Como
será o amanhã? (10).
E o país caminha aceleradamente para o brejo, para a
barbárie geral, para um paraíso do capital e seus donos.
Fato
1. A confiança da indústria brasileira
caiu no mês de julho e chegou ao pior nível desde outubro de 2018, divulgou na
segunda-feira o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas
(Ibre/FGV).
Calculado a partir de informações de 1.142 empresas, o
Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve retração de 0,9 ponto em julho,
chegando a 94,8 pontos.
Segundo a pesquisa, a confiança recuou em 11 dos 19
segmentos industriais pesquisados, e as quedas foram concentradas na avaliação
do cenário atual. O Índice de Situação Atual caiu 2,2 pontos e chegou a 94,4,
enquanto o Índice de Expectativas, que mede as projeções do setor para o
futuro, teve sua primeira alta em 2019. O indicador avançou 0,5 ponto, chegando
a 95,3.
Fato
2. É mentira a propaganda do governo
dizendo que o desemprego estacionou. O fato concreto é que cada vez menos gente
tem ânimo de procurar os balcões de emprego e isso atrapalha os índices
oficiais.
Com menos gente à procura de trabalho – o que pode
indicar desalento –, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo
atingiu 16,6% em junho, ante 16,8% no mês anterior. Mas não houve criação de
vagas no mês passado: a taxa recuou ligeiramente porque o número de pessoas que
saiu do mercado (48 mil) foi maior que o de fechamento de postos de trabalho
(17 mil). Com isso, o total de desempregados caiu em 31 mil, para estimados
1,890 milhão. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), da
Fundação Seade e do Dieese, divulgada nesta terça-feira (30).
Em 12 meses, a População Economicamente Ativa (PEA)
cresceu em 307 mil, enquanto o mercado de trabalho abriu 300 mil ocupações. Com
isso, o número de desempregados aumentou em 7 mil no período.
Fato
3. O mercado de trabalho fechou o
trimestre de abril a junho com dois recordes negativos na série histórica
iniciada em 2012 nas taxas da população subocupada e de trabalhadores por conta
própria.
A população subocupada, trabalhadores e trabalhadoras
disponíveis e que precisam trabalhar mais horas, mas não conseguem, atingiu 7,4
milhões de pessoas – aumento de 8,7% em relação ao trimestre anterior e de
13,8% em relação ao mesmo período de 2018. Já o número de trabalhadores por
conta própria, que fazem bicos para sobreviver, atingiu a marca de 24,1 milhões
de brasileiros, 1,6% a mais em relação ao trimestre anterior e 5% em relação ao
mesmo período de 2018.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (PNAD Contínua), divulgada na quarta-feira (31) pelo IBGE, mostram a
crise se ampliando enquanto o ex-militar se preocupa em “puxar o saco” do Trump
e sua turma. Faltam políticas de geração de emprego e renda e a classe
trabalhadora sofre com o desemprego e o trabalho precário.
O total de desalentados, trabalhadores que desistiram
de buscar emprego depois de muito procurar e não encontrar, 4,9 milhões de
pessoas, não teve uma variação significativa em relação ao trimestre anterior ou
ao mesmo período do ano passado, mas continua alto.
Fato
4. O percentual de famílias
endividadas no país cresceu de 64% em junho para 64,1% em julho deste ano.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é a sétima
alta consecutiva do indicador.
O percentual de endividados, ou seja, de pessoas que
têm dívidas em atraso ou não, também cresceu na comparação com julho do ano
passado, quando a proporção era de 59,6% das famílias. Nesse tipo de comparação,
é a sexta alta consecutiva.
A pesquisa também mostrou que houve aumento no número
de inadimplentes, que são os que têm contas ou dívidas em atraso: de 23,6% em
junho para 23,9% em julho deste ano. Houve alta ainda na comparação com julho
de 2018 (23,7%).
Já aqueles que não terão condições de pagar suas contas
em atraso somaram 9,6% em julho deste ano, acima dos 9,5% de junho deste ano e
dos 9,4% de julho do ano passado.
