247 - O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e a ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB), que disputaram as eleições presidenciais do anos passado, participam na tarde desta sexta-feira, 5, da Caravana Lula Livre em Porto Alegre, junto com vários líderes políticos de oposição ao governo e movimentos sociais.
Em discurso, Haddad fez uma defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmou que a sentença do ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, que condenou Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá não apresenta provas. Haddad também disse que o País precisa de uma Justiça imparcial.
"Eu queria uma justiça sem partido, uma Justiça que não olhasse para a cor, para as ideias que o réu defende para julgar", disse ele. "Ninguém quer um Brasil de impunidade. Não dá para tirar alguém da corrida presidencial, que tá liderando todas as pesquisas, para construir uma narrativa para fazer uma prisão e impugnar uma candidatura", disse Haddad.
Ao falar sobre as críticas dirigidas a ele por estar na esquerda e defender o ex-presidente Lula, Haddad reagiu com bom humor. "Eu acho que tenho cara de tucano, mas meu coração é vermelho e está do lado certo do peito. Eu vou ficar do lado que eu acredito porque é o lado do Brasil", disse ele.
Sobre Moro, Haddad ironizou o ingresso do ex-juiz no Twitter, que postou uma foto segurando um calendário para "provar" que era ele mesmo. "Ele fez com Lula igual, entendeu que o negócio era prova e ninguém chegou para falar que não era prova. Ele tem dificuldade com prova", disse Haddad. "Nós não estamos falando de uma pessoa, mas de um princípio. Mostrou a prova? Mostrou conta na Suíça? O Lula é investigado há 40 anos", acrescentou.
Assista ao discurso de Fernando Haddad:
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