Como
será o amanhã (15)?
Cigana, bola de cristal, jogo de búzios, cartomante ou
realejo. A realidade é que não se sabe como será o Brasil do insano no dia de
amanhã. Lemos as notícias sobre a Argentina (veja neste Informativo) e ficamos
imaginando se o que a nossa imprensa está escondendo será o nosso futuro.
Fato
1. A dívida líquida do setor público
não financeiro subiu de R$ 3,86 trilhões, ou 55,2% do PIB, em junho para R$
3,91 trilhões, ou 55,8% do PIB, em julho. De acordo com o Banco Central, a dívida
sobe 0,6% no ano, sendo que a incorporação de juros soma 0,4 ponto, a variação
do dólar soma 0,3 ponto, o superávit tem efeito zero e o crescimento do PIB
tira 0,2 ponto.
Fato
2.
Depois de um segundo trimestre positivo, a indústria brasileira iniciou
o terceiro trimestre do ano de forma desalentadora. Segundo o IBGE, houve queda
de 0,3% na atividade industrial em julho, na comparação com junho, feito o
ajuste sazonal. Foi um resultado inesperado. O mercado esperava aumento de 0,6%
no período. Em 2017 e 2018, o setor cresceu 2,5% e 1%, respectivamente.
Fato
3. A indústria começou o segundo
semestre em queda. A produção do setor recuou 0,3% em julho, na comparação a
junho, pela série com ajuste sazonal da Pesquisa Industrial Mensal - Produção
Física (PIM-PF), divulgada na terça-feira pelo Instituto IBGE. São agora três
meses seguidos de queda. O resultado ocorre após a variação negativa de 0,7% do
indicador em junho, frente ao mês anterior — este dado foi revisado, de queda
de 0,6% anteriormente divulgada. Em maio, a indústria também havia recuado, em
0,1%.
Fato
4. A economia cresceu 0,7% no primeiro
semestre do ano na comparação com o segundo de 2018. Houve alívio no Ministério
da Economia, que em nota disse ser “acertada” sua estratégia até aqui. Havia
risco de o PIB ter caído de abril a junho, o que colocaria o Brasil em
recessão, situação de dois trimestrais seguidos de recuo econômico.
Mas o resultado que afastou o perigo, um avanço de 0,4%
no segundo trimestre, deixou gente desconfiada com o IBGE, órgão que tem sido
pressionado pelo atual governo desde o início.
Fato
5. De janeiro a junho, o número
de desempregados subiu. Era de 12,2 milhões de pessoas em dezembro de 2018 e
chegou a 12,8 milhões, conforme o IBGE. A taxa de desemprego foi de 11,6% a 12%.
Aumentou também a quantidade de brasileiros que desistiram de procurar vaga por
achar inútil, o chamado desalento. Eram 4,7 milhões no fim de 2018 e 4,9
milhões em junho, um recorde.
Nesse período, o salário quase não se mexeu. A média
era de 2.254 reais em dezembro e foi a 2.290 reais em junho, segundo o IBGE.
Desde 2012 o salário oscila entre 2,2 mil e 2,3 mil.
Fato
6. Enquanto o desemprego subia e a
economia e os salários rastejavam, os bancos esbaldavam-se. Bradesco, Itaú e
Santander lucraram juntos 32,7 bilhões de reais no primeiro semestre, um
aumento de 13%. É prenúncio de novo recorde anual. Em 2018, o trio teve ganhos
inéditos, 56,7 bilhões. Apenas no primeiro semestre de 2018, foram 28,9
bilhões.
A realidade da população que não é nem banqueira nem
acionista de banco ajuda a explicar por que o governo já é mais reprovado do
que aprovado. Em agosto, 39% dos brasileiros achavam o governo ruim ou péssimo
e 29%, bom ou ótimo, conforme nova pesquisa CNT/MDA. As duas posições empatavam
ali pelos 30% desde abril, de acordo com levantamentos de outros institutos.
Fato
7. Professor do Instituto de Economia
da UFRJ analisa os dados divulgados pelo IBGE e alerta para a falsa sensação de
melhora.
