terça-feira, 1 de outubro de 2019

Bolsonaro: 'Interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da árvore, é no minério' Que linguagem chula!


Bolsonaro: 'Interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da árvore, é no minério'






Bolsonaro também criticou o cacique Raoni Metuktire e exaltou a atuação do presidente Figueiredo, da ditadura (Foto: Associated Press)

RESUMO DA NOTÍCIA

  • Presidente discursava para grupo de garimpeiros em Brasília, e disse que empresas estrangeiras estão interessadas no minério
  • Ele voltou a criticar o cacique Raoni Metuktire: “vive tomando champanhe em outros países”
Durante discurso improvisado para garimpeiros que pediam mais proteção à mineração na Serra Pelada, Jair Bolsonaro (PSL) subiu em uma cadeira e afirmou: “Interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da árvore, é no minério”. O presidente da República também voltou a criticar o cacique indicado ao Nobel da Paz Raoni Metuktire, e exaltou o presidente João Figueiredo, da ditadura.
Na entrada do Palácio do Planalto, Bolsonaro afirmou na manhã desta terça-feira (1) que o desmatamento na Amazônia é obra de empresas estrangeiras, e disse que elas pagam propina para encobrir os crimes ambientais. Ele se dirigia a manifestantes da Coomigasp (Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros da Serra Pelada), que também se reuniram com ele no gabinete presidencial para pedir que um contingente das Forças Armadas seja deslocado para a Serra Pelada, a fim de proteger a mineração.
"O interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da árvore, é no minério. O Raoni fala pela aldeia dele, fala como cidadão, não fala por todos os índios, não. É outro que vive tomando champanhe em outros países por aí", disse Bolsonaro.
O presidente da República prometeu colocar o Exército no local, e disse que os garimpeiros “foram felizes no tempo do Figueiredo”, referindo-se à ditadura. E completou: “a legislação era outra, e eu tenho de cumprir a lei.”

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Os garimpeiros pedem a interferência do Exército na Serra Pelada porque, de acordo com eles, a mineradora Vale avança sobre o território demarcado para a cooperativa. Bolsonaro também criticou a empresa, dizendo que ela “abocanhou” o direito minerário durante o governo de Fernando Henrique Cardoso – o que ele descreveu como “um crime que aconteceu”.
O presidente concordou que a Vale invade o território dos garimpeiros, e afirmou que isso é feito através de túneis subterrâneos:
"As fotografias que eu vi, gostaria que a nossa imprensa fizesse um trabalho nesse sentido, mostram túneis em que entram um ônibus duplo de tanto de ouro que tiraram da região de vocês."
Ele garantiu que o governo "não vai desrespeitar contrato com ninguém", e prometeu buscar uma solução para a situação no Pará, que “não pode continuar como está.” Bolsonaro defende a liberação da mineração em territórios indígenas, e pretende enviar a proposta ao Legislativo ainda neste mês.

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