quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

“Foragida”, procuradora condenada por espancar criança de 2 anos é presa no apartamento dela no Rio

17 DE JANEIRO DE 2019, 12H02

“Foragida”, procuradora condenada por espancar criança de 2 anos é presa no apartamento dela no Rio

O caso chocou o país em 2010. Além de espancar a menina de 2 anos que pretendia adotar, a procuradora aposentada também xingava a criança, segundo a denúncia. Na época, ela tinha a guarda provisória da menina.
Reprodução
Policiais civis cumpriram nesta quinta-feira (17) dois mandados de prisão contra a procuradora aposentada Vera Lúcia de Sant’anna Gomes pelo crime de tortura de uma criança de dois anos de idade, em 2010. A vítima era uma menina da qual a procuradora tinha a guarda provisória e tentava adotar.
A procuradora foi condenada pela Justiça do Rio de Janeiro e presa naquele mesmo ano. Em 2014, ela foi solta por decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), mas voltou a ter sua prisão, em regime semiaberto, decretada em 2016, pela Justiça fluminense.
Desde então, ela era considerada foragida. Nesta quarta-feira (16), no entanto, repórteres da GloboNews encontraram a procuradora no apartamento onde ela mora, em Ipanema, no Rio de Janeiro.
Depois da prisão, segundo a Polícia Civil, Vera Lúcia passou mal quando era encaminhada à Cidade da Polícia, na zona norte da cidade. Ela foi levada para o Hospital Copa D’Or, na zona sul da cidade, onde está sob custódia de policiais da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter).
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O caso
O caso chocou o país em 2010. Além de espancar a menina de 2 anos que pretendia adotar, a procuradora aposentada também xingava a criança, segundo a denúncia. Na época, ela tinha a guarda provisória da menina.
O Conselho Tutelar recebeu a denúncia de maus tratos e retirou a menina do apartamento de Vera Lúcia no dia 15 de maio de 2010. No mesmo dia, ela foi presa preventivamente.
Em 7 de julho do mesmo ano, Vera Lúcia foi condenada em primeira instância a 8 anos e 2 meses de prisão em regime fechado. Em segunda instância, o Tribunal de Justiça do Rio reduziu a pena para 5 anos e 5 meses de prisão em regime semiaberto, em 20 de março de 2014.
Uma semana depois, a procuradora foi solta após obter um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal.
Depois de esgotadas todas as possibilidades de recurso, o Tribunal de Justiça do Rio decretou a prisão de Vera Lúcia para que ela começasse a cumprir pena em regime semiaberto, em 13 de maio de 2016.

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