O IBGE divulgou, nesta quinta-feira 29, um crescimento
de 0,4% do PIB no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre
anterior. Além disso, houve um avanço de 1% quando comparado com o mesmo
período de 2018.
O PIB é uma medida da produção de bens e serviços de um
país em um determinado período e sua evolução é utilizada para avaliar o
desempenho econômico.
O número, num primeiro olhar, parece animador, pois
esse foi o melhor resultado para segundos trimestres desde 2013, quando houve
aumento de 2,3%, mas está longe de representar uma melhora na economia.
É o que explica o professor do Instituto de Economia da
UFRJ, João Sicsú. O especialista esclarece que a economia brasileira está numa
condição de depressão, que é quando a situação fica estagnada e alterações
pequenas como essa acontecem sem ter grandes mudanças. “Vamos ter agora vários
suspiros, mas vamos também ter quedas como tivemos no primeiro semestre. Não é
uma recuperação, assim como não foi com os vários suspiros anteriores”,
afirmou.
Fato
8. O primeiro projeto de lei
orçamentária do atual desgoverno, enviado ao Congresso Nacional nesta
sexta-feira, reduz os gastos com investimentos e custeio da máquina pública de
R$ 102,4 bilhões, valor do Orçamento de 2019, para R$ 89,1 bilhões em 2020.
O secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues,
reconheceu que o valor previsto para o ano que vem “pode comprometer a máquina
pública”, mas ressaltou que não há risco de paralisia por falta de verbas.
Os cortes nos investimentos, para atender à Lei do Teto
dos Gastos, podem paralisar o programa Minha Casa Minha Vida. O governo
pretende não liberar novas contratações ano que vem. O setor da construção
civil foi responsável pelo pequeno ânimo no Produto Interno Bruto (PIB) do
primeiro semestre.
Fato
9. Mesmo diante de uma crise fiscal,
que levou até mesmo ao corte de expediente das Forças Armadas, o governo
federal aumentou o desembolso com a parada de Sete de Setembro, a primeira do
insano presidente.
O contrato assinado pela gestão pública para a montagem
e organização da cerimônia militar teve um custo de R$ 971,5 mil, 15% mais do
que no ano passado.
Em agosto, o ex-militar admitiu que sua administração
enfrenta uma crise financeira, disse que está fazendo milagre para manter as
contas em dia e ressaltou que a equipe ministerial está apavorada. E na segunda-feira
(2), afirmou que não considera anunciar um pacote de proteção ambiental diante
da falta de recursos.
Fato
10. O Brasil completa 197 anos de
“independência” tendo em seu comando um ex-capitão reformado por doença mental
e que insiste em desfazer o pouco de soberania que ainda tínhamos. E o
desmatamento da Amazônia é “apenas” a ponta de um enorme iceberg recheado de
mancadas, submissão, despreparo para a função e violência.
São 17 empresas públicas nacionais de renome listadas
para serem vendidas em condições e preços ridículos, um acordo secreto com o
Peru na usina hidrelétrica de Itaipu que acaba de ser descoberto e a total
subordinação em relação ao governo de Trump.
Poucos conhecem a história e a imprensa cuidou de
abafar bastante, mas o acordo secreto com o Peru sobre a usina hidrelétrica de
Itaipu, que atualmente ameaça a posição do presidente peruano Martín Vizcarra é
grave e pode ter desdobramentos em toda a América Latina.
Por outro lado, ele continua a atacar com violência as
universidades públicas, boicotando toda possibilidade de uma educação soberana
e de qualidade, além de desrespeitar, sem qualquer pudor, autoridades estrangeiras
como no caso do presidente francês, Emmanuel Macron, e da ex-presidenta do
Chile, Michelle Bachelet.
Fato
11. E os assassinatos são uma marca
registrada do governo do ex-capitão, quando se trata dos interesses dos grandes
latifundiários, empresários, etc.
Maria Márcia Elpídia de Melo não vê o filho há quatro
meses. A presidente da Associação dos Produtores e Produtoras Rurais Nova
Vitória, uma das cinco associações de assentados do Projeto de Desenvolvimento
Sustentável (PDS) Terra Nossa, assentamento de reforma agrária situado entre as
áreas rurais de Novo Progresso e Altamira (PA), disse à Agência Pública que se
considera em cárcere privado.
