sexta-feira, 24 de agosto de 2018

ABUSO DE PODER MPF denuncia professores por faixa que criticava delegada da PF por suicídio do reitor Cancellier

MPF denuncia professores por faixa que criticava delegada da PF por suicídio do reitor Cancellier

Publicado em 24 agosto, 2018 9:14 pm
Reportagem de Juliana Dal Piva no Globo informa que o Ministério Público Federal (MPF) de Santa Catarina, ofereceu denúncia contra o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ubaldo Cesar Balthazar, e o chefe de gabinete da reitoria, Áureo Mafra de Moraes, nesta sexta-feira (24). Segundo o procurador da República Marco Aurélio Dutra Aydos, os professores da universidade ofenderam a “honrafuncional” da delegada da Polícia Federal Érika Mialik Marena durante um protesto em função da morte do ex-reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo.
De acordo com a publicação, a denúncia está relacionada a um cartaz exposto em uma manifestação realizada em dezembro do ano passado na UFSC. A PF usou imagens da cobertura do evento feita pela TV UFSC, canal produzido por universitários para embasar a investigação do MPF. No documento, Aydos disse que pessoas não identificadas e os professores “ofenderam a honra funcional da Representante, Delegada de Polícia Federal Érika Mialik Marena, através de exibição pública de faixa contendo fotografia da Ofendida associada aos dizeres “As faces do Abuso de Poder”, e “Agentes Públicos que praticaram Abuso de Poder e que levou ao suicídio do Reitor. Pela apuração e punição Procuradoria da República em Santa Catarina envolvidos e reparação dos malfeitos!”. O procurador escreveu na denúncia que durante a cerimônia “na condição de Reitor pro tempore da Universidade Federal de Santa Catarina, o acusado Ubaldo presidiu cerimônia oficial de “entronização da foto do ex-Reitor Cancellier na galeria de ex-Reitores” e que “o acusado Áureo Mafra de Moraes consentiu em deixar-se fotografar/filmar em frente a faixa injuriosa” e, por isso, teria conferido “conscieouvnte e dolosamente, caráter oficial à injúria ali perpetrada”.
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O MPF pede que cada acusado pague R$ 15 mil reais à Érika por reparação de dano moral, conforme foi sugerido pela própria delegada no pedido de instauração de inquérito. Em janeiro deste ano, a delegada pediu, em representação à Corregedoria da PF, que fosse feita investigação sobre o assunto e recomendou que o caso fosse levado ao conhecimento da Advocacia Geral da União (AGU) para avaliar eventual prática de improbidade administrativa. O inquérito foi aberto no dia 13 de março. Cancellier se suicidou em 2 de outubro do ano passado, dias após ser preso na operação Ouvidos Moucos, que investigava desvios de recursos na UFSC e foi conduzida pela delegada Érika. Conforme revelou a revista Veja, a conclusão do inquérito meses depois, porém, não revelou provas do envolvimento do ex-reitor com desvios de verba da universidade, completamente o Jornal O Globo.
Luiz Carlos Cancellier se matou em outubro de 2017. – Reprodução TV UFSC

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