Quando
meio século é igual a 1 ano!
Há meio século, em 1970, dois gigantes da música
popular brasileira se encontraram e compuseram uma música que ficou anos
“esquecida” por que a censura imposta pelos militares não permitia a gravação.
Estamos falando de Geraldo Vandré e Geraldo Azevedo,
ambos perseguidos, que compuseram a música “Canção da Despedida”. Na letra da
música, belíssima, vamos encontrar a seguinte frase: “Um rei mal coroado / Não
queria / O amor em seu reinado / Pois sabia / Não ia ser amado”.
Cinquenta anos depois, um “rei mal coroado”, ou
“coroado” através de falcatruas judiciárias, também não quer o amor em seu
reinado. Diretos para os trabalhadores e para o povo? Não, isso é proibido!
Liberdade de opinião? De maneira alguma! Educação pública de qualidade e
libertadora? Mas nem pensando!
Um ano de governo insano e vivemos novamente a ameaça
de “um rei mal coroado”. E lembramos que, em 1837, um dinamarquês chamado Hans
Christian Andersen escreveu uma fábula que todos conhecem: “A roupa nova do
rei”. O grito do menino daquela história precisa ser novamente ouvido, porque
“o rei está nu”!
Um
ano de insanidade na educação. O que
esperar de um “ministério” que tenha como dirigente máximo um economista,
investidor do mercado financeiro e fiel seguidor do “filósofo” Olavo de
Carvalho? O que esperar de um ministro que, em menos de um ano, colecionou uma
quantidade tão grande de besteiras ditas e graves atentados escritos contra o
nosso idioma?
Do que sabemos, através de pesquisas, notícias diversas
e relatórios oficiais, as décadas de 2000 e 2010 foram marcadas pela expansão
da educação pública no Brasil, com aumento de cotas universitárias, multiplicação
de bolsas de pesquisa, estruturação e consolidação de instituições federais.
Mas o ano de 2019 vai fechar a década tendo como características a
instabilidade institucional e uma retração no investimento público no setor.
Os livros didáticos têm muitas coisas escritas, muitas
palavras. Então serão trocados por livros com imagens da bandeira brasileira e
a letra do hino nacional, diz o presidente insano. E nós, aqui no Informativo,
ficamos imaginando como substituir, por exemplo, em um livro de química as
palavras ácido, aminoácido, coloide ou hidrocarbonetos por “lábaro” ou
“flâmula”. Em um livro de física, como substituir as palavras difração,
reflexão, cargas elétricas e outras por “raios fúlgidos”? Como vamos substituir
“a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa” por “do que
a terra mais garrida, teus risonhos lindos campos têm mais flores”?
Um
ano de mais militarização! Duas
questões nos chamam a atenção nesse governo demente: por um lado, a
incorporação (numérica) efetiva de militares nos campos da administração
estatal. E não se trata apenas do presidente ou vice-presidente da República e
dos oito ministros que compõem o gabinete hoje: existem mais de 2.500 militares
em cargos de gerência e assessoria. Somente na Secretaria de Segurança
Institucional existem 1.061 militares, e na Vice-Presidência, dos 3 que estavam
em alta, foi passada para 65. Um dos ministérios que quase dobrou a
participação das Forças Armadas nos níveis de decisão é a da Justiça (de 16 a
28), onde, de acordo com uma disposição interna, toda quinta-feira os militares
devem se apresentar com seu respectivo uniforme. É um ministério fundamental
por muitas razões, mas também pelo fato de estar encarregado da Segurança
Pública, um campo em que, desde o ínterim de Michel Temer, a presença dos
militares vem ganhando espaço.
Por outro lado, vemos o país que tem uma longa tradição
em formação pedagógica, com grande influência em toda a América Latina, observar a “militarização das
escolas” promovida por ex-capitão reformado é um indicador da direção em que
ele deseja levar seu projeto político.
Em princípio, analisando a “lei” criada pelo insano
(sob a supervisão do “guru” astrólogo) a delimitação de funções é supostamente
clara: os professores civis assumem a questão pedagógica e os militares
gerenciam o estabelecimento. Mas as fronteiras estão confusas e isso foi
denunciado por várias organizações que defendem os direitos de crianças e
adolescentes.
E o “ministro da deseducação” continua escrevendo
“imprecionante”!
“Y
love you, Trump”! O insano que governa
o Brasil, muito “macho”, anunciou seu apoio aos EUA, minutos depois do
assassinato do general iraniano em um aeroporto iraquiano, autorizado por
Trump. E não perdeu tempo para declarar seu “amor” incondicional.