Mais conhecida pelo segundo nome, Márcia vem sofrendo
ameaças constantes por causa de denúncias que fez contra a exploração ilegal de
recursos naturais (sobretudo madeira e ouro), venda de lotes e os assassinatos
no interior do assentamento. Por causa do conflito, diagnosticado em trabalho
técnico do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Márcia
afirma ter medo de sair sozinha do lote que ocupa no assentamento que também
foi o mais incendiado do Pará, em agosto.
O que mais dói, segundo ela, é ficar longe de seu
filho, Elmiro, a quem retirou de seu convívio por questões de segurança. Ele
vivia em um dos lotes do assentamento e no início deste ano foi espancado e
ameaçado de morte na Vila Isol, uma comunidade próxima ao PDS.
Fato
12. Vale lembrar que, em 2018, houve o
desaparecimento do assentado Antônio Rodrigues dos Santos, conhecido como
“Bigode”. Ele sumiu no dia 15 de maio do ano passado, quando saiu para
trabalhar em uma fazenda. A Comissão Pastoral da Terra (CPT), que acompanha o
conflito no assentamento, já trata o caso como assassinato. Ele vinha
denunciando desmatamento ilegal dentro de seu lote pelos grileiros locais e,
segundo relatos dos assentados, estava em vias de ir denunciar um esquema de
venda de lotes e grilagem no assentamento na Polícia Federal de Santarém (PA)
quando desapareceu.
Segundo a CPT, tanto o desaparecimento de Antônio
quanto outras mortes na região estão longe de serem esclarecidas e os
responsáveis por elas, punidos. A entidade oficiou o Ministério Público
Estadual e a Polícia Civil de Novo Progresso e constatou que, em sua maioria,
as investigações dos casos não foram muito além da comunicação dos crimes nos
boletins de ocorrência; praticamente não ocorreram diligências in loco ou
oitivas de testemunhas relacionadas às mortes na região.
Repúdio
mundial! O presidente com cérebro de
ameba afirmou na quarta-feira (04) que a alta comissária para os direitos
humanos da ONU, Michelle Bachelet, está se intrometendo na soberania do Brasil e
elogiou a ditadura de Augusto Pinochet por “dar um basta em comunistas” como o
pai da ex-presidente do Chile, que foi torturado e assassinado pelo regime
militar chileno em 1974.
Ele fez a declaração depois de Bachelet criticar a
violência policial, a apologia à ditadura e o encolhimento do espaço
democrático no Brasil sob o seu governo. “Nos últimos meses, observamos (no
Brasil) uma redução do espaço cívico e democrático, caracterizado por ataques
contra defensores dos direitos humanos, restrições impostas ao trabalho da
sociedade civil”, disse Bachelet.
Pelo Facebook, o desequilibrado respondeu dizendo que a
ex-mandatária chilena segue a “linha do Macron em se intrometer nos assuntos
internos e na soberania brasileira, investe contra o Brasil na agenda de
direitos humanos (de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e
militares”.
Em entrevista ao jornalista Jamil Chade, Bachelet
criticou a “negação dos crimes do Estado” pelo atual presidente, que elogia
constantemente a ditadura militar no Brasil. Segundo a comissária dos direitos
humanos, isso pode gerar um “enraizamento da impunidade e reforçar a mensagem
de que agentes do estado estão acima da lei”.
Namoro
desfeito? Nos primeiros dias de seu
governo, o ex-capitão reformado fazia elogios ao Chile e chegou a ameaçar
romper o comércio com a Argentina. Agora, com a infeliz declaração sobre os
militares chilenos, parece que ele “rompeu o namoro”.
O presidente do Chile, Sebastian Piñera, afirmou na
quarta-feira (04) que não “compartilha da alusão” que o desequilibrado fez ao
responder a alta comissária para os direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet.
“Não compartilho da alusão feita pelo presidente brasileiro a um ex-presidente
do Chile e, especialmente, a um assunto tão doloroso quanto a morte de um pai”,
disse Piñera.
