domingo, 13 de janeiro de 2019

PRESO LÍDER GOLPISTA DA VENEZUELA


PRESO LÍDER GOLPISTA DA VENEZUELA
Foi preso, neste domingo (13), o ex-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que se insurgiu contra a eleição democrática do presidente Nicolás Maduro. As eleições presidenciais foram acompanhadas por cerca de 200 observadores internacionais, não tendo sido constatado qualquer tipo de irregularidade, e confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
O líder da direita golpista insurgente foi reconhecido como presidente do país pelos Estados Unidos e pelo Brasil. O novo quadro poderá acelerar os preparativos para uma guerra contra a Venezuela, com a possível participação do Brasil.
No último sábado (12), o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse por comunicado que os EUA continuariam a usar todo o peso do poder econômico e diplomático para pressionar pela "restauração da democracia na Venezuela".
Juan Guaidó teria sido detido pelos agentes de inteligência do país, dois dias depois de ter sido proclamado presidente interino da Venezuela pela Assembleia Nacional, cessante deste maio de 2018, após a eleição da Assembleia Nacional Constituinte.
No início desta semana, o presidente Nicolás Maduro foi empossado para um segundo mandato presidencial para o período de 2019 até 2025. Maduro enfrentou críticas de vários Estados submissos aos ditames dos Estados Unidos, após sua reeleição em maio, sob o pretexto de que a votação era ilegítima, algo veementemente negado pelos observadores internacionais e pelas autoridades judiciais da Venezuela. Em resposta, chanceleres integrantes do grupo anunciaram que não vão reconhecer a legitimidade de Maduro na presidência.
As últimas notícias, divulgadas pelo jornal El Nacional, dão conta de que Juan Guaidó, teria sido solto neste mesmo domingo, após prestar depoimento.
É de se notar que um dos argumentos que fundamentam a ilegitimidade da eleição do presidente Nicolás Maduro é que o líder de extrema direita, Leopoldo Lopez, preso pelos órgãos de segurança, em fevereiro de 2014, por liderar atentados terroristas no país, ficou inabilitado para participar das eleições. O seu julgamento foi acompanhado por representantes de associações de juristas de vários países e da imprensa internacional, inclusive do Brasil. A promotoria apresentou provas irrefutáveis de suas atividades terroristas. O Supremo Tribunal de Justiça condenou López a 13 anos de cárcere em regime fechado. Nesta condição, conforme a legislação do país, ficou impossibilitado de participar das eleições presidenciais de 2018.
Em julho de 2017, a justiça comutou a sua condenação para prisão domiciliar, devendo permanecer em sua residência, em Caracas, sem envolver-se em atividades políticas. Poucos dias depois, porém, López voltou às atividades conspirativas contra os poderes constitutivos da República, incitando tumultos de rua e a insurgência de mercenários mascarados contra a ordem constitucional, infernizando a vida da população da capital venezuelana por vários dias. Por isso, foi reconduzido ao presídio de Ramo Verde, onde se encontra atualmente encarcerado.
Fonte: Sputiniknews/Brasil247/ABN

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