O Brasil vai sediar nos dias 5 e 6 de fevereiro um
encontro entre aliados militares dos EUA, que será usado por Donald Trump para
pressionar aliados internacionais a apoiar a ofensiva contra o Irã, divulgou na
segunda-feira (06) o jornalista Jamil Chade.
Em reportagem publicada pelo portal UOL, fontes ouvidas
pelo jornalista disseram que os aliados de Trump serão "cobrados e
testados" sobre sua aliança com Washington durante a conferência que será
realizada no Brasil.
Diplomatas ouvidos pelo jornalista afirmaram que a nota
em apoio às ações de guerra dos EUA, emitida pelo Itamaraty na sexta-feira (03)
rompe com a tradição diplomática brasileira, que sempre prezou pelo diálogo,
colocando o país numa posição de “lacaio”.
A
resposta foi imediata. O governo do
Irã convocou a encarregada de negócios da embaixada do Brasil no país, Maria
Cristina Lopes, para prestar esclarecimentos a respeito da nota do Itamaraty
sobre a morte do general Qassim Suleimani, ocorrido por um bombardeio
estadunidense no aeroporto de Bagdá, no Iraque, na quinta-feira (02). A
informação foi confirmada pelo Itamaraty na noite de segunda-feira (06).
“Informamos que a Encarregada de Negócios do Brasil em
Teerã, assim como representantes de países que se manifestaram sobre os
acontecimentos em Bagdá, foram convocados pela Chancelaria iraniana. A conversa,
cujo teor é reservado e não será comentado pelo Itamaraty, transcorreu com
cordialidade, dentro da usual prática diplomática”, informou o Ministério das
Relações Exteriores.
Em comunicado divulgado na sexta-feira (03) pelo
Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro manifestou “seu apoio
à luta contra o flagelo do terrorismo e reitera que essa luta requer a
cooperação de toda a comunidade internacional sem que se busque qualquer
justificativa ou relativização para o terrorismo”.
Mas o “heroico militar” insano, na terça-feira (07),
disse que pode não ir à Suíça para participar do Fórum Econômico Mundial, em
Davos, por conta da escalada do conflito entre Washington e Teerã.
Meia
volta, volver... O demente que diz
governar o país anunciou na terça-feira (07) que o Brasil pretende manter as
relações comerciais com o Irã e afirmou que repudia o terrorismo. “Nós
repudiamos o terrorismo em qualquer lugar do mundo e ponto final. Temos
comércio com o Irã e vamos continuar esse comércio”.
Cheio de medo, ele disse ainda que vai conversar com o
ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre a possibilidade de
pedir uma reunião com os diplomatas iranianos no Brasil.
Nesta semana, o Ministério das Relações Exteriores do
Irã convocou os representantes diplomáticos brasileiros a comparecerem à
Chancelaria iraniana para explicar o teor da nota divulgada no último dia 3. A
convocação foi atendida pela encarregada de Negócios do Brasil em Teerã, Maria
Cristina Lopes, na ausência do embaixador Rodrigo Azeredo, que está de férias.
Mas o Itamaraty não revelou o teor da conversa, afirmando que trata-se de
assunto reservado. “A conversa, cujo teor é reservado, e não será comentado
pelo Itamaraty, transcorreu com cordialidade, dentro da usual prática
diplomática”, acrescentou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Adiante, no Informativo, mais notícias sobre os
desdobramentos do atentado.
Protestos
contra aumento da tarifa do transporte em SP. Noite de quinta-feira (09). A Polícia Militar lançou bombas em
confronto com manifestantes que fazem o segundo ato contra o aumento da tarifa
do transporte público em São Paulo. A confusão aconteceu em frente à estação
República do Metrô, no Centro da capital. Duas pessoas foram detidas e
liberadas após a assinatura de um termo circunstanciado.
O protesto começou durante a tarde na Praça da Sé,
também no Centro, e seguiu em caminhada sob chuva pela região.
Os manifestantes são ligados ao Movimento Passe Livre
(MPL) e, segundo a organização do protesto, o ato seguiu o seguinte itinerário:
Praça João Menes, Rua Anita Garibaldi, Rua Boa Vista, Rua Líbero Badaró,
Viaduto do Chá, Avenida São João, Avenida Ipiranga e Estação República.