O presidente chileno ainda afirmou que “todos têm
direito a ter um juízo histórico próprio sobre os governos que tivemos no Chile
nas décadas de 70 e 80. Mas [...] essas visões sempre devem ser expressadas com
respeito pelas pessoas”.
Por sua vez, a deputada Camila Vallejos disse que
lamenta que “o povo brasileiro tenha uma presidente que faz apologia da
ditadura”. E o ex-embaixador do Chile na Argentina e Washington, Juan Gabriel
Valdés, também afirmou ser “miserável” a afirmação do presidente brasileiro.
A
crise na Argentina (1). Sempre usada
como parâmetro da economia argentina, nem nas piores crises argentinas e
internacionais desde 1996, a empresa estatal de petróleo YPF teve um retorno em
seu valor tão negativo quanto o atual.
Após um aumento esperançoso de 6,45% na segunda-feira
passada, o mercado de ações argentino caiu na terça-feira 11,7%, quando as
medidas econômicas sobre controle cambial anunciadas pelo governo tinham apenas
dois dias de implementação.
As ações das empresas locais que operam na Bolsa de
Buenos Aires (Merval) caíram para o nível mais baixo registrado desde agosto de
2017, após o colapso para 23.079 unidades, sendo as empresas mais afetadas as do
setor bancário e de energia.
Desde o dia seguinte às eleições primárias realizadas
em agosto passado, nas quais Alberto Fernández ficou 15 pontos à frente de
Macri, o mercado de ações desabou 37,93%, em uma de suas piores quedas históricas
e o dólar aumentou gradualmente seu valor a 30% contra o peso argentino.
A
crise na Argentina (2). O Prêmio Nobel
de Economia, Paul Krugman, disse que “a semelhança dessa crise argentina com a
de 2001 é surpreendente”. E completou: “Ainda estou tentando entender o
desastre”.
Através do Twitter, o economista estadunidense disse
que “é surpreendente como a crise atual é semelhante à crise de 1998-2001. Não
há conversibilidade, mas os mesmos erros são vistos na política econômica e com
o FMI validando esse caminho”, escreveu.
Ao avaliar o fracasso do governo Macri, ele enfatiza
que a administração presidencial começou com um déficit fiscal e um déficit em
conta corrente. Com esse diagnóstico, ele diz que o governo “recorreu a mais
financiamento externo”, alimentando o problema. E, em seu entendimento, o ciclo
de endividamento aberto pelo governo Macri “foi possível a princípio pela lua
de mel com o mercado e depois pelo apoio maciço do FMI. Mas no final, tudo o
que eles fizeram foi cavar um poço mais fundo”.
Dia
nacional de protestos, na Argentina.
Os jornais brasileiros, talvez temendo comparações com o que está acontecendo
por aqui, estão escondendo as mobilizações populares na Argentina.
Mas uma leitura do excelente artigo da jornalista Laura
Vales, no Página 12, mostra a realidade e dá uma ideia de como as ações estão
se dando de forma organizada. E na quinta-feira (05), aconteceu um novo dia
nacional de protesto, quando os movimentos sociais exigiram que o governo
declare a emergência alimentar. Em frente ao Ministério do Desenvolvimento
Social, um grupo de organizações montou um acampamento, enquanto outros se
dirigiram ao Congresso Nacional para uma coletiva com a imprensa acompanhada
por deputados. Denunciaram que nas escolas e nas cantinas populares os
alimentos não atendem à demanda.
Segundo o Observatório de Políticas Públicas da Universidade
de Avellaneda, mais de cinco milhões de argentinos não têm acesso a alimentos
básicos. O número de pessoas que comem pouco ou mal é o dobro de 2016. O
Observatório aponta para isso como consequência do aumento do preço dos
alimentos: somente no último ano, o leite aumentou 88,7%; a manteiga 88,3%; as
salsichas 84%; o macarrão 74%; 70,9% de arroz; e frango 70,3%.
Além dos protestos sobre a emergência alimentar, em
várias cidades do país foram registradas barreiras nas estradas, interrompendo
o trânsito, saques a supermercados e outros protestos contra a política econômica
de Macri.
