quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Com livro de torturador na mesa, Bolsonaro debate escolas militares com Weintraub


Com livro de torturador na mesa, Bolsonaro debate escolas militares com Weintraub

Com livro de torturador na mesa, Bolsonaro debate escolas militares com Weintraub

A obra ‘A Verdade Sufocada – A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça’ é o livro de cabeceira do presidente Bolsonaro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro publicou em suas redes sociais uma foto de uma reunião em que participa ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da educação, Abraham Weintraub, e seu irmão, Arthur Weintraub. Segundo o parlamentar, esteve entre as pautas do encontro as escolas cívico-militares. No entanto, um item chama a atenção: sobre a mesa da reunião, encontra-se o exemplar do livro “A Verdade Sufocada – A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça”, do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
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A obra é sabidamente o livro de cabeceira de Jair Bolsonaro, que já se referiu ao ícone da  repressão durante a ditadura militar (1964-1985) como “herói nacional”. No ano passado, o presidente chegou a recomendar o livro a uma professora, após estudantes pedirem a Bolsonaro que mandasse um abraço à docente, de esquerda. “Fala pra ela ler o livro A verdade sufocada aí. Só ler. Depois ela tira as conclusões. Lá são fatos, não é blá blá blá de esquerdista não”, declarou à época.
Ustra é o único brasileiro reconhecido e condenado pela Justiça como torturador. Ele é acusado pelo desaparecimento e morte de pelo menos 60 pessoas no temido DOI-Codi de São Paulo.
Na publicação sobre a reunião, Eduardo Bolsonaro questionou os Estados que não aderiram à proposta de entregar aos militares questões como disciplina e segurança. “Lamentavelmente alguns estados, como SP e RJ,o s governadores não aderiram ao programa federal, o que dificulta sua implementação. A quem isso serve? Vaidade?”, questionou o parlamentar. Além de São Paulo e Rio de Janeiro, no sudeste, o Espírito Santo também não aderiu à proposta. No Nordeste, oito Estados ficaram de fora: Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas e Bahia.

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