O
momento é muito grave!
(Ernesto Germano)
É visível para qualquer um, até mesmo para os que dizem
“não gostar de política”, que o insano tem um projeto de golpe e já colocou em
andamento! É claro que os seus eleitores, em particular aquela parcela da
direita e da classe média que acha que vai ser rica, não querem perceber isso.
É claro que preferem o discurso de que “os comunistas querem tomar o país e o
ex-capitão é o único que pode impedir”.
Mas não se pode tapar o sol! Aqui no Informativo já
mostramos como o demente cercou-se de um grupo de militares truculentos e
conhecidos pela defesa da ditadura militar. Também já comentamos a maneira como
ele vai transformando a milícia em sua “guarda pessoal” que pode agir
impunemente. O “judiciário” está amedrontado e andando na linha porque é
vigiado atentamente pelos militares. Ah! E o Congresso, depois do grito do
general Heleno dizendo “que se fodam”, parece que também recolheu-se à sua
insignificância quando se trata de um regime antidemocrático.
Enquanto isso, o ex-militar reformado por insanidade
vai publicando em seus grupos de WhatsApp chamadas para protestar contra o
Congresso. Seus queridos filhos defendem abertamente a parte significativa da
polícia militar dos estados brasileiros que se diz “autônoma” e deixa os
governadores e a população refém de uma força armada que começa a aterrorizar
as favelas usando a estrutura do Estado.
Cremos que ninguém mais duvida que essas polícias
militares não respondem aos governos estaduais ou obedecem à Constituição. Tudo
indica que eles olham para o demente não só como um “messias”, mas como seu
único líder. Os generais são a vitrine iluminada pelos holofotes, a polícia
militar é a força popular que, ao mesmo tempo, apoia a Maçonaria e é uma parte
essencial dela. Para as fileiras baixas do Exército e da sede da Polícia
Militar, Bolsonaro é o chefe.
Não há nada comparável à situação no Brasil hoje. Mas
essa situação só é possível porque, desde o início, foi tolerada a participação
de uma parte da polícia militar em esquadrões da morte, na ditadura e além.
Desde a redemocratização do país na segunda metade da década de 1980, nenhum
governo enfrentou diretamente a parte podre das forças de segurança.
Uma parte da polícia militar tornou-se milícia. Nos
últimos anos, as milícias deixaram de ser um Estado paralelo a ser confundido
com o próprio Estado. Desde os protestos em massa de 2013, os governadores de
diferentes estados acharam conveniente que a polícia militar espancasse os
manifestantes. E como isso os atinge. É totalmente inconstitucional, mas em
todas as esferas, poucos se preocuparam com esse comportamento: uma força
pública que age contra o cidadão. (Usamos algumas notas de Eliane Brum,
jornalista e escritora brasileira, em artigo publicado em El Pais).
“Seu”
Trump mandou. O desgoverno brasileiro
determinou a saída de todos os seus diplomatas e funcionários do serviço
exterior na Venezuela, ao mesmo tempo em que notificou o governo de Nicolás
Maduro a retirar todos os seus representantes em território brasileiro, informaram
na quinta-feira (05) fontes oficiais.
O Brasil integra o grupo de cerca de 50 países que
consideram ilegítimo o governo de Maduro e reconhecem o líder opositor Juan
Guaidó como presidente interino. E o demente também reconhece a embaixadora
designada por Guidó no Brasil, María Teresa Belandria.
Entre os diplomatas envolvidos estão o chefe da
embaixada em Caracas, Rodolfo Braga, e a cônsul-geral na capital venezuelana,
Elza Moreira Marcelino de Castro.
A data da saída do pessoal não foi revelada, mas
segundo a imprensa brasileira, o processo de saída deve durar dois meses.
Ao menos 10 mil brasileiros vivem no território
venezuelano, onde dependem do serviço consular brasileiro para a emissão de
documentos.
