Prezado(a) Glauco,
#EleNão
Que fique registrado desde já:
As mulheres salvaram o Brasil em 2018
O movimento #EleNão que extrapolou as fronteiras nacionais, conquistando apoio de mulheres do mundo todo; o grupo Mulheres contra Bolsonaro no Facebook; a militância aguerrida, cotidiana, nas ruas e nas redes; todas as manifestações organizadas pelas mulheres brasileiras foram, estão sendo e serão, não tenho dúvidas, cruciais no estancamento da marcha fascista.
Ensinando a todos, que crescemos em meio a inúmeros privilégios desta cultura machista, elas conseguiram criar uma rede nacional e internacional em torno de um propósito superior às disputas partidárias: a defesa dos valores civilizatórios. As mulheres brasileiras mudaram o rumo desta eleição. Elas deram o tom: do Oiapoque ao Chuí, é possível ouvir “ele não”.
Principais vítimas de um Brasil que custa em manter sua civilidade, elas dizem não à misoginia de Jair Bolsonaro, expressa em várias ocasiões, por exemplo, sua incitação ao estupro. Fazem por si mesmas, neste momento, justiça à deputada Maria do Rosário.
As mulheres brasileiras nos ensinam, como ninguém mais poderia, a repudiar qualquer governo regido pela violência. Pelos filhos que criam, muitas vezes sozinhas, elas sabem. Sabem que desajustadas não são suas crianças, que educam com tanta dignidade; mas sim o general Mourão impedido de abrir a boca.
Pelos maridos e namorados que as ameaçam, pelo estupro e feminicídio que tanto as vitima, elas sabem. E dizem um gigantesco NÃO! à cultura da violência, da liberação do porte de armas à tortura, na qual se baseia o discurso e prática da candidatura Bolsonaro, vide a agressão a uma das organizadoras da página com mais de 2 milhões de membros no Facebook.
Sim, elas sabem e nos ensinam a repudiar qualquer governo que justifique a remuneração distinta entre gêneros, chegando ao absurdo de dizer “devem ganhar menos porque engravidam”. Sabem e nos ensinam a repudiar qualquer Estado que ameace prendê-las caso precisem interromper gestações indesejadas, porque aborto é questão de saúde pública.
E não nos enganemos: o grito de repúdio a Jair Bolsonaro é também um grito de repúdio às práticas sexistas, ao assédio tão normalizado entre nós, às brincadeiras maldosas, à tentativa de desqualifica-las, à interrupção quando elas falam, postura tão corriqueira nas entrevistas do candidato. #EleNão é tudo isso e mais um pouco.
É a demarcação de uma linha civilizatória.
Jair Bolsonaro e sua trupe terão de engolir, nas urnas, sua misoginia. Quanto a nós que não odiamos, mas amamos as mulheres e queremos para nossas filhas, irmãs, esposas e mães uma sociedade sem machismo, resta-nos aprender e, sobretudo, aplaudir a garra, a coragem e a inteligência política das mulheres brasileiras.
#EleNao - Mulheres contra Bolsonaro: veja a lista com os locais dos eventos agendados para o dia 29/09: ∴ No Brasil (clique aqui) | ∴ Pelo mundo (clique aqui)
Para ajudar nessa luta, protagonizada por elas, Carta Maior lança a editoria #EleNão, com análises 100% escritas por mulheres. Não deixem de ler “Com quantas ´fraquejadas´ se faz uma revolução” de Mariana Ferraz Paulino e #EleNão: brasileiras protagonizam campanha de dimensões internacionais de Erika Morhy, convidando todas para os atos programados no próximo sábado, 29 de setembro, em todo país.
Aproveito e peço, encarecidamente, a todos que contribuam com a continuidade deste projeto. Torne-se parceiro da Carta Maior (confira aqui as possibilidades de doação) e nos permita continuar na trincheira por um Brasil mais justo, mais humano, mais igualitário.
Grande abraço,
Joaquim Ernesto Palhares
Diretor da Carta Maior
Ensinando a todos, que crescemos em meio a inúmeros privilégios desta cultura machista, elas conseguiram criar uma rede nacional e internacional em torno de um propósito superior às disputas partidárias: a defesa dos valores civilizatórios. As mulheres brasileiras mudaram o rumo desta eleição. Elas deram o tom: do Oiapoque ao Chuí, é possível ouvir “ele não”.
Principais vítimas de um Brasil que custa em manter sua civilidade, elas dizem não à misoginia de Jair Bolsonaro, expressa em várias ocasiões, por exemplo, sua incitação ao estupro. Fazem por si mesmas, neste momento, justiça à deputada Maria do Rosário.
As mulheres brasileiras nos ensinam, como ninguém mais poderia, a repudiar qualquer governo regido pela violência. Pelos filhos que criam, muitas vezes sozinhas, elas sabem. Sabem que desajustadas não são suas crianças, que educam com tanta dignidade; mas sim o general Mourão impedido de abrir a boca.
Pelos maridos e namorados que as ameaçam, pelo estupro e feminicídio que tanto as vitima, elas sabem. E dizem um gigantesco NÃO! à cultura da violência, da liberação do porte de armas à tortura, na qual se baseia o discurso e prática da candidatura Bolsonaro, vide a agressão a uma das organizadoras da página com mais de 2 milhões de membros no Facebook.
Sim, elas sabem e nos ensinam a repudiar qualquer governo que justifique a remuneração distinta entre gêneros, chegando ao absurdo de dizer “devem ganhar menos porque engravidam”. Sabem e nos ensinam a repudiar qualquer Estado que ameace prendê-las caso precisem interromper gestações indesejadas, porque aborto é questão de saúde pública.
E não nos enganemos: o grito de repúdio a Jair Bolsonaro é também um grito de repúdio às práticas sexistas, ao assédio tão normalizado entre nós, às brincadeiras maldosas, à tentativa de desqualifica-las, à interrupção quando elas falam, postura tão corriqueira nas entrevistas do candidato. #EleNão é tudo isso e mais um pouco.
É a demarcação de uma linha civilizatória.
Jair Bolsonaro e sua trupe terão de engolir, nas urnas, sua misoginia. Quanto a nós que não odiamos, mas amamos as mulheres e queremos para nossas filhas, irmãs, esposas e mães uma sociedade sem machismo, resta-nos aprender e, sobretudo, aplaudir a garra, a coragem e a inteligência política das mulheres brasileiras.
#EleNao - Mulheres contra Bolsonaro: veja a lista com os locais dos eventos agendados para o dia 29/09: ∴ No Brasil (clique aqui) | ∴ Pelo mundo (clique aqui)
Para ajudar nessa luta, protagonizada por elas, Carta Maior lança a editoria #EleNão, com análises 100% escritas por mulheres. Não deixem de ler “Com quantas ´fraquejadas´ se faz uma revolução” de Mariana Ferraz Paulino e #EleNão: brasileiras protagonizam campanha de dimensões internacionais de Erika Morhy, convidando todas para os atos programados no próximo sábado, 29 de setembro, em todo país.
Aproveito e peço, encarecidamente, a todos que contribuam com a continuidade deste projeto. Torne-se parceiro da Carta Maior (confira aqui as possibilidades de doação) e nos permita continuar na trincheira por um Brasil mais justo, mais humano, mais igualitário.
Grande abraço,
Joaquim Ernesto Palhares
Diretor da Carta Maior
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