Chame
o ladrão!
Ia o ano de 1974 e a censura continuava arrasando a
cultura do país. Chico Buarque de Holanda era um dos mais perseguidos e tinha
suas músicas proibidas seguidamente, mas, mesmo assim, vez por outra conseguia
contornar e gravar alertas para todos nós. Uma das músicas que marcou falava do
medo de ser preso a qualquer hora, porque eles invadiam casas a qualquer hora
do dia ou da noite. “Acorda amor” era um alerta: “Não demora / Dia desses chega
a sua hora / Não discuta à toa, não reclame / Clame, chame lá, chame, chame /
Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão”.
Hoje vivemos momentos semelhantes. Nenhum cidadão tem
certeza de que serão respeitados seus direitos constitucionais. Mas, pior
ainda, é quando muitos que deveriam estar trabalhando contra isso, ou, pelo
menos, é o que dizem fazer, assemelham-se aos bandidos.
Loucura? Não sei... Apenas tentando unir “a” com “b”
ou, como diria Sherlock Holmes, “uma vez eliminado o impossível, o que restar,
não importa o quão improvável, deve ser a verdade”.
Então, vamos aos fatos. Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes,
adversário declarado do PT, é maluco? Não! Os policiais militares são malucos?
Não! Então o que pensar?
O governador do Ceará é um engenheiro agrônomo e
professor, profissão odiada pelos “bolsuínos”. Camilo sobreira de Santana, o
governador, foi reeleito pelo partido dos trabalhadores (PT).
Agora, vamos pensar: 1) os policiais amotinados contra
o governador são ligados à milícia do Rio de Janeiro (leia-se Flávio “bosta”);
2) Cid gomes pegou um trator para invadir o quartel dos amotinados, mas ele é
um senador e não entendi qual o seu interesse na disputa entre os policiais e o
governador; 3) todos dizem que ele levou um tiro com bala de borracha e depois
disseram que eram dois tiros com munição verdadeira (de chumbo); 4) foi
carregado sem ninguém ver de perto, como aconteceu na cena da suposta “facada”
no “bosta”; 5) hoje, pelas notícias, foi transferido para uma enfermaria... Será
que estamos vivendo mais um “fake”?
Para complicar o quadro, após confusão na cidade de
Sobral, no Ceará, envolvendo o senador Cid Gomes (PDT), deputados federais da
bancada da bala entraram, na noite desta quarta-feira 19, com um boletim de ocorrência contra o
pedetista por tentativa de homicídio contra os policiais.
A deputada major Fabiana (PSL-RJ), e os deputados
capitão Wagner (Pros-CE) e capitão Alberto Neto (PRB-AM) foram para Sobral após
a confusão no 3º Batalhão de Polícia Militar da cidade. O grupo chama o senador
baleada de criminoso. “Inacreditável essa conduta, fica até difícil de
expressar opiniões serenas nesse momento!”, disse major Fabiana.
Aos
poucos, a verdade aparece. Em ótima
matéria publicada pelo jornal “El País”, a jornalista Beatriz Jucá mostra que
há relação entre os policiais amotinados no Ceará e o governo miliciano do
demente.
Diz ela que “está fragmentado e sem lideranças
definidas o movimento grevista de policiais militares no Ceará (...) O episódio
agravou uma crise que começou a se desenhar no fim do ano passado, com as
negociações por reajuste salarial para a categoria. O governador Camilo Santana
chegou a incorporar algumas das reivindicações na sua proposta inicial e,
embora associações ligadas aos policiais tenham chegado a aceitar um acordo,
parte da base o recusou e se rebelou. (...) Quatro policiais foram presos e
outros 300 estão sendo investigados por crimes que vão da tomada de viaturas
civis ao incêndio de veículos de cidadãos críticos ao movimento. Em meio a uma
categoria rachada e uma crise explorada à exaustão por políticos locais e nacionais,
um novo protagonista tem se fortalecido: uma ala mais radical da corporação,
formada principalmente por jovens soldados e empoderada por um discurso
autoritário que vem ganhando força nas polícias na esteira do bolsonarismo”.