Fato
5. Embora quase metade dos brasileiros
(44%) tenha começado o ano de 2019 com expectativas positivas em relação à
economia do país para o primeiro semestre, o desenrolar dos fatos só manteve o
otimismo de 13%.
Segundo levantamento realizado nas 27 capitais pela
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção
ao Crédito (SPC Brasil), três em cada 10 consumidores (30%) sentiram uma piora
em sua situação financeira no primeiro semestre do ano - em grande parte
motivados pela alta dos preços (54%) e pela diminuição da renda familiar (38%).
Isso explica por que sete em cada 10 consumidores (69%)
tiveram de realizar cortes no orçamento no primeiro semestre de 2019, enquanto
53% acabaram recorrendo a bicos e trabalhos adicionais para complementar a
renda. Outras situações comuns vivenciadas foram o desemprego (do próprio ou de
alguém da família), com 46% de citações, passar vários meses no vermelho (45%)
e ter o CPF negativado por não pagar alguma conta (34%). Há ainda 33% que
recorreram a um empréstimo para organizar o orçamento e 27% que chegaram ao
ponto de ter que vender bens para conseguir dinheiro.
A redução nas despesas teve impacto direto no lazer do
brasileiro: seis em cada 10 (56%) dos entrevistados que tiveram que frear o
consumo no primeiro semestre afirmaram ter cortado as refeições fora de casa,
enquanto 54% diminuíram as idas a bares e casas noturnas, 51% deixaram de
comprar roupas, calçados e acessórios, 50% restringiram as viagens e 50%
reduziram as idas ao cinema e ao teatro.
Fato
6. O bloqueio de R$ 1,4 bilhão no
Orçamento federal deste ano, anunciado pelo ex-capitão reformado na semana
passada, será distribuído em nove ministérios. Decreto com o detalhamento do
corte foi editado por ele na noite de terça-feira (30).
A maior limitação, de R$ 619 milhões, será feita no
Ministério da Cidadania. O segundo maior corte ficou com o MEC (Ministério da
Educação), que terá menos R$ 348 milhões para gastar neste ano.
A redução de recursos na área da Educação levou a uma
onda de protestos em maio. No mesmo mês, a equipe econômica anunciou o
desbloqueio de parte da verba do ministério da área.
Agora, voltou a fazer um corte na Educação. No total,
foram bloqueados neste ano R$ 6,2 bilhões da pasta, quase 25% do orçamento para
o ano. É o maior corte da esplanada dos ministérios.
O decreto editado nesta terça ainda bloqueia recursos
dos ministérios da Agricultura (R$ 54 milhões), Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações (R$ 59 milhões), Economia (R$ 282 milhões), Meio Ambiente (R$ 10
milhões), Relações Exteriores (R$ 32 milhões), Saúde (R$ 6 milhões) e Turismo
(R$ 100 milhões).
Fato
7. Enquanto o alucinado presidente
anuncia seus planos para vender todas as empresas estatais, os fatos vão
mostrando a total irracionalidade do projeto.
As empresas estatais federais registraram lucro de R$
24,6 bilhões no primeiro trimestre de 2019, resultado 57,5% maior que o apurado
no mesmo período de 2018 (R$ 15,6 bilhões).
Os números constam no 10º Boletim das Empresas Estatais
Federais, divulgado na quinta-feira (01), em Brasília, pela Secretaria de
Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da Economia.
Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Eletrobras e Petrobras representam
mais de 90% dos ativos totais e do patrimônio líquido das estatais federais.
Entre os grupos analisados, o maior crescimento
percentual verificado foi do BNDES, que saiu de um lucro de R$ 2,1 bilhões no
primeiro trimestre de 2018 para R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre de 2019
(aumento de 437%).
Fato
8. É, caminhamos aceleradamente para a
barbárie. A ONG Global Witness apontou, em relatório divulgado na terça-feira
(30), que 164 ativistas ambientais foram assassinados em 19 países no ano de
2018. O ranking das nações é liderado pelas Filipinas, que teve 30 defensores
ambientais mortos no ano passado, seguido por Colômbia, com 24, Índia (23) e
Brasil (20). Estamos em quarto lugar em assassinatos de defensores do meio
ambiente!
