Festival pela liberdade de Lula e pelo direito de o ex-presidente, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto, concorrer nas eleições de outubro.
O lema "Lula Livre" ecoou em várias línguas entre as 80 mil pessoas que chegaram cedo aos Arcos da Lapa, no centro da cidade. A venezuelana Cecilia Todd e o cubano Eduardo Sosa ressaltaram, entre suas músicas, o papel do ex-presidente como liderança que ajudou a unir os latino-americanos.
Já o músico argentino Bruno Arias recitou um poema feito para o ex-presidente e lembrou o líder venezuelano Hugo Chávez, falecido em 2013, estaria completando 64 anos.
O ator Herson Capri emocionou o público ao ler a carta que Lula escreveu para o festival. Nela, o ex-presidente ressaltou o papel dos artistas e intelectuais na sociedade e nos enfrentamento das dificuldades.
"Quantas vezes, quando a sociedade calou diante de barbaridades, foram os nossos músicos, escritores, cineastas, atores, dramaturgos, dançarinos, artistas plásticos, cantores e poetas que vieram lembrar que amanhã há de ser outro dia?", diz um trecho da carta.
Um dos amigos mais próximos de Lula, o teólogo Leonardo Boff relatou algumas das visitas ao ex-presidente, preso desde abril na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Boff pregou um Brasil mais solidário e com menos injustiças sociais.
O cantor Filippe Catto também pediu liberdade para o ex-presidente e disse que a população não pode se deixar ser massacrada pelo fascismo da extrema-direita que avança no país e tenta achatar as diferenças, apagar a luta das minorias.
Além de gritarem "Lula Livre" com o povo, os cantores e compositores Chico César e Marcelo Jeneci também lembraram de episódios recentes trágicos, como o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) em março, crime que até hoje não foi solucionado pela polícia e pelas autoridades estaduais e federais.
Chico gritou "Lula Livre" enquanto Gil disse ao público que o ex-presidente agradece pela grande manifestação que reuniu quase 100 mil pessoas nos Arcos da Lapa, para uma série de shows gratuitos e ações culturais promovidas por artistas, intelectuais, pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo; vídeo
29 DE JULHO DE 2018 ÀS 06:28 // INSCREVA-SE NA TV 247
Por Eduardo Miranda, no Brasil de Fato – Chico Buarque e Gilberto Gil fecharam a noite do Festival Lula Livre, no Rio, neste sábado (28). Os artistas, que não se reuniam para uma apresentação musical desde o período da ditadura militar no Brasil, pediram a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Chico gritou "Lula Livre" enquanto Gil disse ao público que o ex-presidente agradece pela grande manifestação que reuniu quase 100 mil pessoas nos Arcos da Lapa, para uma série de shows gratuitos e ações culturais promovidas por artistas, intelectuais, pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Chico e Gil cantaram "Cálice", canção emblemática que retrata o silenciamento, a censura, as torturas, desaparecimentos e mortes ocorridas durante os anos de chumbo no Brasil. Os artistas foram massivamente acompanhados pelo público, que gritava "Cale-se!" entre os versos da música.
Na sequência, Chico Buarque cantou "As Caravanas", que demonstra com ironia a aversão das classes abastadas em relação ao povo. Gil emendou com "Aquele Abraço", considerada um hino da cidade. Beth Carvalho, que já havia se apresentado, subiu ao palco, formando um trio com Chico e Gil para encerrar com o samba "Deixa a vida me levar".
Ao longo do dia, dezenas de artistas brasileiros e latino-americanos fizeram manifestações no palco do Festival pela liberdade de Lula e pelo direito de o ex-presidente, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto, concorrer nas eleições de outubro.
O lema "Lula Livre" ecoou em várias línguas entre as 80 mil pessoas que chegaram cedo aos Arcos da Lapa, no centro da cidade. A venezuelana Cecilia Todd e o cubano Eduardo Sosa ressaltaram, entre suas músicas, o papel do ex-presidente como liderança que ajudou a unir os latino-americanos.
Já o músico argentino Bruno Arias recitou um poema feito para o ex-presidente e lembrou o líder venezuelano Hugo Chávez, falecido em 2013, estaria completando 64 anos.
O ator Herson Capri emocionou o público ao ler a carta que Lula escreveu para o festival. Nela, o ex-presidente ressaltou o papel dos artistas e intelectuais na sociedade e nos enfrentamento das dificuldades.
"Quantas vezes, quando a sociedade calou diante de barbaridades, foram os nossos músicos, escritores, cineastas, atores, dramaturgos, dançarinos, artistas plásticos, cantores e poetas que vieram lembrar que amanhã há de ser outro dia?", diz um trecho da carta.
Um dos amigos mais próximos de Lula, o teólogo Leonardo Boff relatou algumas das visitas ao ex-presidente, preso desde abril na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Boff pregou um Brasil mais solidário e com menos injustiças sociais.
O cantor Filippe Catto também pediu liberdade para o ex-presidente e disse que a população não pode se deixar ser massacrada pelo fascismo da extrema-direita que avança no país e tenta achatar as diferenças, apagar a luta das minorias.
Além de gritarem "Lula Livre" com o povo, os cantores e compositores Chico César e Marcelo Jeneci também lembraram de episódios recentes trágicos, como o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) em março, crime que até hoje não foi solucionado pela polícia e pelas autoridades estaduais e federais.
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