Não
é para rir! A primeira reação de todos
foi fazer piadas e rir da situação inusitada: “O ex-jogador brasileiro
Ronaldinho Gaúcho está detido, desde a noite de quarta-feira ()4), na suíte
onde se hospeda no Paraguai, por acusação de falsificação de passaporte e
deverá apresentar nesta quinta-feira na promotoria”, confirmou o ministro do
Interior do Paraguai, Euclides Acevedo.
O fato de um brasileiro ser preso no Paraguai por
“falsificação” só poderia mesmo virar piada. Mas há alguma coisa escondida
nisso e precisamos acompanhar: Ronaldinho é “embaixador brasileiro para o
turismo” nomeado pelo demente; como “embaixador” deveria dispensar o passaporte
e; para um brasileiro entrar no Paraguai basta apresentar a carteira de
identidade! Então deve haver algo escondido nessa maracutaia toda e nós não estamos
vendo direito.
Acontece que o jogador não estava sozinho. Estava com
seu irmão, Roberto, e ambos com passaporte falso. Ambos passaram a noite sob
vigília da Polícia dentro do hotel. Às 8 da manhã de quinta-feira, eles compareceram
perante o Ministério Público para declarar aos promotores responsáveis pelo
caso. Será quando a sua situação jurídica ficará definida.
Oficialmente, Ronaldinho, chegou na manhã de
quarta-feira ao Paraguai para participar de eventos do lançamento de um
programa social para crianças, organizado pela Fundação Fraternidade Angelical.
Também viajou para lançar no mercado paraguaio o seu livro “Gênio na vida” que
conta a sua história. Seria ainda entrevistado por um programa de TV.
Em janeiro de 2019, Ronaldinho e seu irmão Roberto
tiveram os seus passaportes apreendidos após decisão do Tribunal de Justiça do
Rio Grande do Sul que condenou, em fevereiro de 2015, os irmãos a pagarem uma
indenização por causarem danos numa área de preservação ambiental na orla do
rio Guaíba, em Porto Alegre. Em outubro de 2019, a multa de 8,5 milhões de
reais foi renegociada a 6 milhões e Ronaldinho pôde recuperar o seu passaporte.
E então? Qual o mistério? Poucos sabem, mas se ter um
passaporte para entrar no Paraguai é desnecessário, a verdade é que ter um
passaporte paraguaio é o melhor caminho para fazer negócios e investir nos EUA!
Entenderam?
E o
“pibinho”, ó! O Produto Interno Bruto
fechou o ano passado com crescimento de 1,1% frente a 2018. O resultado foi
alcançado após a variação do quarto trimestre de 2019, que teve alta de 0,5% na
comparação com o período anterior. Os números foram divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A onda de cortes nas projeções de crescimento para o
PIB brasileiro em 2020 continua e alguns economistas nem sequer esperaram os
resultados das Contas Nacionais de 2019. A revista Capital Economics reduziu
sua previsão para o PIB neste ano de 1,5% para 1,3%. O Goldman Sachs revisou
sua projeção de 2,2% para 1,5%, e o JPMorgan, de 1,8% para 1,6%.
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida,
afirmou ontem que “não é normal” um país em desenvolvimento com o Brasil
crescer 1% ao ano. “Estamos num país que ainda está passando por enormes
dificuldades. Eu estou muito preocupado”, contou em eventos com secretários
estaduais. No ano passado, o Brasil registrou um crescimento econômico de 1,1%
ante 2018. As declarações do secretário foram feitas em um momento que o insano
presidente estaria cobrando crescimento maior da atividade ao ministro Paulo
Guedes (Economia).
Vingança
ou maldade pura? Um pouco de cada uma.
Apesar de ser a região que concentra 36,8% das famílias em situação de pobreza
ou extrema pobreza na fila de espera do Bolsa Família, o Nordeste, que rejeitou
o demente nas eleições de 2018, recebeu menos novos benefícios do programa do
que as regiões que deram mais votos para elegê-lo.
Em janeiro deste ano, a Região Nordeste recebeu apenas
3% dos novos benefícios do programa, contra 75% das novas concessões liberadas
pelo governo para as Regiões Sul e Sudeste, de acordo com dados conseguidos
pelo Estadão/Broadcast.
