quinta-feira, 27 de junho de 2019

Jair Bolsonaro pediu fuzilamento de brasileiro preso no exterior por tráfico


Redação Pragmatismo
TRÁFICO DE DROGAS27/JUN/2019 ÀS 18:11COMENTÁRIOS

Jair Bolsonaro pediu fuzilamento de brasileiro preso no exterior por tráfico

Em 2006, Jair Bolsonaro pediu morte de brasileiro preso no exterior por tráfico de drogas. Em 2015, ele celebrou o fuzilamento. Presidente terá a mesma posição diante da prisão de um militar da Aeronáutica com 39 kg em um avião da FAB?

Marcos Archer Bolsonaro cocaína
Marcos Archer, fuzilado na Indonésia em 2015 por transportar 13kg de cocaína
No ano de 2006, o então deputado federal Jair Bolsonaro aprovou na Câmara uma moção de congratulações e apoio ao governo da Indonésia por aquele país ter mantido a sua decisão de executar o brasileiro Marco Archer.
O brasileiro havia sido condenado à morte por ter sido preso em 2004 ao entrar na Indonésia com 13,4 quilos de cocaína escondida dentro de um tubo de asa-delta – ele era piloto nessa modalidade esportiva.
“Caso o Senhor Marco Archer fosse traficante com atuação apenas no Brasil, poderia ao longo de sua atividade levar à desgraça centenas de famílias, à morte dezenas de pessoas e viciar milhares de cidadãos. Esse traficante não tem nada a oferecer à sociedade brasileira a não ser envergonhar ainda mais o Brasil no exterior”, dizia o requerimento de Bolsonaro.
Marcos Archer ficou mais de uma década preso. Neste período, houve vários apelos de clemência, inclusive dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Apesar disso, ele foi fuzilado pelo governo da Indonésia há quatro anos.
Pragmatismo Político tratou do caso Marcos Archer em diversas ocasiões. Relembre:
Em 2015, quando o brasileiro foi executado, Jair Bolsonaro voltou a tocar no assunto, reforçando as congratulações ao governo da Indonésia pelo fuzilamento de Marcos Archer.
Quis o destino que, mais de dez anos depois daquele primeiro requerimento, Jair Bolsonaro estivesse ocupando a Presidência da República no momento da prisão de um sargento da Aeronáutica que transportava 39 kg de cocaína no avião presidencial reserva, em Sevilha (Espanha).
O episódio, que provocou vergonha internacional e uma crise inesperada no governo, estimula o seguinte questionamento: será que Bolsonaro manterá agora a mesma opinião que tinha em 2006 e em 2015?

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