Mais
uma peça se encaixa. O ministro da
Cidadania, Onyx Lorenzoni, defendeu o direito à legítima defesa ao comentar o
ataque a tiros contra o senador Cid Gomes (PDT-CE), na cidade de Sobral, no
Ceará, na quarta-feira 19. A declaração ocorreu durante transmissão ao vivo do
presidente insano nas redes sociais, na quinta-feira (20).
O ex-militar reformado reclamava de que a imprensa
tenta culpá-lo pelo episódio ao estabelecer relações ideológicas entre ele e os
manifestantes. Ele criticou uma matéria do site UOL que informa que um vereador
que o apoia liderou o motim em quartel onde o senador foi baleado.
Na entrevista, o demente se virou para seu ministro “de
estimação” e perguntou sobre a postura de Cid Gomes diante do protesto. “Vou te
botar em xeque aqui. Aquele cara, não fala o nome dele não, que subiu num
trator, querendo empurrar o portão lá com crianças, com mulheres. Ele agiu
corretamente? Sim ou não? Não fala o nome dele não”, disse ele.
O “amestrado” repudiou a ação do parlamentar e defendeu
o direito à “legítima defesa”. “É evidente que não, né, presidente? Aí é uma
irresponsabilidade, um desequilíbrio, um ato que colocou em risco a vida de
muitas e muitas pessoas. É evidente que, quando tu tem a tua vida em risco, tu
tem o direito à legítima defesa”, disse Lorenzoni. Cai o pano!
Insano
e incendiário? O ex-militar posto na
reserva se tornou uma das estrelas dos festejos carnavalescos de Colônia. Entre
as atrações no tradicional desfile da próxima segunda-feira (24), ponto alto do
Carnaval da cidade no oeste da Alemanha, está um carro alegórico com um boneco
do presidente brasileiro, segurando a bandeira brasileira atada a um palito de
fósforo tamanho família e exibindo um largo sorriso, diante de árvores
carbonizadas e sambistas seminuas e chamuscadas.
“Esse é meu carro preferido", derrete-se Holger
Kirsch, diretor do desfile, em entrevista ao jornal local Kölner
Stadt-Anzeiger. A alegoria, crítica bem-humorada às queimadas na Amazônia, deve
produzir fumaça literalmente. "Nós trabalhamos com verdadeiras sacas de
café e ainda instalamos um sistema de tubulação para que fumegue bastante”,
acrescentou.
Desigualdade
de renda em crescimento. No último ano
a desigualdade de renda do trabalho alcançou o nível mais alto da década. Os
dados são da Fundação Getúlio Vargas.
O levantamento explora as flutuações trimestre a
trimestre dos mesmos indicadores. O Índice de Gini, indicador que mede a
desigualdade de renda em uma escala de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1 maior é
a concentração de renda), teve a sua 1ª queda no 4º trimestre de 2019;
interrompendo 18 trimestres consecutivos de aumento na desigualdade. O Gini
passou de 0,62832 no 4º trimestre de 2018 para 0,6276 no 4º trimestre deste
ano.
“Estamos no ápice da concentração pela Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Segundo a tendência dos últimos
trimestres do ano, parece que pode começar a descida cíclica” segundo Marcelo
Neri, diretor do FGV Social. (Jornal Monitor Mercantil, 17/02)
Saúde
perdeu R$ 20 bilhões com Teto dos Gastos. Em
2017, quando a Lei do Teto dos Gastos passou a vigorar, as despesas com os
serviços públicos de saúde representavam 15,77% da arrecadação da União; em
2019, os recursos destinados à área minguaram para 13,54%, menos do que o piso
de 15% fixado na Constituição.
