sexta-feira, 24 de agosto de 2018

64 ANOS DEPOIS Lula, Dilma e Getúlio: 'Escreveremos uma nova página na História da democracia'

64 ANOS DEPOIS

Lula, Dilma e Getúlio: 'Escreveremos uma nova página na História da democracia'

Ex-presidentes dizem que as mesmas elites responsáveis pela morte de Getúlio são as que articularam o golpe de 2016 e que hoje respondem pela volta do Brasil ao Mapa da Fome
por Redação RBA publicado 24/08/2018 19h20, última modificação 24/08/2018 19h37
Vargas
São Paulo – Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff distribuíram nesta sexta-feira (24) mensagens por ocasião dos 64 anos da morte de Getúlio Vargas. Responsável pela legislação trabalhista e pela criação da Petrobras, Vargas atirou contra o próprio peito num momento de forte crise política que caminhava para um golpe de Estado. O gesto adiou o golpe, que acabou aplicado pelas mesmas oligarquias políticas, econômicas e midiáticas 10 anos mais tarde.
Lula e Dilma foram os últimos presidentes eleitos pelo voto direto dos brasileiros nas quatro eleições anteriores. Ambos com programas trabalhistas, nacionalistas, com projetos de Estado indutor do desenvolvimento e de crescimento com distribuição de renda e promoção de igualdade. Ambos exaltam a importância da democracia e da resistência aos golpes que afrontam a soberania popular.
Em sua mensagem, Lula questiona: "Como seria a História do Brasil sem tantos golpes na democracia? Há exatos 64 anos Getúlio Vargas nos deixava, após um longo tormento e pressão das elites que tanto o perseguiram por justamente defender os interesses do povo". Segundo ele, as mesmas elites responsáveis pela morte de Getúlio são as que articularam o golpe de 2016 e que hoje respondem pela volta do Brasil ao Mapa da Fome.
No recado de Dilma, a presidenta deposta em 2016 compara a perseguição e a prisão política de Lula ao cerco a Vargas: "É como se estivéssemos na mesma encruzilhada que tirou a vida de Getúlio. O país diante de dois caminhos. De um lado, aqueles que querem vender o país e entregar nossas riquezas. De outro, o fio da história de quem busca reconstruir a civilização brasileira".
Leia as mensagens
Recado do Lula:
“Como seria a História do Brasil sem tantos golpes na democracia? Há exatos 64 anos Getúlio Vargas nos deixava, após um longo tormento e pressão das elites que tanto o perseguiram por justamente defender os interesses do povo.
As mesmas elites responsáveis pela morte de Getúlio são as que articularam o golpe de 2016 e que hoje respondem pela volta do Brasil ao Mapa da Fome. Interesses que jogam contra o povo brasileiro e que tentam, agora em 2018, impedir mais uma vez que o povo possa escolher seu candidato.
Mas as pesquisas mostram o fim da anestesia aplicada pelo processo do golpe. Em 7 de outubro escreveremos uma nova página na História da democracia do Brasil”.
Luiz Inácio Lula da Silva
Mensagem de Dilma:
24 de Agosto. Nova encruzilhada diante de nós
Sessenta e quatro anos depois da morte de Getúlio Vargas, o Brasil está novamente numa encruzilhada. Foi em 24 de agosto de 1954 que Getúlio entrou na história e se estabeleceu definitivamente no coração do povo.
Agora, na passagem dessa data histórica, outro líder popular se encontra perseguido. Lula, um dos mais importantes líderes políticos do planeta está preso. Injustamente. Para vergonha do Brasil.
Encarcerado em Curitiba, Lula permanece vivo no coração da nossa gente, vivo no amor e no apoio do povo brasileiro. Tanto que lidera todas as pesquisas eleitorais.
É como se estivéssemos na mesma encruzilhada que tirou a vida de Getúlio. O país diante de dois caminhos. De um lado, aqueles que querem vender o país e entregar nossas riquezas. De outro, o fio da história de quem busca reconstruir a civilização brasileira.
Estamos na luta com Lula para garantir oportunidades a todos, trilhando pela democracia a recriação de um estado de bem-estar social, que o Golpe de 2016 insiste em destruir.
Não conseguirão impedir que o povo tenha participação dos destinos da Nação nesta eleição de 2018. Nas urnas, em outubro, teremos a oportunidade de restabelecermos as garantias de um futuro melhor para todos, baseado na solidariedade, no trabalho e na justiça social.
Com Lula, por um Brasil Feliz de Novo.
Dilma Rousseff

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