No anúncio do protesto nas redes sociais, os
manifestantes dizem que os governantes anunciaram o aumento de R$ 0,10 como
algo menor, mas, para eles, a tarifa deveria ser reduzida. A tarifa subiu de R$
4,30 para R$ 4,40.
O movimento teve início na terça-feira (07), na estação
Trianon-Masp do Metrô, e se desdobrou através das redes sociais. Mas os nossos
jornais não estão divulgando ou apenas colocando em matérias pequenas, bem
escondidas entre outras notícias. Será medo do presidente insano?
Orelhudo
e mentiroso! O ex-militar demente
mentiu ao dizer que o aumento do salário mínimo para 2020 foi “acima do que
seria se a lei do PT estivesse em vigor”. A lei orçamentária para este ano
aprovada pelo Congresso em dezembro previa que o mínimo deveria ser de R$
1.031, reajuste de 3,3%. No entanto, como o Índice Nacional do Preços ao
Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), foi de 4,1%, o governo estabeleceu um reajuste R$ 8 maior,
para R$ 1.039.
A declaração é falsa. A Lei nº 12.382, sancionada por
Dilma Rousseff em 2011, estabelecia que, entre 2012 e 2015, o salário mínimo
seria reajustado pelo índice de inflação do ano anterior mais a variação do PIB
de dois anos antes. Com isso, além dos 4,1% da inflação, o salário mínimo
deveria ser acrescido de mais 1,3%, que foi o crescimento do PIB em 2018.
As
manipulações escandalosas! Governo e
parte da mídia celebraram o resultado, no dia 19 de dezembro, do Caged
(Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pelo Ministério da
Economia: saldo de 99.232 vagas com carteira assinada em novembro, crescimento
de 0,25% no estoque de empregos formais no país. Mas os dados mostram que o
aumento se concentrou basicamente no comércio, com saldo de 106.834 (1,18%),
sendo 100.393 no varejo e 100.936 em estabelecimentos com até 19 funcionários,
indicando contratações temporárias para o fim de ano. A indústria de
transformação fechou vagas, assim como a construção civil e a agropecuária
enquanto o setor de serviços teve expansão modesta. No portal Rede Brasil Atual
Além disso, 13,5% do saldo de novembro é referente a
trabalho intermitente (11.354 admissões) e parcial (2.122), também de caráter
temporário e com menor grau de proteção. Sem contar que os desligamentos “por
acordo”, que totalizam 15.754 no mês passado, superam as contratações intermitentes
e parciais (13.476).
Todo
mundo sem dinheiro! Levantamento
realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que apenas 11% dos
consumidores brasileiros têm condições de pagar as despesas sazonais deste
período, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre
Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e material escolar, com os próprios
rendimentos, sem que seja necessário fazer uma economia ou reserva financeira
ao longo do ano. A pesquisa ainda mostra que 22% dos entrevistados não fizeram
qualquer planejamento para pagar esses compromissos em 2020.
De acordo com o levantamento, para este novo ano, a
maior parte (26%) dos entrevistados teve de economizar nas festas e com as
compras de Natal para conseguir pagar as despesas de início de ano. Outros 21%
guardaram ao menos parte do 13º salário para honrar os compromissos, ao passo
que 17% disseram ter montado uma reserva ao longo de 2019 para cobrir os gastos
no futuro. Outra descoberta é 14% passaram a fazer algum bico para acumular uma
renda extra.
Derrota
para Trump. A CIA havia preparado,
treinado e financiado um “boneco de ventríloquo” para desestabilizar o governo
legítimo de Nicolás Maduro. Em uma farsa de reunião na Assembleia que ele
presidia, sem a presença do partido do governo, Juan Guaidó foi eleito
presidente da Câmara e se autoproclamou Presidente da Venezuela.
É claro que todos os governos que “babam o ovo” dos EUA
correram para reconhecer o novo governo, montando o que seria o início de um
golpe. Mas todas as tentativas feitas esbarram na resistência popular e o tal
golpe não saia, irritando Trump a cada manhã sem notícias novas e positivas da
Venezuela.
Agora mesmo é que tudo desabou na cabeça dos golpistas.
Os deputados da Venezuela elegeram no domingo (05) um novo presidente da
Assembleia Nacional, órgão legislativo do país, derrotando o então chefe do
Parlamento e autoproclamado mandatário venezuelano Juan Guaidó, integrante do
partido Vontade Popular.