A queda representa uma perda superior a R$ 20 bilhões
ao ano. Se em 2019, o governo tivesse aplicado o patamar mínimo da receita
corrente líquida, a Saúde teria um orçamento de cerca de R$ 142,8 bilhões em
2019 – e não R$ 122,6 bilhões aplicados.
O levantamento foi feito pelo pesquisador de economia
da saúde e consultor do Conselho Nacional de Saúde (CNS) Francisco Funcia, que
analisou dados do orçamento da União aos quais o CNS teve acesso. O economista
e vice-presidente da Associação Brasileira de Economia da Saúde (Abres), Carlos
Ocke, reforça a denúncia. O valor investido em saúde por pessoa, que chegou a
R$ 595 em 2014, passou a ser de R$ 555, em 2020.
A Emenda Constitucional (EC) 95, que resultou na Lei do
Teto dos Gastos, foi aprovada durante o governo de Michel Temer (MDB) e mantida
pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido). A receita da União cresceu 27%
desde que a EC 95 entrou em vigor, mas não houve aumento compatível no
orçamento da Saúde, que perdeu recursos. (Jornal Monitor Mercantil, 21/02)
Enquanto
a renda do trabalhador cai... A arrecadação
total das Receitas Federais atingiu, em janeiro deste ano, R$ 174,991 bilhões,
registrando acréscimo real (descontada a inflação) de 4,69% em relação ao mesmo
mês de 2019. Esse é o maior valor já arrecadado para o mês de janeiro.
As Receitas Administradas pela Receita Federal
(impostos e contribuições federais) chegaram a R$ 163,948 bilhões, no mês
passado, resultando em crescimento real de 4,69%. As receitas por outros órgãos
(principalmente royalties do petróleo) totalizaram R$ 11,043 bilhões, em janeiro,
com expansão de 4,65%.
Mais
imposto! Uma das promessas de campanha
do insano, a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda para 5 salários
mínimos não aconteceu por mais 1 ano. Desde 2015 não há atualização dos valores
da tabela. Segundo especialistas, essa falta de atualização tem levado o
brasileiro a pagar mais imposto a cada ano, principalmente os que possuem renda
menor. No portal InfoMoney
Na quarta-feira (19), a Receita Federal divulgou as
regras do IR de 2020 e confirmou que a faixa de isenção permanece até R$
1.903,98 por mês. Como explicou Daniel Zugman, professor de direito tributário
do Ibmec, ao não realizar uma correção pela inflação, o governo acaba por
realizar um aumento indireto da carga tributária.
Segundo estudo elaborado pelo Sindifisco Nacional
(Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) a
defasagem da tabela do Imposto de Renda atingiu 103,87% desde 1996, já
considerando a inflação de 4,31% em 2019.
Expectativa
para o crescimento cai. A economia
brasileira, ou pelo menos as previsões para seu desempenho, está vivendo um
novo déjà vu. Depois de frustrar as expectativas em 2017, 2018 e 2019, o crescimento
do PIB deste ano começa a ser revisto para baixo por causa de fatores externos
e também internos. (...) Para todos esses anos, de 2017 a 2020, houve momentos
em que as expectativas captadas pelo boletim Focus, do BC, apontavam para uma
expansão ou próxima ou pouco acima de 3%. Mas o PIB cresceu 1,3% em 2017 e em 2018.
O dado de 2019 será divulgado no início de março pelo IBGE, mas as previsões
estão em torno de 1%. Para 2020, as projeções estão mais para 2% do que 2,5%.
(Valor Econômico – 17/02)
Quanto
perdemos com a isenção fiscal dos agrotóxicos? Não bastasse o fato de a isenção de impostos para as
indústrias do setor de agrotóxicos contribui para envenenar mais ainda a
população brasileira, contaminar o meio ambiente e diminuir a arrecadação do
Estado, causa um imenso prejuízo à nação.