Segundo o documento, 43 mortes foram de ativistas que
lutavam contra o setor de mineração e extração ilegais, sendo que 21 militavam
na área da agricultura e 17 em movimentos e atingidos por barragens.
Além de assassinatos, o estudo aponta para diversas
agressões e tentativas de criminalização realizadas contra ativistas pelo meio
ambiente em países como Estados Unidos, Canadá e França. Nos EUA, o relatório
aponto para o caso de Red Fawn Fallis, liderança indígena condenada a 57 meses
de prisão após ser detida em 2016 durante um protesto.
No Canadá, uma subsidiária da companhia energética
TransCanada moveu um processo civil contra lideranças indígenas da tribo
Unist'ot'en por conta de protestos realizados pelo povoado contra a construção
de um gasoduto que passaria pelas terras dos indígenas.
Por sua vez, na França, uma batida policial coordenada
invadiu simultaneamente sedes de grupos contra energia nuclear em 10 diferentes
localidades do país. Segundo o relatório, as invasões vieram acompanhadas de
prisões e vigilância dos ativistas.
Fato
9. O insano ex-capitão do exército
justificou na quinta-feira (01) as mudanças que fez na Comissão Especial sobre
Mortos e Desaparecidos Políticos pelo fato de ser “de direita”. Quatro dos sete
integrantes foram trocados - e, entre os novos indicados, há um assessor da
ministra Damares Alves e filiados ao PSL.
“O motivo é que mudou o presidente, agora sou eu, de
direita. Ponto final. Quando eles botavam terrorista lá, ninguém falava nada.
Agora mudou o presidente. Igual mudou a questão ambiental também", disse a
jornalistas.
Curiosamente, as trocas vieram dias depois de ele ser
criticado pelo episódio envolvendo o presidente da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), em que disse “saber” o que teria acontecido com o pai do advogado
durante a ditadura.
Foram substituídos quatro dos sete integrantes, entre
eles a presidente do colegiado, a procuradora da República Eugênia Augusta
Gonzaga. Em seu lugar, assume o comando o advogado Marco Vinícius Pereira de
Carvalho, assessor especial da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos, Damares Alves. Filiado ao PSL de Bolsonaro, ele é servidor da
prefeitura de Taió (SC) e foi cedido à pasta em janeiro.
“Fiz, mesmo, taoquei? Quem manda aqui sou eu!”
Será
que o STF está tomando vergonha? Novas
revelações do site The Intercept Brasil publicadas na manhã de quinta-feira
(01) provocaram indignação e reações em série por parte dos ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) na volta do recesso.
Mensagens mais recentes divulgadas pelo jornal Folha de
S.Paulo mostram que o procurador Dallagnol incentivou, em 2016, colegas a
investigar o ministro Dias Toffoli, atual presidente do STF, visto pelo coordenador
da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba como um adversário disposto a frear o
avanço da operação.
Dallagnol buscou informações sobre as finanças pessoais
de Toffoli e sua mulher e evidências que os ligassem a empreiteiras envolvidas
com a corrupção na Petrobras.
A revelação levou o ministro Alexandre de Moraes a
suspender a investigação fiscal aberta pela Receita Federal contra 133
contribuintes para apurar suspeitas de irregularidades fiscais. No entendimento
do ministro, há graves indícios de ilegalidades na investigação e
“direcionamento das apurações em andamento”.
Em fevereiro deste ano, a Receita negou que o ministro
do STF Gilmar Mendes e sua esposa, Guiomar Mendes, fossem investigados pelo
órgão.
Os próprios ministros acusados, Dias Toffoli e Gilmar
Mendes, além do ministro Marco Aurélio Mello, cobraram ação dos conselhos
Nacional de Justiça (CNJ) e Nacional do Ministério Público (CNMP) ante as conversas
atribuídas a membros da força-tarefa da Lava Jato e ao ex-juiz federal e
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. A avaliação dos
ministros, segundo informações do jornalista Tales Faria, da Folha, é que
Dallagnol precisa ser punido exemplarmente, assim como devem ser afastados da
Lava Jato todos cujos diálogos apresentem práticas irregulares ou antiéticas.
