sábado, 3 de agosto de 2019

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






Como será o amanhã? (10).
E o país caminha aceleradamente para o brejo, para a barbárie geral, para um paraíso do capital e seus donos.
Fato 1. A confiança da indústria brasileira caiu no mês de julho e chegou ao pior nível desde outubro de 2018, divulgou na segunda-feira o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Calculado a partir de informações de 1.142 empresas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve retração de 0,9 ponto em julho, chegando a 94,8 pontos.
Segundo a pesquisa, a confiança recuou em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados, e as quedas foram concentradas na avaliação do cenário atual. O Índice de Situação Atual caiu 2,2 pontos e chegou a 94,4, enquanto o Índice de Expectativas, que mede as projeções do setor para o futuro, teve sua primeira alta em 2019. O indicador avançou 0,5 ponto, chegando a 95,3.
Fato 2. É mentira a propaganda do governo dizendo que o desemprego estacionou. O fato concreto é que cada vez menos gente tem ânimo de procurar os balcões de emprego e isso atrapalha os índices oficiais.
Com menos gente à procura de trabalho – o que pode indicar desalento –, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo atingiu 16,6% em junho, ante 16,8% no mês anterior. Mas não houve criação de vagas no mês passado: a taxa recuou ligeiramente porque o número de pessoas que saiu do mercado (48 mil) foi maior que o de fechamento de postos de trabalho (17 mil). Com isso, o total de desempregados caiu em 31 mil, para estimados 1,890 milhão. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), da Fundação Seade e do Dieese, divulgada nesta terça-feira (30).
Em 12 meses, a População Economicamente Ativa (PEA) cresceu em 307 mil, enquanto o mercado de trabalho abriu 300 mil ocupações. Com isso, o número de desempregados aumentou em 7 mil no período.
Fato 3. O mercado de trabalho fechou o trimestre de abril a junho com dois recordes negativos na série histórica iniciada em 2012 nas taxas da população subocupada e de trabalhadores por conta própria.
A população subocupada, trabalhadores e trabalhadoras disponíveis e que precisam trabalhar mais horas, mas não conseguem, atingiu 7,4 milhões de pessoas – aumento de 8,7% em relação ao trimestre anterior e de 13,8% em relação ao mesmo período de 2018. Já o número de trabalhadores por conta própria, que fazem bicos para sobreviver, atingiu a marca de 24,1 milhões de brasileiros, 1,6% a mais em relação ao trimestre anterior e 5% em relação ao mesmo período de 2018.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada na quarta-feira (31) pelo IBGE, mostram a crise se ampliando enquanto o ex-militar se preocupa em “puxar o saco” do Trump e sua turma. Faltam políticas de geração de emprego e renda e a classe trabalhadora sofre com o desemprego e o trabalho precário.
O total de desalentados, trabalhadores que desistiram de buscar emprego depois de muito procurar e não encontrar, 4,9 milhões de pessoas, não teve uma variação significativa em relação ao trimestre anterior ou ao mesmo período do ano passado, mas continua alto.
Fato 4. O percentual de famílias endividadas no país cresceu de 64% em junho para 64,1% em julho deste ano. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é a sétima alta consecutiva do indicador.
O percentual de endividados, ou seja, de pessoas que têm dívidas em atraso ou não, também cresceu na comparação com julho do ano passado, quando a proporção era de 59,6% das famílias. Nesse tipo de comparação, é a sexta alta consecutiva.
A pesquisa também mostrou que houve aumento no número de inadimplentes, que são os que têm contas ou dívidas em atraso: de 23,6% em junho para 23,9% em julho deste ano. Houve alta ainda na comparação com julho de 2018 (23,7%).
Já aqueles que não terão condições de pagar suas contas em atraso somaram 9,6% em julho deste ano, acima dos 9,5% de junho deste ano e dos 9,4% de julho do ano passado.