A nova junta diretiva será formada pelos deputados Luis
Parra, do Primeiro Justiça, que assumirá o cargo de presidente, Franklin
Duarte, do Copei, e José Gregorio Noriega, do Vontade Popular, como primeiro e
segundo vice-presidentes. "Hoje queremos abrir a porta para o futuro deste
Parlamento", afirmou Parra.
Os três novos integrantes da direção da AN, todos
opositores de direita ao governo do presidente Nicolás Maduro, foram apoiados
por outras legendas da oposição que não reconheciam mais a liderança de Guaidó
e também dos deputados do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do
presidente Nicolas Maduro.
Em outras palavras, até seus aliados já não confiam
nele e estão enviando um recado para Trump. Entenda quem for capaz.
Tchauzinho
Guaidó! O deputado Luis Parra,
ex-integrante do partido Primera Justicia, foi eleito presidente da Assembleia
Nacional com 81 dos 104 deputados presentes. E vale destacar que nenhum
deputado chavista compões a nova diretoria. O congresso é composto de 167
deputados, o quórum mínimo é de 84 parlamentares e bastavam 76 votos para eleger
a nova diretoria.
O presidente da Assembleia Nacional, Luis Parra,
reconhecido pelo presidente Nicolás Maduro, destacou que o objetivo da nova
diretoria é diminuir a polarização entre chavistas e opositores. “Nós vamos
abrir caminho para transitar a despolarização do país e do parlamento. Nossa
primeira mensagem a Nicolás Maduro é que ele tem voltar a dar a cara no
Parlamento, mas também respeitar o Parlamento que legitimamente eleito por 14
milhões de venezuelanos”, disse Parra em seu primeiro discurso como presidente
do Congresso.
O deputado também falou sobre possíveis sanções dos
EUA, que divulgaram um comunicado no mesmo dia da eleição onde afirmam que
sancionariam os deputados opositores que não votassem em Juan Guaidó. “Nós
vamos defender as decisões legítimas do parlamento. Quem vai por esse lado da
censura, da ameaça, se equivoca, porque esse parlamento está decidido. Não
tenho conta nem bens nos EUA e não há nada que me importe além do povo da
Venezuela. Pedimos respeito aos governos, assim como em algum momento pedimos
ajuda e seremos agradecidos. Agora pedimos respeito ao parlamento venezuelano”,
disse o presidente Luis Parra.
“Assembleia
paralela”? Coisas que só poderiam sair
da cabeça de um louco varrido como Trump. O deputado de direita e
autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, foi reeleito para a
presidência de um Parlamento paralelo na noite do domingo (05) por uma
assembleia realizada na sede do jornal venezuelano El Nacional.
A sessão não oficial, que contou apenas com a presença
de parlamentares da oposição aliados a Guaidó, foi realizada após o
autoproclamado presidente interino ser derrotado no Parlamento em votação que
elegeu uma nova junta diretora para a Assembleia Nacional (AN) da Venezuela,
tendo como presidente o deputado Luis Parra, membro do partido opositor
Primeiro Justiça.
Argentina
retira credenciais de embaixadora venezuelana nomeada por Guaidó. (Matéria em Opera Mundi) O governo da Argentina
decidiu nesta terça-feira (07) retirar as credenciais diplomáticas de Elisa
Trotta Gamus, que havia sido nomeada por Juan Guaidó como embaixadora da
Venezuela no país.
“Escrevo com o objetivo de informar que, a partir desta
data, sua missão especial na República da Argentina e suas funções dentro da
estrutura foram encerradas”, diz a nota do Ministério das Relações Exteriores.
Trotta havia entregado suas credenciais a Jorge Faurie,
então chanceler do ex-presidente Mauricio Macri, que reconheceu a venezuelana
como representante diplomática da Venezuela no país.
A decisão de Macri veio após o seu governo reconhecer,
em abril, o deputado de direita Juan Guaidó como presidente encarregado da
Venezuela, após o parlamentar se autoproclamar mandatário, em janeiro de 2019.
Em dezembro, o ministro das Relações Exteriores do
presidente Alberto Fernández, Felipe Solá, havia dito ao jornal Clarín que as
atividades desempenhadas por Trotta “eram ilegais” e que o governo peronista
não “buscaria desculpas”.
Quando
os jornais mentem... Em junho de 1966,
sentindo a necessidade de promover um debate que elevasse o grau de consciência
do operariado chinês e sabendo que os jornais estavam sob controle de grupos
contra o partido comunista, Mao Tsé-tung passa a incentivar os chamados
“dazibaos”, cartazes escritos em grandes caracteres (dazibaos) e que eram
expostos em muros, em vários pontos da China. A organização ficava por conta de
grupos marxista-leninistas e tinha início a Grande Revolução Cultural
Proletária.
