terça-feira, 5 de novembro de 2019

Zanin: ‘Moro comete violência jurídica para intimidar advogados’

Zanin: ‘Moro comete violência jurídica para intimidar advogados’

Advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, criticou membros da Lava Jato, após uma nova revelação do Intercept apontar que a operação monitorou conversas entre advogados do ex-presidente. "Essa violência jurídica também está relacionada à clara tentativa de intimidação dos advogados do nosso escritório pela Lava Jato de Curitiba", diz a nota

(Foto: Ricardo Stuckert)


247 - Advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, criticou membros da  Lava Jato, após uma nova revelação do site Intercept Brasil, em parceria com o jornal Folha de S.Paulo, apontar que a operação  escondeu informações da ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber quando ela examinava uma ação da defesa do ex-presidente. "Essa violência jurídica também está relacionada à clara tentativa de intimidação dos advogados do nosso escritório pela Lava Jato de Curitiba", diz a nota da defesa.
De acordo com o texto, "é estarrecedor, mas não surpreendente, o desprezo que o ex-juiz Sergio Moro e os membros da Força Tarefa da Lava Jato de Curitiba mantiveram em relação às prerrogativas dos advogados — notadamente o direito à inviolabilidade das comunicações relacionadas ao exercício da advocacia (Lei nº 8.906/94, art. 7º, II) — e ao devido processo legal (CF, art. 5º, LIV)".
O advogado reforça que, de acordo com a reportagem, "as conversas mantidas entre os advogados do nosso escritório e também aquelas mantidas entre os advogados do nosso escritório e o nosso constituinte foram ouvidas em tempo real pela Polícia Federal, por Moro e pelos procuradores da Lava Jato, a fim de que pudessem se antecipar às nossas estratégias jurídicas, pudessem manter ilegalmente o processo em Curitiba, e, ainda, para que pudessem aniquilar o direito de defesa do nosso constituinte". 
"As grosseiras violações às prerrogativas dos advogados que integram o nosso escritório e também aos postulados constitucionais que integram o devido processo legal são denunciadas desde 2016 perante os órgãos brasileiros competentes e também integra o comunicado feito naquele ano ao Comitê de Direitos Humanos da ONU pelo nosso escritório e pelo advogado Geofrey Robertson, QC e ainda estão pendentes de análise. Qualquer tentativa de restabelecer o Estado de Direito no nosso país pressupõe a reafirmação das prerrogativas dos advogados e o respeito ao devido processo legal".

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