O
país mais infeliz do mundo? Essa é uma
daquelas pesquisas difíceis de analisar e comentar, mas entendemos que deve ser
trazida ao conhecimento dos companheiros que recebem o Informativo Semanal. O
relatório da Ipsos Global Advisor on Global Hapiness 2019 revelou quais países
têm o nível mais alto de felicidade percebida e quais são os mais infelizes.
Curiosamente, o país líder entre os estados menos
felizes é a Argentina, onde apenas 34% dos entrevistados destacaram a
felicidade como parte integrante de suas vidas. Na Espanha, país em penúltimo
lutar, 46% dos cidadãos afirmam ser felizes.
Os aspectos mais importantes para os argentinos,
segundo a pesquisa, são saúde e bem-estar físico, filhos, amigos e
relacionamentos sentimentais. No total, 28 países participaram do estudo e, no
lado oposto da escala, estão a Austrália e o Canadá, onde 86% de seus cidadãos
afirmaram estar felizes. O pódio de países com o sorriso no rosto é fechado
pela China (83% das pessoas felizes) e pelos EUA (79%).
Macri
está nas mãos do FMI! Analistas
argentinos e internacionais já se perguntam se o governo de Mauricio Macri
chegará até dezembro, data reservada para as eleições presidenciais no país. E
as dúvidas são muitas.
Em um ato desesperado para salvar sua economia, Macri
emitiu um decreto de necessidade e urgência que impunha limites às compras e
transferências de moeda estrangeira, a fim de fazer com que o FMI desembolsasse
a última parcela de um empréstimo que poderia ajudá-lo a chegar a 10 de
dezembro, final constitucional de seu mandato.
Mas o problema não é tão simples de resolver: Itália,
Suécia e Holanda se opuseram a um novo desembolso e expressaram sua recusa em
validar a próxima parcela do empréstimo. Apesar das pressões feitas por Donald
Trump, preocupado em salvar a Argentina para manter sua política na região, os
três membros, representando um total de 29 países e totalizando 12,85% dos
votos no órgão, propõem adiar a avaliação do próximo desembolso até a troca
presidencial.
Segundo eles, o governo Macri viola os termos do
programa acordado com a agência e exige que o desembolso de US $ 5,4 bilhões,
previsto para 15 de setembro, seja suspenso até a troca presidencial. A data da
revisão formal que os técnicos do Fundo devem realizar ainda não está prevista.
A queda de Macri arrasta a figura da ex-chefe do Fundo,
Christine Lagarde, que a pedido expresso dos EUA, emprestou e continuou a
emprestar dinheiro à Argentina, sabendo que não seria capaz de pagar e exigir
cada vez mais ajustes, quando o limite do surto social estava sendo atingido.
Somente os EUA estão dispostos a salvar Macri, porque
ele precisa dele como associado no sul, quando até a figura do insano
brasileiro, o ultradireita, está caindo aos trancos e barrancos. O apoio dos
EUA e seu poder de veto mantêm viva a esperança do governo de receber os fundos
necessários para encerrar o programa financeiro.
Chegar em 27 de outubro, primeiro, e 10 de dezembro,
depois. Essa parece ser a palavra de ordem. Macri e o FMI farão isso?
Venezuela
declara alerta laranja na fronteira com Colômbia. Nicolás Maduro declarou na terça-feira (03) um “alerta
laranja” nos estados que fazem fronteira com a Colômbia. Segundo Caracas, a
medida foi tomada após a ocorrência de falsos positivos gerados pelo governo
colombiano para provocar uma guerra contra o país vizinho.
“Ordenei o comandante Estratégico Operacional da Força
Armada Nacional Bolivariana e todas as unidades militares da fronteira a
declarar um alerta laranja frente à ameaça de agressão da Colômbia contra a Venezuela”,
afirmou Maduro.
Durante discurso realizado na Universidade Militar
Bolivariana, em Caracas, o presidente disse que esta ordem é uma resposta a
ações que o presidente colombiano Iván Duque pretende realizar nas fronteiras
entre os países.
Mais
provocação! Começaram na segunda-feira
(02) os “exercícios militares” de EUA e mais dez países asiáticos no sul do
balneário de Pattaya, em meio à crescente disputa com os chineses para aumentar
a influência na região.