Fato 5. Embora quase metade dos brasileiros (44%) tenha começado o ano de 2019 com expectativas positivas em relação à economia do país para o primeiro semestre, o desenrolar dos fatos só manteve o otimismo de 13%.
Segundo levantamento realizado nas 27 capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), três em cada 10 consumidores (30%) sentiram uma piora em sua situação financeira no primeiro semestre do ano - em grande parte motivados pela alta dos preços (54%) e pela diminuição da renda familiar (38%).
Isso explica por que sete em cada 10 consumidores (69%) tiveram de realizar cortes no orçamento no primeiro semestre de 2019, enquanto 53% acabaram recorrendo a bicos e trabalhos adicionais para complementar a renda. Outras situações comuns vivenciadas foram o desemprego (do próprio ou de alguém da família), com 46% de citações, passar vários meses no vermelho (45%) e ter o CPF negativado por não pagar alguma conta (34%). Há ainda 33% que recorreram a um empréstimo para organizar o orçamento e 27% que chegaram ao ponto de ter que vender bens para conseguir dinheiro.
A redução nas despesas teve impacto direto no lazer do brasileiro: seis em cada 10 (56%) dos entrevistados que tiveram que frear o consumo no primeiro semestre afirmaram ter cortado as refeições fora de casa, enquanto 54% diminuíram as idas a bares e casas noturnas, 51% deixaram de comprar roupas, calçados e acessórios, 50% restringiram as viagens e 50% reduziram as idas ao cinema e ao teatro.
Fato 6. O bloqueio de R$ 1,4 bilhão no Orçamento federal deste ano, anunciado pelo ex-capitão reformado na semana passada, será distribuído em nove ministérios. Decreto com o detalhamento do corte foi editado por ele na noite de terça-feira (30).
A maior limitação, de R$ 619 milhões, será feita no Ministério da Cidadania. O segundo maior corte ficou com o MEC (Ministério da Educação), que terá menos R$ 348 milhões para gastar neste ano.
A redução de recursos na área da Educação levou a uma onda de protestos em maio. No mesmo mês, a equipe econômica anunciou o desbloqueio de parte da verba do ministério da área.
Agora, voltou a fazer um corte na Educação. No total, foram bloqueados neste ano R$ 6,2 bilhões da pasta, quase 25% do orçamento para o ano. É o maior corte da esplanada dos ministérios.
O decreto editado nesta terça ainda bloqueia recursos dos ministérios da Agricultura (R$ 54 milhões), Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (R$ 59 milhões), Economia (R$ 282 milhões), Meio Ambiente (R$ 10 milhões), Relações Exteriores (R$ 32 milhões), Saúde (R$ 6 milhões) e Turismo (R$ 100 milhões).
Fato 7. Enquanto o alucinado presidente anuncia seus planos para vender todas as empresas estatais, os fatos vão mostrando a total irracionalidade do projeto.
As empresas estatais federais registraram lucro de R$ 24,6 bilhões no primeiro trimestre de 2019, resultado 57,5% maior que o apurado no mesmo período de 2018 (R$ 15,6 bilhões).
Os números constam no 10º Boletim das Empresas Estatais Federais, divulgado na quinta-feira (01), em Brasília, pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da Economia.
Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Eletrobras e Petrobras representam mais de 90% dos ativos totais e do patrimônio líquido das estatais federais.
Entre os grupos analisados, o maior crescimento percentual verificado foi do BNDES, que saiu de um lucro de R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre de 2018 para R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre de 2019 (aumento de 437%).
Fato 8. É, caminhamos aceleradamente para a barbárie. A ONG Global Witness apontou, em relatório divulgado na terça-feira (30), que 164 ativistas ambientais foram assassinados em 19 países no ano de 2018. O ranking das nações é liderado pelas Filipinas, que teve 30 defensores ambientais mortos no ano passado, seguido por Colômbia, com 24, Índia (23) e Brasil (20). Estamos em quarto lugar em assassinatos de defensores do meio ambiente!