Para Santa Catarina, o governo federal repassou o dobro
de benefícios liberados para a o Nordeste. O estado do Sul, governado por
Carlos Moisés (PSL), tem 6,727 milhões de habitantes, oito vezes menos do que o
Nordeste, que tem mais de 53 milhões e onde os governadores formaram uma frente
de esquerda contra a política neoliberal de Bolsonaro e a pauta dos costumes.
A população da Região Nordeste foi a única do país que
votou majoritariamente no candidato do PT, Fernando Haddad, nas eleições de
2018. Haddad teve 69,7% dos votos válidos no segundo turno contra 30,3% do
ex-militar. No Sul, que está sendo privilegiado, Bolsonaro conseguiu 68,3% dos
votos contra 31,7% de Haddad.
Custo da cesta básica aumenta. O custo
do conjunto de alimentos essenciais subiu em 10 capitais, em fevereiro de 2020,
de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada
mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) em 17 cidades.
As altas
mais expressivas ocorreram nas cidades do Nordeste e do Norte: Fortaleza
(6,83%), Recife (6,15%), Salvador (5,05%), Natal (4,27%) e Belém (4,18%),
enquanto as principais quedas foram observadas no Centro-Sul: Campo Grande
(-2,75%), Vitória (-2,47%), Porto Alegre (-2,02%) e Goiânia (-1,42%).
A capital
com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 519,76), seguida pelo Rio de Janeiro
(R$ 505,55) e por Florianópolis (R$ 493,15). Os menores valores médios foram
observados em Aracaju (R$ 371,22) e Salvador (R$ 395,49).
Com base
na cesta mais cara, que, em fevereiro, foi a de São Paulo, e levando em
consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo
deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele
com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte,
lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo
necessário. Em fevereiro de 2020, o salário mínimo necessário para a manutenção
de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.366,51, ou 4,18 vezes
o mínimo de R$ 1.045.
Quem
se importa? A “justissinha” que temos?
Os poderes constituídos? É claro que não! Afinal, era esse o objetivo, não era?
Centenas de garimpeiros estão atuando ilegalmente na
Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, desde dezembro do ano passado.
A invasão ocorre na área que fica no município de Normandia, na fronteira com a
Guiana. Os invasores utilizam grande estrutura de maquinaria, com escavadeiras
e moinhos trituradores. Segundo as lideranças indígenas do Conselho Indígena de
Roraima (CIR) avaliam que a ação está ligada a promessa do presidente demente
de liberar o garimpo nas terras dos povos originários. As informações são do
jornal Folha de S. Paulo.
Segundo as lideranças, o garimpo ilegal está provocando
estragos ambientais, com a poluição de lagos e igarapés para lavagem de pedras,
além de divisões internas, com o aliciamento e exploração de indígenas. O CIR
afirma que os donos das máquinas são não indígenas e que o local já é cenário
de prostituição, uso de bebidas alcoólicas e outras drogas. As lideranças
também acusam que houve roubo de gado. A vegetação da Terra Indígena Raposa
Serra do Sol não é formada por florestas, permitindo a pecuária sem
desmatamento.
“Y
love you, Trump!” "Erramos, mas
não precisa tratar a gente deste jeito. Nunca mais volto pra lá", disse o
taxista Moacir Miguel, um dos mais de cem brasileiros deportados dos EUA que
chegaram no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na região
metropolitana, na segunda-feira (02).
Moacir viajou com a mulher e o filho em busca de uma
vida mulher. Os três ficaram presos por 12 dias e voltaram apenas com a roupa
do corpo.
Um outro passageiro que desembarcou nesta
segunda-feira, mas não quis se identificar, disse que muitos brasileiros passaram
fome nos Estados Unidos.
"Tem muitos brasileiros sofrendo lá, passando
fome, humilhação. Toda hora um desmaia no chão lá com fome. A comida lá é um
burrito. A comida do brasileiro lá é isso daqui, ó (mostrando o burrito que
conseguiu trazer). É de manhã e na hora do almoço. E, à tarde, é um
lanche", contou ele.
