sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Do cadastro de Dilma ao homem que esfaqueou Bolsonaro: as imagens falsas que iludem os brasileiros

Do cadastro de Dilma ao homem que esfaqueou Bolsonaro: as imagens falsas que iludem os brasileiros no WhatsApp

Um estudo feito pela equipa de verificação de factos Lupa conclui que a maioria das imagens partilhadas na rede social WhatsApp durante a campanha para as presidenciais brasileiras são falsas ou são apresentadas fora do seu contexto. O PÚBLICO mostra alguns exemplos.
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O WhatsApp tem sido a plataforma mais utilizadas para difundir informação falsa durante a campanha presidencial brasileira REUTERS/DADO RUVIC
O Brasil está dividido a pouco mais de uma semana das presidenciais e o seu futuro decide-se também nas redes sociais. O jornal Folha de São Paulo revelou na quinta-feira que há suspeitas de que várias empresas estarão a financiar o envio no WhatsApp de centenas de milhões de mensagens com notícias falsascontra o candidato presidencial Fernando Haddad e o seu Partido dos Trabalhadores (PT), num esquema que visará beneficiar o candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro.
A pedido da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal de Minas Gerais, a agência Lupa, uma equipa de verificação de factos, analisou o grau de veracidade das 50 imagens mais partilhadas em 347 grupos de WhatsApp entre 16 de Agosto e 7 de Outubro – e chegaram à conclusão de que só quatro das imagens eram totalmente verdadeiras. O fenómeno é transversal, e “o problema das notícias falsas no Brasil transcende as divisões políticas”, lê-se num artigo de opinião que os autores do estudo publicaram no New York Times.
Das 50 imagens analisadas (que habitualmente incluem legendas a reforçar uma determinada mensagem política), há oito que são totalmente falsas. Nove são sátiras ou estão associadas a artigos de opinião (ou seja, não reflectem factos). Noutros 16 casos, as fotografias são verdadeiras mas são associadas a teorias da conspiração ou são apresentadas fora do seu contexto. Os restantes exemplos analisados incluem afirmações exageradas ou impossíveis de serem provadas, refere a agência Lupa. O PÚBLICO reuniu alguns exemplos de imagens e notícias falsas que circularam na rede.

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