Oito navios de guerra, vários aviões de combate e mais
de mil soldados participaram dos exercícios conjuntos, durante cinco dias. Dez
países asiáticos, membros da Associação das Nações da Ásia do Sul (Asean) foram
envolvidos nas manobras ao lado da marinha estadunidense: Malásia, Indonésia,
Brunei, Vietnã, Camboja, Laos, Myanmar, Singapura, Tailândia e Filipinas.
De acordo com um comunicado divulgado pela Embaixada
dos Estados Unidos em Bangcoc, os exercícios aconteceram principalmente no
golfo da Tailândia e no mar da China meridional. Segundo o vice-almirante Phil
Sawyer, “são um trabalho conjunto e prioridades comuns em termos de segurança
marítima na região”.
Entre as medidas estão o compartilhamento de
informações entre os países da região e operações marítimas que incluem o
bloqueio de passagens. “O objetivo é sempre o mesmo: ‘perturbar’ a China”, diz
Laurent Césario, professor de história da Universidade de Artois, no norte da
França, ouvido pela RFI. “É mais do que claro quem está sendo visado”.
A China tenta impor sua presença instalando armamentos
nas ilhas na região, por onde circulam cerca de US$ 5,3 bilhões em comércio
internacional. Para os americanos, essas ações representam uma ameaça para a
segurança na região. A marinha do país realiza com regularidade operações que
visam mostrar seu poderio ao governo chinês.
Muita
confusão no Reino Unido. O partido
conservador do Reino Unido, liderado pelo primeiro-ministro Boris Johnson,
perdeu na terça-feira (03) a maioria no Parlamento após o deputado Phillip Lee
literalmente abandonar a bancada conservadora, atravessar a Casa e se sentar na
fileira dos oposicionistas Liberais Democratas durante um discurso do premiê.
A coalizão dos tories com o direitista DUP (Partido
Unionista da Irlanda do Norte) agora ficou com 319 assentos no Parlamento,
contra 320 ocupados pelas legendas de oposição. A perda de maioria dos
conservadores pode aproximar um resultado negativo para Johnson na votação de
uma emenda que pretende bloquear a possibilidade de um Brexit sem acordo.
Uma
onda fascista avança. Há algum tempo o
nosso Informativo produziu alguns artigos sobre as novas ameaças do fascismo no
planeta. Em breve retomaremos o assunto e temos sérios motivos para preocupações.
A verdade é que os avanços do terrorismo de Estado em
Nossa América mostram que o capitalismo sem escrúpulos avança. A destruição de
valores e da cultura mostram um revés no planeta com toda a clareza. A crise no
Oriente Médio e os movimentos terroristas do ISIS, patrocinados por Trump,
fazem parte de uma realidade de destruição e de morte, fazem parte de uma
escalada dos EUA, que sob a presidência de um louco que, sem capacidade
política, tenta controlar os governos da União Europeia (UE) e a Ásia, apelou
para a força.
O
muro de Trump! A pedido de Trump, o
Pentágono anunciou na terça-feira (03) a liberação de 3,6 bilhões de dólares
(15 bilhões de reais) para a construção de 280 quilômetros de um muro na fronteira
do país com o México.
Para desbloquear estes fundos, o Departamento de Defesa
decidiu adiar ou suspender 127 projetos de construção e de modernização de
instalações militares nos EUA e no exterior previstos no seu orçamento de 2019,
indicou à imprensa um porta-voz do Pentágono, Jonathan Hoffman.
O secretário da Defesa, Mark Esper, argumentou que o
muro é necessário para apoiar os esforços das Forças Armadas na região e, por
isso, “o Departamento de Defesa vai realizar 11 projetos de construção militar
da barreira fronteiriça”, acrescentou.
A construção do muro na fronteira mexicana foi uma das
principais promessas de campanha de Trump, para conter a entrada de imigrantes
da América Latina. Após o Congresso aprovar apenas 1,4 bilhão de dólares para
esse fim dos 5,7 bilhões solicitados pelo governo, no início deste ano, o
presidente declarou emergência nacional para conseguir esses fundos sem a
aprovação do Legislativo.
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