A Polícia Federal afirmou que a estimativa é que cerca
de 120 deportados estavam no avião. Muitos têm os celulares apreendidos quando
são detidos pela imigração americana e, por isso, não conseguem avisar os
parentes da chegada. (Matéria em O Globo)
Chile
continua em luta! Um fotógrafo da
agência Getty Image e da agência France Press foi ferido por uma bomba de gás
lacrimogênio jogada contra o seu rosto.
Um novo dia de manifestações e incidentes violentos
aconteceu na sexta-feira (06) em torno da Plaza Italia, onde houve vários
confrontos com policiais. A conhecida “Praça da dignidade” foi novamente palco
de protestos sociais como os ocorridos no final do ano passado, com uma
concentração que reuniu milhares de pessoas no centro de Santiago para
protestar contra o governo de Sebastián Piñera.
Os manifestantes tomaram a Alameda e as ruas em torno
com slogans diferentes em favor de uma nova Constituição e dos diferentes
pedidos que foram feitos durante os mais de quatro meses de protestos.
Durante o dia, houve cerca de 40 fechamentos
temporários em pelo menos 30 estações de metrô, com tentativas maciças de
entrar sem pagar e sem perturbações.
O Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI)
constatou que três jovens sofreram ferimentos nos olhos esta tarde no setor
Plaza Italia e foram atendidos nos centros de atendimento de urgência
localizados no centro GAM.
Diretor
da PDVSA é preso. O presidente
da subsidiária marítima da Petróleos da Venezuela, PDV Marina, Oswaldo Vargas,
foi preso junto com tripulantes do navio Black Hipólita por suposto contrabando
de combustível, informaram as autoridades responsáveis pelo caso no sábado.
Em comunicado, a Comissão Presidencial “Alí Rodríguez
Araque” explicou que os detentos terão “o fator agravante de terem usado nossos
barcos para esses fins criminais”.
A Comissão tem a missão de garantir a defesa e
salvaguarda dos interesses da empresa Petróleos da Venezuela Sociedade Anônima
(PDVSA). A entidade busca avançar na reestruturação e transformação revolucionária
da indústria nacional de petróleo e reverter os fatores nocivos, incluindo
infiltração, burocracia e corrupção, e que impediram o progresso dos processos
produtivos da Companhia estatal de petróleo.
Segunda
pesquisa confirma a vantagem do candidato do MAS. O candidato presidencial do MAS, na Bolívia, Luis Arce,
é o favorito para vencer as eleições de 3 de maio, de acordo com a pesquisa
mais recente, deixando aos partidos conservadores a única opção de formar uma
aliança capaz de competir, diz o cientista político e especialista em
estatística Gonzalo Balcázar. “A nova pesquisa reafirma a projeção de que para
os partidos conservadores a maior, se não a única, opção de vitória nas
eleições presidenciais será uma aliança em um segundo turno”, disse ele.
Na nova pesquisa de intenção de voto elaborada de
acordo com a rede de televisão ATB pela empresa Misk'y Utaha'a e publicada em 3
de março pelo jornal La Razón, Arce obteve apoio de 29,2% dos votos, seguido
pelo ex-presidente Carlos Mesa (15,3%), a presidente de transição Jeanine Áñez
(13,7%) e Luis Camacho (11,1%).
Segundo Balcázar, professor da universidade pública
local, esses números mostram que o MAS do ex-presidente exilado Evo Morales
“parece imóvel” em primeiro lugar, o que garantiria “no pior dos casos” ter uma
presença muito forte e eventualmente até maioria no futuro parlamento.
A
pior doença é a pobreza! Excelente a
matéria da jornalista Carolina Vásquez Araya, em Rebelión e outras páginas
internacionais. Ela faz um alerta muito importante para um problema que a
grande maioria a imprensa e dos povos do mundo está desprezando: a pior das
pandemias é a miséria do povo!
