quarta-feira, 25 de março de 2020

Coronavírus: "Cada família que cuide de seu idoso", diz Bolsonaro


Coronavírus: "Cada família que cuide de seu idoso", diz Bolsonaro







Brazil's President Jair Bolsonaro leaves Alvorada Palace in Brasilia, Brazil March 16, 2020. REUTERS/Adriano Machado
Em discurso do lado de fora do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro voltou a subir o tom na questão do combate do novo coronavírus.
Para Bolsonaro, se todas as pessoas ficarem em casa, “será o caos”. “Já temos alguns casos de desabastecimento”, completou citando alguns relatos de caminhoneiros. “Teremos um desemprego em massa, o caos está vindo aí”, disse.
"O que é que preciso ser feito? Botar este povo para trabalhar, preservar os idosos, preservar aqueles que têm problemas de saúde, mais nada além disso. Caso contrário, o que aconteceu no Chile vai ser fichinha perto do que pode acontecer no Brasil", disse.
"Todos nós pagaremos um preço que levará anos para ser pago, se é que o Brasil não possa ainda sair da normalidade democrática que vocês tanto defendem. Ninguém sabe o que pode acontecer no Brasil", disse o presidente, citando a possibilidade de saques a supermercados.

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"Outros vírus matam muito mais do que esse e não teve essa comoção toda", afirmou Bolsonaro.
O presidente também falou que irá recomendar ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que adote o o isolamento vertical, que atingiria só o grupo de risco - pessoas com baixa imunidade e maiores de 60 anos. “Cada filho que cuide de seu pai e seu avô, poxa. Isso não é obrigação do poder público”, falou Bolsonaro. "O povo tem que parar de deixar as coisas em cima do poder público", afirmou.
“Espero que o país volte à normalidade, mas que encare o vírus como uma guerra”, disparou.
Ele disse que os prefeitos e governadores que estão "arrebentando com o país e acabando com os empregos" ao tomar medidas de isolamento para tentar frear o novo coronavírus.
“Governadores do Rio e de São Paulo estão fazendo demagogia”, criticou o presidente as ações de confinamento de João Doria e Wilson Witzel.
Questionado sobre a queda na avaliação de seu governo, Bolsonaro falou que “não está preocupado com sua popularidade”. “Só vou pensar em eleição em 2022”, falou.
O presidente brasileiro também falou que a mudança em sua linha de ação vai de encontro com a do presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou que pretende encerrar a quarentena até a Páscoa.
Sobre o polêmico discurso da terça, ele negou que exista um “gabinete do ódio” e que foi ele mesmo quem produziu a fala.

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