Entidades sindicais e partidos políticos de esquerda
estão participando ativamente da Campanha Permanente Contra o Agrotóxico e Pela
Vida e há uma ação no Superior Tribunal Federal (STF), para julgar a Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5553, que pede o fim da isenção fiscal para
agrotóxicos no Brasil.
A ADI, ajuizada pelo PSOL em 2016, que tem como relator
o ministro Edson Fachin, questiona cláusulas do Convênio nº 100/97, do Conselho
Nacional de Política Fazendária (Confaz), e o Decreto 7.660/2011, que garantem,
respectivamente, a redução de 60% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Prestação de Serviços (ICMS) e isentam o Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) para alguns tipos de agrotóxicos.
O fato concreto é que, só em 2018, as empresas de
agrotóxicos deixaram de contribuir um total de R$ 2,07 bilhões, segundo
estimativa com base em dados do Tribunal de Contas da União (TCU). Na área da
saúde, estudo publicado na revista Saúde Pública, de autoria de Wagner Soares e
Marcelo Firpo de Souza Porto, revela também que, para cada dólar gasto com a
compra de agrotóxicos, são gastos U$$ 1,28 no tratamento de intoxicações agudas
– aquelas que ocorrem imediatamente após a aplicação do veneno. Sem contar os
gastos com saúde pública em decorrência da exposição constante aos venenos
agrícolas, como com o tratamento do câncer.
Suspensa
temporariamente greve da Petrobrás.
Protagonistas de uma das mais importantes e simbólicas greves da história
recente do país, os petroleiros garantiram a suspensão das demissões na
Fafen-PR e conquistaram a abertura de um processo de negociação mediado pelo
Tribunal Superior do Trabalho (TST). Fatos que refletem a importância da maior
greve que a categoria já realizou desde maio de 1995.
Reunidas na quarta-feira (19), no Conselho Deliberativo
da FUP, as direções sindicais de todo o país avaliaram que o momento é de
acumular forças para buscar o atendimento da pauta de reivindicações que a gestão
da Petrobrás tem se recusado a negociar. O Conselho indicou a suspensão
provisória da greve para que a Comissão Permanente de Negociação da FUP pudesse
participar, na sexta-feira (21), da negociação no TST, junto com representantes
do Ministério Público do Trabalho. O
indicativo destaca ainda que a greve será retomada, caso não haja avanços na
mediação feita pelo Tribunal.
Uruguaios
comemoram o Carnaval criticando a direita da região. E a música de sucesso para a folia critica o insano
brasileiro e a golpista boliviana.
O grupo uruguaio La Gran Muñeca encerrou na última
segunda-feira (17) a primeira noite do Concurso Oficial do Carnaval do país com
uma música em que critica o avanço da direita na América Latina e pede a saída
do presidente brasileiro do cargo “com seu racismo que nos assusta”.
A letra também pede a defesa da América Latina frente
aos avanços da direita. “Povos originários que se juntaram para lutar, contra
os ditadores evangelistas de Donald Trump / Este é nosso lugar e temos que cuidá-lo,
ninguém poderá nos calar, toca forte nosso canto /Somos a pátria grande e agora
ninguém vai nos parar, entre todas e todos, o continente resistirá.” Ao final
da apresentação, o grupo agita bandeiras Whipala, que representa os povos
originários andinos.
Professores
colombianos fizeram greve de 48 horas. Nas
manifestações realizadas durante a paralisação, a Federação Nacional Colombiana
de Trabalhadores da Educação exigiu o fim dos assassinatos de líderes sociais.
Professores colombianos se mobilizaram desde
quinta-feira (20), em várias cidades do país, para cumprir a greve de 48 horas
convocada pela Federação Colombiana de Trabalhadores da Educação (Fecode)
Os professores colombianos protestam contra ameaças a
professores lançadas por grupos armados em várias cidades colombianas. No dia
20 de fevereiro, cerca de 280.000 pessoas foram às ruas, como confirma a Fecode.
