247 - A Polícia Federal indiciou nesta terça-feira 16 Michel Temer e mais 10 pessoas no inquérito dos portos, concluído e encaminhado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso para a Procuradoria Geral da República, que tem até 15 dias para se pronunciar. Sua filha, Maristela, também foi indiciada no mesmo caso.
"Com base em tais elementos, a autoridade policial responsável pela investigação apontou a ocorrência dos seguintes crimes: corrupção passiva (Código Penal, art. 317), corrupção ativa (Código Penal, art. 333), lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/1998, art. 1º) e organização criminosa (Lei nº 12.850/2013, art. 1º, § 1º), sendo esta organização dividida em quatro núcleos: político, administrativo, empresarial (ou econômico) e operacional (ou financeiro)", diz trecho do inquérito.
O relatório aponta que Temer usou empresas do coronel reformado da PM João Baptista Lima, seu amigo pessoal, para receber propina da empresa Rodrimar. A PF aponta ainda crimes em pagamentos feitos pelo grupo Libra. Ambas as empresas são concessionárias de áreas do porto de Santos, reduto de influência política do emedebista.
A investigação tem como base um decreto assinado por Temer em 207 que prorrogou e beneficiou empresas portuárias estendendo prazos de concessão de áreas públicas. A suspeita da PF é de que Temer tenha recebido propina para favorecer as empresas nesse decreto. Por conta da investigação, foram quebrados sigilos bancário e fiscal de Temer.
Os investigados são:
1. Michel Miguel Elias Temer Lulia
2. Rodrigo Santos da Rocha Loures
3. Antônio Celso Grecco
4. Ricardo Conrado Mesquita
5. Gonçalo Borges Torrealba
6. João Baptista Lima Filho
7. Maria Rita Fratezi
8. Carlos Alberto Costa
9. Carlos Alberto Costa Filho
10. Almir Martins Ferreira
11. Maristela de Toledo Temer Lulia
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