Segundo o documento, 43 mortes foram de ativistas que lutavam contra o setor de mineração e extração ilegais, sendo que 21 militavam na área da agricultura e 17 em movimentos e atingidos por barragens.
Além de assassinatos, o estudo aponta para diversas agressões e tentativas de criminalização realizadas contra ativistas pelo meio ambiente em países como Estados Unidos, Canadá e França. Nos EUA, o relatório aponto para o caso de Red Fawn Fallis, liderança indígena condenada a 57 meses de prisão após ser detida em 2016 durante um protesto.
No Canadá, uma subsidiária da companhia energética TransCanada moveu um processo civil contra lideranças indígenas da tribo Unist'ot'en por conta de protestos realizados pelo povoado contra a construção de um gasoduto que passaria pelas terras dos indígenas.
Por sua vez, na França, uma batida policial coordenada invadiu simultaneamente sedes de grupos contra energia nuclear em 10 diferentes localidades do país. Segundo o relatório, as invasões vieram acompanhadas de prisões e vigilância dos ativistas.
Fato 9. O insano ex-capitão do exército justificou na quinta-feira (01) as mudanças que fez na Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos pelo fato de ser “de direita”. Quatro dos sete integrantes foram trocados - e, entre os novos indicados, há um assessor da ministra Damares Alves e filiados ao PSL.
“O motivo é que mudou o presidente, agora sou eu, de direita. Ponto final. Quando eles botavam terrorista lá, ninguém falava nada. Agora mudou o presidente. Igual mudou a questão ambiental também", disse a jornalistas.
Curiosamente, as trocas vieram dias depois de ele ser criticado pelo episódio envolvendo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em que disse “saber” o que teria acontecido com o pai do advogado durante a ditadura.
Foram substituídos quatro dos sete integrantes, entre eles a presidente do colegiado, a procuradora da República Eugênia Augusta Gonzaga. Em seu lugar, assume o comando o advogado Marco Vinícius Pereira de Carvalho, assessor especial da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. Filiado ao PSL de Bolsonaro, ele é servidor da prefeitura de Taió (SC) e foi cedido à pasta em janeiro.
“Fiz, mesmo, taoquei? Quem manda aqui sou eu!”
Será que o STF está tomando vergonha? Novas revelações do site The Intercept Brasil publicadas na manhã de quinta-feira (01) provocaram indignação e reações em série por parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na volta do recesso.
Mensagens mais recentes divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo mostram que o procurador Dallagnol incentivou, em 2016, colegas a investigar o ministro Dias Toffoli, atual presidente do STF, visto pelo coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba como um adversário disposto a frear o avanço da operação.
Dallagnol buscou informações sobre as finanças pessoais de Toffoli e sua mulher e evidências que os ligassem a empreiteiras envolvidas com a corrupção na Petrobras.
A revelação levou o ministro Alexandre de Moraes a suspender a investigação fiscal aberta pela Receita Federal contra 133 contribuintes para apurar suspeitas de irregularidades fiscais. No entendimento do ministro, há graves indícios de ilegalidades na investigação e “direcionamento das apurações em andamento”.
Em fevereiro deste ano, a Receita negou que o ministro do STF Gilmar Mendes e sua esposa, Guiomar Mendes, fossem investigados pelo órgão.
Os próprios ministros acusados, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, além do ministro Marco Aurélio Mello, cobraram ação dos conselhos Nacional de Justiça (CNJ) e Nacional do Ministério Público (CNMP) ante as conversas atribuídas a membros da força-tarefa da Lava Jato e ao ex-juiz federal e ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. A avaliação dos ministros, segundo informações do jornalista Tales Faria, da Folha, é que Dallagnol precisa ser punido exemplarmente, assim como devem ser afastados da Lava Jato todos cujos diálogos apresentem práticas irregulares ou antiéticas.