E na sexta-feira a organização divulgou ações em Riohacha, Armênia, Amazonas,
Funza, entre outros locais. Em Bogotá, os professores também levantaram suas
vozes pelos direitos das mulheres, casos inaceitáveis de corrupção e morte
de líderes sociais. Esta última alegação também foi ouvida em outros locais.
Bolívia:
Luis Arce dispara nas pesquisas. Luis
Arce, candidato do Movimento ao Socialismo (MAS) à presidência da Bolívia,
aparece em primeiro lugar na primeira pesquisa eleitoral para o pleito de 3 de
maio, com uma diferença de 14,5 pontos em relação ao segundo colocado. O
levantamento foi divulgado na noite de domingo (16) pelo jornal El Deber e pelo
canal Unitel.
Arce, ministro da economia do governo de Evo Morales,
aparece com 31,6% das intenções de voto. Em segundo lugar, vem o ex-presidente
Carlos Mesa, que disputou as eleições de outubro de 2019 contra Morales, com
17,1%. A autoproclamada presidente Jeanine Áñez aparece em empate técnico com
Mesa, com 16,5%.
Com estes números, o candidato do MAS estaria a 2,4
pontos de uma vitória em primeiro turno, quando se projetam os eleitores
indecisos e se contam os votos válidos. Na Bolívia, para se vencer no primeiro
turno, basta obter ao menos 40% dos votos e ter uma diferença de 10 pontos
percentuais em relação ao segundo colocado.
No caso de realização de uma segunda volta, Arce
aparece tecnicamente empatado com Mesa (40,8% a 40,7%) e com Áñez (43,6% para a
presidente contra 42,3% do candidato do MAS).
Bolívia:
Washington não permite a candidatura de Evo. Manipulado pelos homens de Trump, TSE boliviano diz que ex-presidente,
Evo Morales, não cumpriu com “requisito de residência permanente” para invalidar
sua candidatura ao Senado.
Evo classificou, na quinta-feira (20) à noite, como um
“golpe contra a democracia” a decisão que o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) do
país tomou de rejeitar sua candidatura ao Senado para as eleições de maio.
“A decisão do TSE é um golpe contra a democracia. Os
membros do TSE sabem que cumpro todos os requisitos para ser candidato [a
senador por Cochabamba]. O objetivo final é a proscrição do MAS [Movimento ao
Socialismo, partido de Morales]”, afirmou, pelo Twitter.
Pelo mesmo motivo, a candidatura do ex-chanceler Diego
Pary como senador por Potosí também foi inabilitada. “O Tribunal Supremo
Eleitoral, ao inabilitar-me, assume uma decisão política, que se alheia das
leis, da Constituição boliviana e da jurisprudência internacional”, afirmou.
Pary disse que cumpriu “absolutamente com todos os requisitos, como estabelece
a regulamentação aprovada pelo mesmo TSE”.
Por sua vez, a postulação do ex-ministro da Economia
Luis Arce à presidência do país foi aceita. Para ele, a decisão que rejeitou as
candidaturas de Morales e Pary “evidencia que não há garantias para eleições
livres, democráticas e justas na Bolívia. Condenamos esta ação. Voltaremos”,
escreveu.
Guaidó:
a farsa caminha para o fim. Que a
farsa do fantoche criado pela CIA já mostrava sinais de esgotamento, todos
sabíamos. Primeiro foram as notícias sobre a vergonha passada no seu “giro
internacional” financiado pela Casa Branca. Guaidó não foi recebido por nenhum
grande líder mundial e nem ganhou expressão na imprensa internacional. Agora
temos outro sinal do esgotamento.
A Espanha foi o primeiro governo da Europa a reconhecer
o vice Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, depois que ele se
declarou o primeiro presidente em uma praça pública em Caracas. Um ano depois,
a posição da Espanha parece ter mudado, ou pelo menos não é mais tão clara
quanto a oposição venezuelana e espanhola gostaria.