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF),
determinou ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal, comandados por Moro,
que preservem as provas da operação Spoofing, encontradas com os suspeitos de
terem invadido contas do Telegram de autoridades. Fux também determinou que
cópia do inquérito seja remetida ao STF.
América
Latina sob os governos neoliberais. Em
seu relatório mais recente, a CEPAL traçou um cenário de incerteza e
desaceleração econômica para a América Latina e o Caribe no restante de 2019. O
relatório foi apresentado quarta-feira (31).
A pesquisa indica que esse panorama econômico se deve a
um contexto internacional de maiores complexidades, e a um dinamismo interno
que se caracteriza pela diminuição dos investimentos e exportações, juntamente
com a queda dos gastos públicos, impactando os níveis de consumo.
“Há uma perda de dinamismo nos motores de crescimento,
com uma contribuição zero de investimentos e exportações líquidas ... A
desaceleração é generalizada e afetará 21 dos 33 países da América Latina e do
Caribe”, afirmou o secretário. Executivo da Cepal, Alicia Bárcena.
Na divisão de áreas geográficas, o relatório coloca a
América do Sul com uma projeção de crescimento de 0,2%, a América Central e o
México com 2,9 e o Caribe com 2,1%.
A
Casa Branca não desiste da Venezuela.
Enquanto Trump e seu assecla de “segurança nacional” abandonam o INF (veja
matéria nesse Informativo), mostrando a opção pela guerra, continuam imaginando
fórmulas e planos para invadir a Venezuela e se apossarem do petróleo e do ouro
do país.
Uma das armas agora cogitadas pelos “pensadores
militares” estadunidenses é a retomada do TIAR (Tratado Interamericano de
Assistência Recíproca) em nossa região. E a primeira tentativa foi feita pelo
fantoche Juan Guaidó, em julho deste ano, ao apresentar para a Assembleia
Nacional da Venezuela um pedido de reentrada do país no tal Tratado.
O tratado é uma artimanha para dar legitimidade
internacional a uma possível intervenção militar para expulsar Nicolás Maduro
pela força. Embora, como explica o analista Martín Pulgar, essa ferramenta
tenha sido desacreditada em 1982, quando o órgão hemisférico, sob pressão dos
EUA, não apoiou a Argentina no “conflito contra a Grã-Bretanha pela soberania
das Ilhas Malvinas”.
Além disso, Pulgar lembra, os Estados Unidos e o Chile
não só se recusaram a invocar o mecanismo para proteger a Argentina, “mas também
forneceram apoio logístico e de inteligência a um inimigo extraterritorial para
atacar um Estado-membro”.
Mas parece que, mais uma vez, Trump vai dar “com os
burros n’água”. Acontece que apenas o presidente da Nicolás Maduro, pode fazer
o pedido. As decisões do Parlamento venezuelano, neste caso, não têm validade
legal no marco jurídico venezuelano.
O que nós sabemos é que Trump não vai desistir da
Venezuela. Virou obsessão e tem a ajuda submissa de alguns presidentes capachos
em nossa região.
Quem
ganha com a crise na Argentina? O PIB
da Argentina caiu 2,5% em 2018. A inflação fechou o ano em 47,6%. A crise
econômica, porém, passou muito longe do presidente Mauricio Macri. O patrimônio
dele pulou de 99 milhões de pesos, em 2017, para mais de 151 milhões de pesos
em 2018.
A denúncia é do jornal argentino Página 12. O salto,
segundo a publicação, se deve principalmente à desvalorização do peso, que
valorizou seu patrimônio em dólares. O presidente tem sete imóveis, que valem
26 milhões de pesos. Seis estão no país e somam 11 milhões, enquanto o outro
está na cidade uruguaia de Maldonado e tem um valor de 15 milhões de pesos.
A notícia da valorização do patrimônio veio acompanhada
de denúncia sobre corrupção que envolve Macri. A ex-diretora de Estradas Nacionais
Julieta Lucila Ripoli detalhou ao Página 12 manobras nas concessões de pedágio
em benefício do Grupo Socma.
