Nomeação de general por Toffoli para assessoria é alvo de questionamentos
Reportagem de Frederico Vasconcelos na Folha de S.Paulo informa que, 15 dias depois de assumir o comando do Supremo, o ministro Dias Toffoli mantém silêncio sobre o general da reserva Fernando Azevedo e Silva, que vai assessorá-lo no órgão. O nome do ex-chefe do Estado Maior, exonerado em julho, foi sugerido a Toffoli pelo general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército.
De acordo com a publicação, questionado pela Folha sobre o simbolismo da presença, no STF, de um militar, Toffoli disse, via assessoria, que “a escolha obedeceu a critérios objetivos de habilidades e competências”. A revista Época revelou que Silva participou de um grupo formulador de propostas para a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) e ofereceu almoço ao vice da chapa, general da reserva Antônio Hamilton Mourão. Foi apenas uma reunião de “velhos camaradas”, Silva disse à revista.
“O convite foi uma má ideia do ministro Toffoli”, diz o criminalista José Carlos Dias, ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “O Supremo jamais precisou de uma assessoria militar. A escolha fica mal para o STF, pois é absolutamente desnecessária”. Silva foi ajudante de ordens do ex-presidente Fernando Collor e chefe da assessoria parlamentar do comandante do Exército. No Supremo, há uma assessoria de articulação parlamentar, mas não uma de articulação militar, completa a Folha.
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