Em entrevista exclusiva à TV 247, o senegalês Pierre Sané, ex-secretário geral da Anistia Internacional, destaca a intensa relação de Lula com a África; "O povo africano possui Mandela e Lula em seu imaginário, fruto das políticas que o ex-presidente promoveu no continente", afirma; Sané avalia ainda a prisão de Lula como política; "Está claro que querem impedi-lo de participar das eleições", constata, ressaltando que o Brasil "deve acatar a decisão da ONU"; assista
247 - Ex-secretário-geral da Anistia Internacional, o senegalês Pierre Sané defendeu, numa importante entrevista exclusiva à TV 247, que o ex-presidente Lula "merece ganhar o Nobel da Paz". Na conversa com o jornalista Leonardo Attuch, ele afirma que o povo africano admira Lula tanto quanto Mandela, fruto das políticas que o ex-presidente promoveu na África. "Está claro que querem impedi-lo de participar das eleições", constata, ressaltando que o Brasil "deve acatar a decisão da ONU".
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O ex-secretário enumera dezenas de feitos que Lula promoveu no Brasil e na África, destacando seus projetos de combate à fome, distribuição de riqueza e acesso a bens básicos. “Ele merece de fato ganhar o Prêmio Nobel da Paz”, defende.
“Ele promoveu uma política externa voltada para a África, reforçando os laços do Brasil com os países que compõe o continente, com base em uma cooperação de igual para igual, principalmente na luta contra a fome e a pobreza”, relata.
O entrevistado relembra outro grande gesto de Lula. “O ex-presidente visitou particularmente a ilha de Goré, local que simboliza o tráfico de escravos, e em nome do Brasil ele pediu perdão à África, por conta da escravidão, reconhecendo a responsabilidade de seu País”, ressalta.
Sané destaca que há dois homens políticos no mundo que marcaram o imaginário africano: Nelson Mandela e Lula. Para o seu povo, explica, o Brasil também é um país africano, já que metade de sua população é afrodescendente.
Questionado sobre a prisão de Lula, Sané afirma que apoia a decisão da Organização das Nações Unidas (ONU), defendendo que o ex-presidente tenha seus direitos políticos garantidos. “Infelizmente, em muitos países, a justiça é instrumentalizada por aqueles que estão no poder, mas o árbitro final ao nível internacional são as Nações Unidas. Considero que ele encontra-se em cárcere para não participar das eleições”, explicita.
“Não seguindo as orientações da ONU, o Brasil perde prestígio internacionalmente, perdendo credibilidade e reputação”, acrescenta.
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