Aumenta
a fome no mundo! Pelo terceiro ano
consecutivo, várias agências da ONU documentaram níveis crescentes de fome
severa no mundo, afetando 820 milhões de pessoas. Mais de 2.000 milhões sofrem
de insegurança alimentar “moderada ou severa”. Durante o mesmo período, o mundo
vem experimentando o que a Reuters chamou de “superabundância global de
cereais”, com produtos agrícolas excedentes empilhados em silos de grãos e
apodrecendo devido à falta de compradores. Ou seja, o aumento das safras de
grãos (em maior parte de transgênicos) não reduz a fome global.
Mas, em meio a esse caos e sofrimento, tem um lado
muito curioso. Quase todo dia vemos um acadêmico, um industrial ou um político
apaixonado pelas teorias de Malthus para falar sobre “a iminência de fenômenos
de escassez de alimentos causados pelo
crescimento populacional e pela limitação dos
recursos naturais”.
No entanto, o mundo já produz mais que o suficiente
para alimentar 10 bilhões de pessoas, ou seja, cerca de 3 bilhões a mais do que
somos hoje. Por que continuamos a fazer as coisas erradas, acreditando que a
produção de mais produtos agrícolas acabará com a fome? O economista indiano
Amartya Sen ganhou seu Prêmio Nobel por demonstrar que a fome raramente é
causada pela escassez de alimentos. A fome é causada pela falta de poder dos pequenos
e médios produtores de alimentos e pessoas pobres. Poder sobre a terra, a água
e outros recursos naturais que permitem a produção de alimentos de consumo do
trabalhador. E ser capaz de ganhar uma renda que permita que as pessoas adquiram
a comida de que precisam.
E é uma miragem perigosa pensar que podemos resolver o
problema da fome no mundo aumentando a produção mundial baseada na implantação
da agricultura industrial. Perigoso porque a forma como esses alimentos são
cultivados em fazendas de monocultura com uso intensivo de produtos químicos
está literalmente destruindo a base de recursos - solo, água, clima - da qual
depende a futura produção de alimentos.
Sem-teto
na Alemanha. O número de pessoas
sem-teto na Alemanha cresceu, chegando a cerca de 650 mil pessoas em 2017, de
acordo com estimativas da entidade alemã de ajuda a desabrigados (BAGW) divulgadas
nesta terça-feira (30/07).
A maioria dos sem-teto vive em abrigos, e cerca de 48
mil são moradores de rua, sendo muitos deles não alemães, mas cidadãos de
outros países da União Europeia (UE), especialmente do Leste Europeu.
Do total de 650 mil, cerca de 40 mil são cidadãos da
UE. Metade destes estava vivendo na rua em 2017. “A maioria desses migrantes da
UE não chegam à Alemanha como sem-teto, mas por causa de uma perspectiva no
mercado de trabalho. Entretanto, alguns fracassam nesse ponto”, afirmou Werena
Rosenke, gerente da BAGW.
A BAGW estima que a cifra de crianças e adolescentes
entre os sem-teto é de 8%. Em 2017, eles eram 22 mil menores.
“Acreditamos que na Alemanha o número total de pessoas
sem lar cresceu entre 15% a 20% de 2016 a 2017”, disse a gerente da BAGW. Ela
reclama que não há um levantamento estatístico desse número a nível federal, o
que obriga a entidade a produzir estimativas. (Deutsche Welle)
Pobreza
no Reino Unido. Mais de quatro milhões
e 500 mil pessoas vivem em condições de extrema pobreza no Reino Unido, revela
um estudo. Segundo uma comissão liderada pelo Instituto Legatum, sediado nesta
capital, estes cidadãos representam 7% da população total deste país e menores,
filhos de famílias monoparentais, aposentados e deficientes, estão entre os
setores mais afetado
A investigação também concluiu que sete milhões de
britânicos, incluindo dois milhões de 300 mil crianças, estão em situação de
pobreza persistente, o que significa que vivem assim há pelo menos dois anos. Segundo
o jornal The Guardian, o relatório atribui esse problema às medidas de
austeridade aplicadas pelo governo e pede que o novo primeiro-ministro, Boris
Johnson, tome medidas urgentes.