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal, comandados por Moro, que preservem as provas da operação Spoofing, encontradas com os suspeitos de terem invadido contas do Telegram de autoridades. Fux também determinou que cópia do inquérito seja remetida ao STF.
América Latina sob os governos neoliberais. Em seu relatório mais recente, a CEPAL traçou um cenário de incerteza e desaceleração econômica para a América Latina e o Caribe no restante de 2019. O relatório foi apresentado quarta-feira (31).
A pesquisa indica que esse panorama econômico se deve a um contexto internacional de maiores complexidades, e a um dinamismo interno que se caracteriza pela diminuição dos investimentos e exportações, juntamente com a queda dos gastos públicos, impactando os níveis de consumo.
“Há uma perda de dinamismo nos motores de crescimento, com uma contribuição zero de investimentos e exportações líquidas ... A desaceleração é generalizada e afetará 21 dos 33 países da América Latina e do Caribe”, afirmou o secretário. Executivo da Cepal, Alicia Bárcena.
Na divisão de áreas geográficas, o relatório coloca a América do Sul com uma projeção de crescimento de 0,2%, a América Central e o México com 2,9 e o Caribe com 2,1%.
A Casa Branca não desiste da Venezuela. Enquanto Trump e seu assecla de “segurança nacional” abandonam o INF (veja matéria nesse Informativo), mostrando a opção pela guerra, continuam imaginando fórmulas e planos para invadir a Venezuela e se apossarem do petróleo e do ouro do país.
Uma das armas agora cogitadas pelos “pensadores militares” estadunidenses é a retomada do TIAR (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca) em nossa região. E a primeira tentativa foi feita pelo fantoche Juan Guaidó, em julho deste ano, ao apresentar para a Assembleia Nacional da Venezuela um pedido de reentrada do país no tal Tratado.
O tratado é uma artimanha para dar legitimidade internacional a uma possível intervenção militar para expulsar Nicolás Maduro pela força. Embora, como explica o analista Martín Pulgar, essa ferramenta tenha sido desacreditada em 1982, quando o órgão hemisférico, sob pressão dos EUA, não apoiou a Argentina no “conflito contra a Grã-Bretanha pela soberania das Ilhas Malvinas”.
Além disso, Pulgar lembra, os Estados Unidos e o Chile não só se recusaram a invocar o mecanismo para proteger a Argentina, “mas também forneceram apoio logístico e de inteligência a um inimigo extraterritorial para atacar um Estado-membro”.
Mas parece que, mais uma vez, Trump vai dar “com os burros n’água”. Acontece que apenas o presidente da Nicolás Maduro, pode fazer o pedido. As decisões do Parlamento venezuelano, neste caso, não têm validade legal no marco jurídico venezuelano.
O que nós sabemos é que Trump não vai desistir da Venezuela. Virou obsessão e tem a ajuda submissa de alguns presidentes capachos em nossa região.
Quem ganha com a crise na Argentina? O PIB da Argentina caiu 2,5% em 2018. A inflação fechou o ano em 47,6%. A crise econômica, porém, passou muito longe do presidente Mauricio Macri. O patrimônio dele pulou de 99 milhões de pesos, em 2017, para mais de 151 milhões de pesos em 2018.
A denúncia é do jornal argentino Página 12. O salto, segundo a publicação, se deve principalmente à desvalorização do peso, que valorizou seu patrimônio em dólares. O presidente tem sete imóveis, que valem 26 milhões de pesos. Seis estão no país e somam 11 milhões, enquanto o outro está na cidade uruguaia de Maldonado e tem um valor de 15 milhões de pesos.
A notícia da valorização do patrimônio veio acompanhada de denúncia sobre corrupção que envolve Macri. A ex-diretora de Estradas Nacionais Julieta Lucila Ripoli detalhou ao Página 12 manobras nas concessões de pedágio em benefício do Grupo Socma.
