Dilma: Bolsonaro destrói o que resta do ‘Minha Casa, Minha Vida’
Da ex-presidenta Dilma Rousseff, agora há pouco:
Maior programa habitacional da história do Brasil, o Minha Casa Minha Vida foi lançado em 2009 no Governo Lula e sua maior execução ocorreu no meu governo. Responsável pela contratação de mais de 5,5 milhões de moradias, das quais 74% já entregues, o MCMV está completando 10 anos ameaçado de extinção.
Desde que assumiu, o governo Bolsonaro atrasa o pagamento das construtoras, sobretudo as de pequeno e médio porte. A dívida já chega a R$ 450 milhões e as obras começam a parar em todo o país, principalmente para a Faixa 1, que beneficia famílias com renda de até R$ 1.800,00.
As construtoras informam que, com a paralisação das obras, 50 mil trabalhadores serão demitidos em 10 dias. Este programa, que no meu governo chegou a empregar 3,4 milhões de pessoas e foi responsável por dois terços do mercado da construção civil, hoje só mantém dois milhões de empregos. Não custa lembrar que a construção civil é um dos setores econômicos mais dinâmicos em termos de emprego no Brasil.
O governo Bolsonaro põe em risco a própria existência do MCMV por descaso e falta de compromisso com as famílias brasileiras que mais precisam da casa própria para criar seus filhos e filhas em segurança. Não precisam de armas de fogo, mas da proteção de um lar.
O programa MCMV já vinha sendo desvirtuado desde o golpe de 2016, quando reduziram a contratação de moradias para famílias da Faixa 1, a menor faixa de renda. Nos governos do PT, 50% das obras eram destinadas à faixa que mais precisava do apoio do governo para ter acesso à casa própria. Nos anos do governo Temer as contratações para essa faixa foram reduzidas para absurdos 12%, desvirtuando inteiramente o programa.
Agora, em apenas três meses, o governo Bolsonaro amplia ainda mais o desastre social e econômico iniciado pelos golpistas, ao praticamente liquidar o programa. Enquanto brinca no twitter, com discursos de disseminação da intolerância, radicaliza a agenda neoliberal, destruindo uma oportunidade fundamental para as famílias brasileiras, jogando a economia no fundo do poço. Quem destrói a oportunidade de milhões de famílias terem acesso a um lar, não pode dizer que é a favor da família.
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