Estamos tão preocupados com a ameaça sanitária do
coronavírus, que esquecemos a verdadeira ameaça do meio ambiente: maior
pobreza, menos acesso a serviços básicos, aumento da violência em todas as suas
formas e o mais cruel deles no aumento sustentado de desnutrição crônica na
infância. Esse é o verdadeiro problema nas nações pobres, nações caracterizadas
por governos corruptos e pelo superpoder de seus grupos econômicos cujas elites
têm decisões políticas subordinadas a seus interesses particulares, apreendendo
recursos e distorcendo leis.
Segundo relatos oficiais de organizações
internacionais, o vírus que tanto nos assusta chegará mais cedo ou mais tarde.
No entanto, o verdadeiro cenário de horror não reside tanto na potencial
pandemia, como na realidade apocalíptica da fome, da falta e dos sistemas de
saúde ineficientes, sem recursos, manipulados por criminosos tão poderosos
quanto as multinacionais do setor farmacêutico, que trafegam sem o mínimo de
reparação com suas influências, com o único objetivo de aproveitar ao máximo as
necessidades do povo. Nessa tendência, eles pressionam os governos por meio de
pactos comerciais interessados, apoiados como sempre pelas instituições
financeiras internacionais e pelos países mais poderosos.
O
petróleo está despencando? Há uma nova
“grande preocupação” para a economia mundial. O setor de petróleo está passando
por tempos complicados devido ao surto de coronavírus. No final da reunião dos
países membros da OPEP e seus aliados, e dado o desacordo da Rússia em reduzir
as exportações de petróleo além dos cortes atuais, os preços do ouro preto
despencaram.
O preço do petróleo caiu mais de 8% em 6 de março, após
a reunião do mesmo dia em Viena entre os 14 países da OPEP e seus aliados
terminaram sem acordo.
Diante da ameaça do coronavírus, o cartel apresentou
seus planos para promover seus cortes na produção de petróleo, removendo
especificamente 1,5 milhão de barris por dia ao longo de 2020, com o objetivo
de evitar novas quedas no preço da matéria-prima. A Rússia, que não faz parte
da organização, recusou-se a apoiar qualquer redução adicional na produção.
Segundo uma fonte russa de alto nível em conversa com a
Reuters, o país acredita que é cedo para prever os efeitos que o coronavírus
terá no preço do petróleo. Isso, juntamente com os resultados positivos de uma
reunião entre outros países exportadores de petróleo não vinculados à OPEP,
descartou ainda mais o acordo.
Assim, os preços do petróleo caíram 8,8%, para US $
41,77 por barril no caso do West Texas Intermediate, que serve como referência
para o setor de petróleo estadunidense, principalmente. Algo semelhante aconteceu
com o Brent, uma referência na Europa, Mediterrâneo e outras regiões, cujo
valor caiu US $ 4,29 (8,5%), colocando o preço do barril em US $ 45,70.
Eleições
nos EUA (01). No próximo dia 03 de
novembro veremos as eleições presidenciais nos EUA quando será eleito o 59º
presidente da “grande nação”! E dizemos que “veremos” porque sempre é, a cada
três anos, o fato mais badalado e comentado na imprensa amestrada internacional
para “provar” que eles podem impor a democracia no planeta. Mas, será mesmo
democrático o processo eleitoral nos EUA?
Para início de conversa, lá, como cá, existe uma
chamada “eleição direta” do presidente. Ou seja, no dia marcado, os cidadãos
vão às urnas para votar no candidato de sua escolha. Mas, qual o valor desse
voto? Serve para alguma coisa?
O problema já começa quando sabemos que o voto não é
obrigatório e que o cidadão pode escolher “ir para a praia” e não comparecer às
urnas. O outro problema é quando percebemos que, por mais que a imprensa tente
mostrar como democrática e direta, isso não é verdade. Ao contrário do Brasil -
onde os cidadãos votam e esse somatório indica o vencedor – nas terras do Tio
Sam o voto do eleitor não é creditado diretamente ao seu candidato. Esses votos
servem apenas para eleger delegados no Colégio Eleitoral, e são eles que
representarão os eleitores de sua unidade federativa na escolha final do futuro
presidente.
