Governo prepara novos cortes.
A manchete do Valor, hoje, e as notícias de que o governo prepara a liberação de outra parcela dos depósitos do PIS/Pasep para estimular o consumo são indicadores mais do que alarmantes da situação não só das contas públicas, mas do “embicamento” para baixo da atividade econômica.
Anunciar um novo corte orçamentário pouco depois de uma tosa cavalar nas despesas da União é um jato de água geladíssima nas expectativas econômicas. Vai além da confissão de que o item “despesas de Governo”, componente do PIB, puxará fortemente para baixo o indicador. É, neste nível, confirmar que o segundo semestre será marcado por crises administrativas, paralisações da máquina e agitação política nos setores “depenados”.
A liberação dos recursos do PIS, tal como no governo Michel Temer, quer funcionar como uma injeção de dinheiro no consumo. Mas os valores que se pretendem envolver, além de poucos (metade do que foi injetado no governo passado), tem efeito apenas imediato, sem alterar o panorama de renda e suas perspectivas, que são péssimas e tendem a piorar.
Não há um sinal no horizonte que não seja de aprofundamento da crise.
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