Não temos qualquer intenção igualar os fatos, mas, no
Chile, diante da cumplicidade da imprensa local com o governo repressor de
Sebastián Piñera, mulheres pesquisadoras e comunicadoras chilenas criaram o
coletivo Sin medios/Sin miedo e estão criando um registro nos muros da cidade
de Santiago, que durante os meses de outubro, novembro e dezembro se
transformaram no suporte das informações, denúncias, anseios e demandas da
cidadania durante os protestos no Chile.
O trabalho exposto nos muros em letras grandes reúne
parte de milhares de frases que podem ser observadas nas ruas de Santiago no
setor da cidade entre o Palácio de La Moneda e a Praça da Dignidade – outrora
Praça Itália, rebatizada pela população mobilizada.
No percurso, é possível ver temáticas diversas, desde
as demandas por melhores aposentadorias, moradia, saúde digna ou Assembleia
Constituinte, até reclamações pelo papel da imprensa, ou dos meios de comunicação
durante o que alguns denominam “explosão social”.
Para a jornalista Paola Cornejo, “alguns meios [de
comunicação] optaram pelo esvaziamento, ou mesmo pela omissão, em suas
coberturas, mas os jovens, as mulheres, os artistas, os coletivos e os
muralistas decidiram utilizar o espaço das ruas para contar suas verdades, tudo
aquilo que parte da imprensa não está informando atualmente. Assim, os muros da
cidade se transformaram em meios de comunicação”.
França:
continua o movimento contra a reforma da previdência. Novas manifestações foram convocadas pela Confederação
Geral do Trabalho (CGT), Federação Unitária de Sindicatos (FSU) e sindicatos
Solidariedade, entre outros, neste sábado (11).
Já são 37 dias de greve nos setores de transporte
público contra a reforma previdenciária do governo do presidente Emmanuel
Macron, que informou que “está disposto a retirar temporariamente” os 64 anos
de idade projeto de lei.
Esta é a segunda manifestação sindical em apenas 48
horas e, nas duas ocasiões, houve confrontos entre a polícia e grupos radicais
encapuzados que fizeram fogueiras nas ruas. Agentes do batalhão de choque lançaram
bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los. Mas o governo neoliberal continua
defendendo o trabalho da polícia contra acusações de uso excessivo de violência
para reprimir manifestantes, cujas imagens levaram à abertura de investigações
internas dentro da aplicação da lei.
Os protestos também foram registrados em outras cidades
da França, incluindo Marselha, Toulouse, Lyon e Nantes.
Devido aos incidentes, o Executivo francês anunciará
propostas com o objetivo de encontrar uma solução para o conflito pela reforma
previdenciária que pretende substituir os 42 esquemas de aposentadoria atuais,
bem como uma idade de 64 anos para acessar a aposentadoria sem descontos.
Além dos trabalhadores de transporte, já aderiram ao
movimento os funcionários de ferrovias, advogados, magistério e refinarias.
Iraque
quer retirada de tropas estadunidenses.
O Parlamento do Iraque aprovou no domingo (05) uma resolução pedindo ao governo
que cancele a assistência militar dada por Washington ao país, o que poderá
significar a retirada das tropas dos EUA do território iraquiano.
Além disso, o governo ainda apresentou uma denúncia à
Organização das Nações Unidas (ONU) contra ataque ordenado pelo presidente dos
EUA, Donald Trump, ao aeroporto internacional de Bagdá que deixou sete pessoas
mortas, incluindo o general iraniano Qassem Soleimani e o líder iraquiano Abu
Mahdi al-Mohandis.
O Ministério das Relações Exteriores iraquiano disse
que a queixa foi apresentada à Secretaria Geral da ONU e ao Conselho de
Segurança. O tema são os “ataques estadunidenses e agressões contra posições
militares do Iraque, o assassinato de iraquianos e aliados de alto escalão e
comandantes militares em solo iraquiano”.
O governo iraquiano também convocou um diplomata que
representa os Estados Unidos em Bagdá para protestar contra a “violação da
soberania” cometida com o ataque da última quinta-feira (02). Em nota, o
Ministério das Relações Exteriores informou que a convocação do embaixador se
deve aos repetidos ataques aéreos feitos pelos EUA no território iraquiano nos
últimos dias.