Ele foi reconhecido como presidente encarregado, mas
quando pisou em solo espanhol em 25 de janeiro, foi recebido pela ministra das
Relações Exteriores, Arancha González Laya, e não pelo presidente Pedro Sánchez,
conforme exigido pelo Partido Popular e pela Vox. A partir desse momento,
fala-se do afastamento do governo espanhol em relação à Venezuela.
Outro sinal que chamou a atenção foi que o presidente
Pedro Sánchez parou de se referir a Guaidó como presidente encarregado e
começou a chamá-lo de “líder da oposição”. São os primeiros sinais do desgaste.
Preso
grupo de extrema direita na Alemanha.
A polícia alemã prendeu 12 suspeitos de integrar ou colaborar com uma célula
terrorista de extrema direita que estaria planejando atentados com objetivo de
“subverter a ordem política” no país.
Segundo informou um porta-voz do governo alemão, na
segunda-feira (17), as investigações indicaram que o grupo estava envolvido em
planos de ataques “chocantes” e de larga escala contra mesquitas na Alemanha.
“É chocante o que foi revelado aqui: que há células que
parecem ter se radicalizado em um espaço tão curto e tempo”, disse Björn
Grünewälder, porta-voz do Ministério do Interior alemão.
Relatos na imprensa alemã publicados neste domingo
afirmam que os 12 homens presos na última sexta-feira tinham ligação com a
célula chamada Der harte Kern (“O núcleo duro”), fundada em setembro do ano
passado. O Welt am Sonntag afirma que os homens entraram em contanto uns com os
outros através do aplicativo de mensagens Whatsapp, antes de se conhecerem
pessoalmente. O grupo foi colocado sob vigilância em meados de 2019.
Nas buscas, os policiais encontraram grande quantidade
de armamentos, além de materiais que poderiam ser usados na produção de bombas
caseiras.
Na
Grécia, greve de 24 horas contra reforma da previdência. Milhares de gregos foram às ruas da capital, Atenas,
na terça-feira (18), para uma greve de 24 horas contra a reforma previdenciária
do governo.
O protesto é contra um projeto de reforma do sistema de
pensões apresentado pelo governo conservador de Kyriakos Mitsotakis. O
sindicato dos funcionários públicos (ADEDY), o sindicato comunista (PAME), o
Centro dos Trabalhadores de Atenas (EKA) e Pireu, o sindicato dos marinheiros e
outras organizações sindicais paralisaram a cidade de Atenas para mostrar seu
desacordo com o projeto apresentado em o parlamento nesta segunda-feira, que
espera ser aprovado com o nome “Reforma de seguros e transformação digital da
Instituição Nacional de Nutrição”.
Os organizadores da marcha denunciam que, se for
aprovada, desfaria todas as conquistas dos sindicatos de trabalhadores para
garantir os direitos de seus membros.
O governo grego, através desta reforma, procura
aumentar a idade da aposentadoria para 70 anos. Além disso, trabalhadores e
freelancers devem contratar seguro de pensão individual, além do seguro
público, algo que os sindicatos descreveram como privatização da previdência
social.
Greve,
também, entre trabalhadores universitários britânicos. Insatisfação com pensões, salários e condições em que
funcionários de 74 universidades britânicas trabalham são as principais
motivações de uma greve de duas semanas que começou na quinta-feira (20) e
contou com a participação de cerca de 50.000 pessoas.
O Sindicato das Universidades e Faculdades (UCU) reúne
professores, técnicos e profissionais da informação, além de acadêmicos e
trabalhadores de apoio, que aderiram aos protestos que ocorrerão até 13 de março.
As pessoas alegam uma disparidade salarial de gênero de
cerca de 15%, acrescentando a precariedade das aposentadorias promovidas pelos
projetos de previdência privada. Essa greve culminará em uma greve de 9 a 13 de
março, disseram os trabalhadores.