Aumenta a fome no mundo! Pelo terceiro ano consecutivo, várias agências da ONU documentaram níveis crescentes de fome severa no mundo, afetando 820 milhões de pessoas. Mais de 2.000 milhões sofrem de insegurança alimentar “moderada ou severa”. Durante o mesmo período, o mundo vem experimentando o que a Reuters chamou de “superabundância global de cereais”, com produtos agrícolas excedentes empilhados em silos de grãos e apodrecendo devido à falta de compradores. Ou seja, o aumento das safras de grãos (em maior parte de transgênicos) não reduz a fome global.
Mas, em meio a esse caos e sofrimento, tem um lado muito curioso. Quase todo dia vemos um acadêmico, um industrial ou um político apaixonado pelas teorias de Malthus para falar sobre “a iminência de fenômenos de escassez de alimentos causados ​​pelo crescimento populacional e pela limitação dos recursos naturais”.
No entanto, o mundo já produz mais que o suficiente para alimentar 10 bilhões de pessoas, ou seja, cerca de 3 bilhões a mais do que somos hoje. Por que continuamos a fazer as coisas erradas, acreditando que a produção de mais produtos agrícolas acabará com a fome? O economista indiano Amartya Sen ganhou seu Prêmio Nobel por demonstrar que a fome raramente é causada pela escassez de alimentos. A fome é causada pela falta de poder dos pequenos e médios produtores de alimentos e pessoas pobres. Poder sobre a terra, a água e outros recursos naturais que permitem a produção de alimentos de consumo do trabalhador. E ser capaz de ganhar uma renda que permita que as pessoas adquiram a comida de que precisam.
E é uma miragem perigosa pensar que podemos resolver o problema da fome no mundo aumentando a produção mundial baseada na implantação da agricultura industrial. Perigoso porque a forma como esses alimentos são cultivados em fazendas de monocultura com uso intensivo de produtos químicos está literalmente destruindo a base de recursos - solo, água, clima - da qual depende a futura produção de alimentos.
Sem-teto na Alemanha. O número de pessoas sem-teto na Alemanha cresceu, chegando a cerca de 650 mil pessoas em 2017, de acordo com estimativas da entidade alemã de ajuda a desabrigados (BAGW) divulgadas nesta terça-feira (30/07).
A maioria dos sem-teto vive em abrigos, e cerca de 48 mil são moradores de rua, sendo muitos deles não alemães, mas cidadãos de outros países da União Europeia (UE), especialmente do Leste Europeu.
Do total de 650 mil, cerca de 40 mil são cidadãos da UE. Metade destes estava vivendo na rua em 2017. “A maioria desses migrantes da UE não chegam à Alemanha como sem-teto, mas por causa de uma perspectiva no mercado de trabalho. Entretanto, alguns fracassam nesse ponto”, afirmou Werena Rosenke, gerente da BAGW.
A BAGW estima que a cifra de crianças e adolescentes entre os sem-teto é de 8%. Em 2017, eles eram 22 mil menores.
“Acreditamos que na Alemanha o número total de pessoas sem lar cresceu entre 15% a 20% de 2016 a 2017”, disse a gerente da BAGW. Ela reclama que não há um levantamento estatístico desse número a nível federal, o que obriga a entidade a produzir estimativas. (Deutsche Welle)
Pobreza no Reino Unido. Mais de quatro milhões e 500 mil pessoas vivem em condições de extrema pobreza no Reino Unido, revela um estudo. Segundo uma comissão liderada pelo Instituto Legatum, sediado nesta capital, estes cidadãos representam 7% da população total deste país e menores, filhos de famílias monoparentais, aposentados e deficientes, estão entre os setores mais afetado
A investigação também concluiu que sete milhões de britânicos, incluindo dois milhões de 300 mil crianças, estão em situação de pobreza persistente, o que significa que vivem assim há pelo menos dois anos. Segundo o jornal The Guardian, o relatório atribui esse problema às medidas de austeridade aplicadas pelo governo e pede que o novo primeiro-ministro, Boris Johnson, tome medidas urgentes.