Você acha que acabou a farsa? Não, ainda tem mais. Cada
estado tem uma quantidade própria de representantes determinada
proporcionalmente pelo tamanho de sua população. Isso significa que, no final
das eleições, o candidato “fulano” tenha mais votos totais que “ciclano” e,
mesmo assim, acabe derrotado no Colégio Eleitoral por ter perdido a disputa nos
estados mais populosos.
Eleições
nos EUA (02). A mais recente pesquisa
realizada nos EUA mostra que a maioria dos estadunidenses tem opiniões
negativas sobre o governo do presidente Donald Trump nos problemas que o país
enfrenta.
“O público estadunidense há muito expressa opiniões
negativas sobre alguns dos traços e comportamentos pessoais de Trump, incluindo
seu caráter e tweets”, de acordo com o Pew Research Center, que realizou a
pesquisa sobre o nível de aprovação de Trump.
De acordo com o estudo publicado na quinta-feira,
apenas 15 % dos americanos gostam da maneira como ele se comporta como
presidente. 53% dos entrevistados não aprovam as características do inquilino republicano
da Casa Branca, enquanto outros 30% dizem ter sentimentos conflitantes sobre
isso.
Eleições
nos EUA (03). Para complicar ainda
mais o entendimento do processo eleitoral nos EUA, lá a indicação do candidato
à presidência não é feita pelos delegados do partido, reunidos em uma plenária
nacional, como aqui. Lá os candidatos devem disputar as “primárias” dentro dos
seus partidos e, nesse momento, vão obtendo os números de delegados na
Convenção final.
No Partido Republicano não há disputa e Trump já é
candidato à reeleição. No Partido Democrata estão acontecendo as “primárias” e,
por enquanto, a disputa entre Bernie Sanders e Joe Biden é acirrada.
O ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden venceu em pelo
menos oito dos Estados em disputa na Superterça, disputada, como o nome indica,
na terça-feira (05). Apesar disso, o senador Bernie Sanders mostrou força nos
dois locais com o maior número de delegados em disputa (Califórnia e Texas),
além de sair vitorioso em Colorado, Vermont e Utah.
Com o resultado, a disputa no partido se afunila entre
os dois, já que Mike Bloomberg venceu somente na Samoa Americana e a Elizabeth
Warren perdeu Massachusetts, estado pelo qual é senadora. Ambos já anunciaram a
desistência e retiraram as candidaturas. Também retiraram suas candidaturas
Pete Buttigieg e Amy Klobuchar, ambos representantes da ala “centrista” do
partido.
Bloomberg, Buttigieg e Klobuchar já anunciaram apoio a
Biden, mas Warren está calada, por enquanto.
Eleições
nos EUA (04). A questão que nos
interessa, no momento, é: o Partido Democrata aceitará uma vitória de Sanders,
caso ele consiga vencer nas primárias?
Pelo que sabemos, a “fama” e o discurso socialista de
Bernie Sanders preocupa o seu próprio partido! Biden foi vice-presidente do
governo Obama, enquanto Sanders, senador do estado de Vermont, sempre criticou
o partido por sua omissão em relação a políticas públicas, como a saúde e
educação superior gratuita e universal, duas propostas que são marcos de sua
candidatura e popularidade.
Sanders é o candidato mais popular entre eleitores negros,
segundo pesquisa mais recente realizada pela Reuters/Ipsos. Os latinos, uma
parcela da população fortemente atacada por Trump, também estão majoritariamente
ao lado do senador.
E aqui surge a grande questão a ser, desde já,
levantada por nós. O povo estadunidense sofre de uma síndrome contrária ao
socialismo. Mesmo que de forma camuflada, escondida, abafada pela imprensa, o
medo do comunismo ainda é o terror naquele país. Não vamos esquecer: o
“macarthismo” ainda existe por lá, é muito arraigado. Aliás, nós brasileiros
estamos conhecendo muito bem essa praga depois da eleição do insano, por sinal,
“apaixonado” por Trump.
Nenhum comentário:
Postar um comentário