quarta-feira, 25 de março de 2020

Veja as recomendações de especialistas que Bolsonaro contrariou em pronunciamento O ANENCÉFALO


Veja as recomendações de especialistas que Bolsonaro contrariou em pronunciamento







Foto: Andressa Anholete/Getty Images
Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro pediu a reabertura do comércio e das escolas e o fim do "confinamento em massa", o que contraria todas as orientações de especialistas e as medidas adotadas no combate ao novo coronavírus, que já deixou 47 mortos no país. Durante o pronunciamento, houve panelaço em todas as regiões do país. E logo em seguida, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, rebateu Bolsonaro: 'Brasil precisa de liderança séria, responsável e comprometida com vida e saúde da população'.
Veja aqui as recomendações que o presidente contrariou durante o pronunciamento.
“Brevemente Passará”
“O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar”, disse o presidente. Seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já afirmou repetidas vezes que o número de casos subirá aceleradamente em abril e maio e só deve começar a cair em agosto. A cidade chinesa de Wuhan, onde a epidemia se iniciou, começou a tentar retomar sua rotina apenas hoje, após quase três meses de um bloqueio total. Não há como prever com exatidão por quanto tempo o Brasil e o mundo enfrentarão a Covid-19.

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“Por que fechar escolas?”
“O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Então, porque fechar escolas?” Em sua maioria, as crianças têm desenvolvido uma forma leve ou assintomática da doença, o que dificulta rastreá-la neste público. Sem saber que carregam o vírus, elas passam a por em risco os mais velhos. Mais de 1,3 bilhão de estudantes estão sem aula em 138 países, segundo a Unesco. A medida é adotada também para evitar aglomerações e diminuir a velocidade do contágio.
“Raros são os casos”
Bolsonaro enfatizou em outro momento a questão etária: “Raros são os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos de idade”. Minimizar o impacto do vírus nos mais jovens, mesmo entre os que não apresentam comorbidades, é um equívoco já denunciado pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na última sexta-feira: “Tenho uma mensagem para os jovens: vocês não são invencíveis. Esse vírus pode levá-los ao hospital por semanas, e até matá-los”. Na Itália, 1.800 pessoas na faixa de 30 anos estão com pneumonia por conta do novo coronavírus.
“Meu histórico de atleta”
“No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar.” Aos 64 anos, Bolsonaro faz parte do grupo etário de maior risco. E a lista de atletas profissionais jovens contaminados inclui o ala da NBA Kevin Durant e outros 11 jogadores da liga de basquete.

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