Além disso, o jornal observa que as famílias com três ou mais filhos estão entre os grupos mais vulneráveis ​​e que o trabalho não é mais garantia de estabilidade e proteção. De acordo com as pesquisas realizadas, 54% das crianças que vivem na pobreza pertencem a casas onde um adulto é um empregado assalariado.
Uma lição para o mundo! Você conhece a Etiópia? Um país no chifre da África, pouco maior que Mato Grosso, e um dos países mais antigos do mundo, pela sua formação.
País considerado pobre, mas uma República Federal Democrática Parlamentarista. O sistema de governo baseia-se na divisão do poder entre as nove regiões administrativas e um Parlamento dividido em uma câmara baixa com 548 representantes (Conselho de Representantes do Povo) e pelo Senado com 108 assentos (Conselho Federal). Os representantes do povo são eleitos por voto popular direto, enquanto que os senadores são designados pelas regiões administrativas. Atualmente a Presidenta é uma mulher, Sahle-Work Zewde.
Mas, por que eu estou falando tudo isso? Porque a Etiópia acaba de dar uma lição para o mundo que deveria nos envergonhar. Enquanto o Brasil perde milhares de hectares de árvores, devido à nova política florestal criada pelo Bosta que nos governa, a Etiópia acaba de cumprir uma campanha lançada pelo governo (veja o cartaz) e plantou 353 milhões de árvores em 12 horas!
Não, não é uma brincadeira ou piada. 353 MILHÕES DE ÁRVORES PLANTADAS PELA PRÓPRIA POPULAÇÃO EM APENAS 12 HORAS.
O governo havia lançado a campanha para combater o desflorestamento do país e a meta inicial era plantar 200 milhões de árvores durante um dia. A maior marca conhecida, até hoje, era da Índia, que conseguiu plantar 50 milhões de árvores em um dia, em julho de 2016.
O desafio lançado pelo governo etíope: cada habitante precisava plantar, pelo menos, 40 árvores! E até os políticos e membros do governo se envolveram e foram plantar árvores. Foi decretado feriado para o funcionalismo que se envolveu também no desafio.
A sandice de Trump! O Tratado de Eliminação de Mísseis de Curto e Médio Alcance (Tratado INF) expirou por iniciativa dos EUA, informou o Ministério de Relações Exteriores da Rússia em um comunicado. Na quarta-feira (31), o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, alegou que a China continua desenvolvendo mísseis de médio alcance. O Tratado INF proibia mísseis balísticos e de cruzeiro com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros.
“Em 2 de agosto de 2019, por iniciativa de Donald Trump, o tratado entre a URSS e os EUA sobre a eliminação de seus mísseis de médio e curto alcance, assinado em Washington em 8 de dezembro de 1987, foi cancelado”, disse o ministro russo.
Em resposta, a Rússia também suspendeu seu compromisso com este Tratado, deixando claro, ao mesmo tempo, que não deseja participar de uma corrida armamentista, mantém suas propostas de desarmamento e esperará que a Casa Branca esteja disposta a entrar em negociações.
O presidente russo, Vladimir Putin, argumentou que os EUA há muito violavam as cláusulas deste tratado com os testes de mísseis de médio alcance e a implantação, na Romênia e na Polônia, de sistemas de lançamento de mísseis de cruzeiro.
A Bélgica lamentou a saída da Rússia e dos EUA do Tratado INF e pediu a esses dois países que mantenham um diálogo sobre as medidas de estabilização e impeçam um novo boom na corrida armamentista.
De sua parte, a China rejeitou a decisão dos Estados Unidos de abandonar o Tratado INF. Os EUA ignoram suas responsabilidades internacionais e seguem uma política de unilateralismo”, disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

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