Trump
diz que não sai! O insano do Norte,
Donald Trump, disse a repórteres a bordo do avião presidencial que o país não
sairá do Iraque até que Bagdá pague pela base aérea dos EUA. E ainda ameaçou implementar
sanções contra o Iraque caso continuasse com a exigência de que as tropas estadunidenses
deixassem o país.
“Se eles nos pedirem para sair e se não fizermos isso
de uma maneira muito amigável, imporemos sanções como nunca haviam visto antes.
Isso fará as sanções contra o Irã parecerem um pouco chatas. Temos uma base
aérea extraordinariamente cara lá. Seu custo de construção bilhões de dólares.
Muito antes da minha chegada. Não sairemos a menos que nos paguem”, disse
Trump.
Não se sabe exatamente qual é a base militar, mas é
provável que Donald Trump tenha se referido à base aérea de Al Asad no oeste do
Iraque. A base foi construída entre 1981 e 1987 por um consórcio iugoslavo
encomendado pelo governo iraquiano e foi capturada pela coalizão liderada pelos
EUA em 2003. Desde então, os militares dos EUA se estabeleceram lá até 2011, apenas
para retornar em 2014: desta vez em conjunto com as tropas iraquianas.
Ao mesmo tempo, o presidente dos EUA ameaçou novamente
destruir a herança cultural do Irã, caso o país persa respondesse ao
assassinato do general Qasem Soleimani, ignorando os estatutos do Conselho de
Segurança da ONU que proíbem expressamente atacar a herança cultural.
Câmara
dos EUA vai limitar ações do insano. A
Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na quinta-feira (09) uma resolução
para limitar a capacidade de Trump de se envolver em um conflito armado com o
Irã, dias depois de ele ordenar um ataque com drones que matou o general
iraniano Qassim Soleimani.
O problema é que a resolução não é vinculante – ou
seja, não precisa ser obrigatoriamente respeitada pela Casa Branca! Então, por
que votaram?
A
Guarda Revolucionária do Irã assume o engano derrubando o avião. O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (CGRI) do
Irã assumiu a responsabilidade pelo incidente da aeronave Boeing 737 da companhia
Ucrânia International Airlines, abatida por engano em 8 de janeiro após decolar
do aeroporto de Teerã em direção a Kiev
“Depois de ouvir sobre o incidente no avião ucraniano,
eu queria estar morto, para não testemunhar essa tragédia”, disse o comandante
da Força Aeroespacial da CGRI, Amir Ali Hajizadeh, durante uma entrevista
coletiva. O oficial militar disse que a defesa aérea tomou o avião como um
míssil de cruzeiro localizado a 19 quilômetros de distância.
“Somos totalmente responsáveis por isso e, independentemente da decisão tomada pelas autoridades, obedeceremos”, acrescentou
o alto comando.
Já
aconteceu antes. Sim, derrubadas de
aviões civis por engano de militares ou erros de equipamentos já ocorreram
outras vezes. A imprensa logo faz cair no esquecimento, mas temos uma relação dos
principais e mais graves desses erros.
1) Uma aeronave DC-9-15 da companhia aérea italiana
Aerolinee Itavia , que percorreu a rota de Bolonha a Palermo, explodiu perto da
ilha de Ustica, na Sicília. Os 77 passageiros a bordo da aeronave, incluindo 13
crianças, morreram no acidente. Foi derrubado por um míssil da OTAN, disparado
por engano durante uma manobra, e um combate aéreo entre caças que acompanhavam
um avião no qual o então líder líbio Muammar Gaddafi;
2) um avião de passageiros Airbus A300 B2-203
pertencente à empresa Iran Air foi abatido nas águas territoriais iranianas, no
Golfo Pérsico, por um míssil lançado da fragata estadunidense Vincennes, que
patrulhava o Estreito de Ormuz: os militares o identificaram por erro como um
F-14 iraniano. A tragédia matou quase 300 pessoas;
3) 66 passageiros e 12 tripulantes morreram quando um
Tu-154M da companhia aérea Sibir, que voava de Tel Aviv (Israel) para
Novosibirsk, caiu sobre o Mar Negro, a cerca de 200 quilômetros de Sochi. A
investigação realizada pelo Comitê de Aviação Interestadual mostrou que a
aeronave foi atingida por um míssil ucraniano, lançado por engano durante uma
manobra militar. Em 2003, as autoridades do país compensaram as famílias de
todas as vítimas da catástrofe.
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