Além disso, o jornal observa que as famílias com três
ou mais filhos estão entre os grupos mais vulneráveis e que o trabalho não é mais garantia de estabilidade e proteção. De acordo com as pesquisas realizadas, 54% das crianças que vivem na pobreza pertencem a casas onde um
adulto é um empregado assalariado.
Uma
lição para o mundo! Você conhece
a Etiópia? Um país no chifre da África, pouco maior que Mato Grosso, e um dos
países mais antigos do mundo, pela sua formação.
País considerado pobre, mas uma República Federal
Democrática Parlamentarista. O sistema de governo baseia-se na divisão do poder
entre as nove regiões administrativas e um Parlamento dividido em uma câmara
baixa com 548 representantes (Conselho de Representantes do Povo) e pelo Senado
com 108 assentos (Conselho Federal). Os representantes do povo são eleitos por
voto popular direto, enquanto que os senadores são designados pelas regiões
administrativas. Atualmente a Presidenta é uma mulher, Sahle-Work Zewde.
Mas, por que eu estou falando tudo isso? Porque a
Etiópia acaba de dar uma lição para o mundo que deveria nos envergonhar.
Enquanto o Brasil perde milhares de hectares de árvores, devido à nova política
florestal criada pelo Bosta que nos governa, a Etiópia acaba de cumprir uma
campanha lançada pelo governo (veja o cartaz) e plantou 353 milhões de árvores
em 12 horas!
Não, não é uma brincadeira ou piada. 353 MILHÕES DE
ÁRVORES PLANTADAS PELA PRÓPRIA POPULAÇÃO EM APENAS 12 HORAS.
O governo havia lançado a campanha para combater o
desflorestamento do país e a meta inicial era plantar 200 milhões de árvores
durante um dia. A maior marca conhecida, até hoje, era da Índia, que conseguiu
plantar 50 milhões de árvores em um dia, em julho de 2016.
O desafio lançado pelo governo etíope: cada habitante
precisava plantar, pelo menos, 40 árvores! E até os políticos e membros do
governo se envolveram e foram plantar árvores. Foi decretado feriado para o funcionalismo
que se envolveu também no desafio.
A
sandice de Trump! O Tratado de
Eliminação de Mísseis de Curto e Médio Alcance (Tratado INF) expirou por
iniciativa dos EUA, informou o Ministério de Relações Exteriores da Rússia em
um comunicado. Na quarta-feira (31), o conselheiro de segurança nacional da
Casa Branca, John Bolton, alegou que a China continua desenvolvendo mísseis de
médio alcance. O Tratado INF proibia mísseis balísticos e de cruzeiro com alcance
entre 500 e 5.500 quilômetros.
“Em 2 de agosto de 2019, por iniciativa de Donald
Trump, o tratado entre a URSS e os EUA sobre a eliminação de seus mísseis de
médio e curto alcance, assinado em Washington em 8 de dezembro de 1987, foi
cancelado”, disse o ministro russo.
Em resposta, a Rússia também suspendeu seu compromisso
com este Tratado, deixando claro, ao mesmo tempo, que não deseja participar de
uma corrida armamentista, mantém suas propostas de desarmamento e esperará que
a Casa Branca esteja disposta a entrar em negociações.
O presidente russo, Vladimir Putin, argumentou que os
EUA há muito violavam as cláusulas deste tratado com os testes de mísseis de
médio alcance e a implantação, na Romênia e na Polônia, de sistemas de lançamento
de mísseis de cruzeiro.
A Bélgica lamentou a saída da Rússia e dos EUA do
Tratado INF e pediu a esses dois países que mantenham um diálogo sobre as
medidas de estabilização e impeçam um novo boom na corrida armamentista.
De sua parte, a China rejeitou a decisão dos Estados
Unidos de abandonar o Tratado INF. Os EUA ignoram suas responsabilidades
internacionais e seguem uma política de unilateralismo”, disse Hua Chunying,
porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
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