A Associação de Empregadores de Universidades e
Faculdades manifestou a intenção de manter um diálogo com a UCU, com base nas
ações prejudiciais que causarão a greve. Um total de 1,2 milhão de estudantes
será afetado e alguns deles reivindicaram indenização, enquanto outros oferecem
seu apoio à greve.
Esta é a terceira greve no Reino Unido em relação a
questões de pensão no setor universitário desde 2018. Em novembro e dezembro de
2019, funcionários de 60 universidades britânicas protestaram por oito dias
pelas mesmas razões.
Pode
haver mudança nos EUA? Analistas do
mundo inteiro estão de olho nas eleições presidenciais de 03 de novembro
próximo, nos EUA. Enquanto Trump enfrenta problemas internos com o Parlamento,
mas prepara-se para buscar o segundo mandato, o partido democrata parece estar
muito dividido e todos estão de olho nas “primárias” que já começam a
acontecer. A disputa entre os dois principais candidatos democratas, Michael
Bloomberg e Bernie Sanders, é acirrada.
Os setores mais progressistas, no mundo, torcem para a
candidatura de Sanders vingar, porque seria uma esperança de terminar com a
sandice da Casa Branca e buscar um novo equilíbrio mundial. Mas a briga é muito
feia!
Após ter gastado mais de US$ 300 milhões em anúncios
para subir nas pesquisas, o pré-candidato Bloomberg, ex-prefeito de Nova York,
participou de seu primeiro debate na campanha para as eleições de 2020 e foi o
alvo preferido de praticamente todos os seus adversários dentro do partido.
Nada menos do que oito candidatos disputam a indicação pelo Partido Democrata!
E Bloomberg foi o alvo principal de seus “correligionários”
“Eu gostaria de falar sobre contra quem estamos
concorrendo: um bilionário que chama mulheres de 'gordas' e 'lésbicas com caras
de cavalo'. E, não, eu não estou falando de Donald Trump. Estou falando sobre o
prefeito Bloomberg”, disse a senadora Elizabeth Warren, que se mostrou incisiva
em um momento delicado para sua campanha.
“Os democratas não vão vencer se indicarem alguém com
histórico de esconder o imposto de renda, de assediar mulheres, nem se apoiarem
políticas racistas como o 'stop and frisk'. Vejam, eu vou apoiar quem quer que
os democratas indiquem, mas entendam isso: os democratas vão assumir um grande
risco se apenas substituírem um bilionário arrogante por outro”, acrescentou a
senadora.
Para o sociólogo contemporâneo Slavoj Zizek, “a
emergência de um forte candidato anticapitalista redefine o velho
bipartidarismo. Agora, há quatro posições nítidas. E, alarmados, democratas do
establishment parecem preferir Trump ao candidato que ameaça o poder do 0,1%”.
EIS A LETRA DO CARNAVAL URUGUAIO:
Chegamos
ao Carnaval para defender a terra,
chegamos
ao Carnaval, hoje a América desperta.
Povos
originários que se juntaram para lutar,
contra
os ditadores evangelistas de Donald Trump.
Este é
nosso lugar e temos que cuidá-lo
ninguém
poderá nos calar, toca forte nosso canto.
Somos
a pátria grande e agora ninguém vai nos parar,
entre
todas e todos, o continente resistirá.
Macri
já não está lá, que não se esqueça
que
ele gosta de reprimir, igual ao Piñera no Chile.
Fora
Bolsonaro com seu racismo que nos assusta,
fora a
perua que está na Bolívia e acha que é loira.
Equador
está muito mal, paga o pobre e ganha o rico
Colômbia
acordou, no Peru mandam os milicos.
Vemos
que a direita veio com tudo uma vez mais,
e até
conseguir o que quer está claro que não vai parar.
Algo
que não entendemos aconteceu no Uruguai
porque
se esqueceram das misérias
e hoje
são governo uma vez mais.
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