247 - O deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, apresentou nesta quinta-feira, 14, uma grave denúncia sobre o acordo entre a Petrobras e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que prevê, entre outras medidas, a destinação de R$ 2,5 bilhões para uma fundação a ser capitaneada pela operação Lava Jato.
Em entrevista coletiva, o líder petista afirmou o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal, solicitou à Caixa Econômica Federal que fosse aberta uma corrente corrente desvinculada de procedimentos judiciais, chamada de "conta gráfica", que receberia os R$ 2,5 bilhões.
Pimenta também acusou o procurador Dallagnol de firmar tratativas com a Caixa para saber qual os melhores investimentos que poderiam ser feitos com os recursos da Petrobrás. O parlamentar apresentou um ofício da Caixa, assinado pelo diretor jurídico da Caixa, Greycos Attom Valente Loureiro, e pelo vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias, Roberto Barros Barreto, em que o banco informa ao procurador as linhas de investimento disponíveis para os R$ 2,5 bilhões, como Fundo de Investimentos, CDB, Fundo de Investimento Exclusivo, entre outras.
"Deltan Dallagnol negociando com os bancos taxas de aplicação. Isso é uma vergonha e desmente tudo o que ele disse. Ele se apresentando sozinho aos bancos como detentor de um fundo de R$ 2,5 bilhões e negociando taxas mais vantajosas de administração", disse Pimenta.
Clique aqui e leia o ofício da Caixa em reposta à solicitação de Deltan Dallagnol:
O líder petista também que, ao homologar o acordo entre a Petrobras, o Ministério Público Federal e o governo americano, a juíza Gabriela Hardt decretou nível 4 de sigilo, que nem os funcionários do cartório da 13ª Vara tinha acesso à documentação.
Leia também o roteiro das negociações para criação da fundação da Lava Jato:
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