Bolsonaro nega ser ditatorial e diz que não aceitará “provocações baixas por parte da imprensa”
Depois de discursar em um ato pró-intervenção militar e com faixas de apoio ao AI-5 em Brasília, no último domingo, 19, o presidente Jair Bolsonaro negou ser ditatorial. Ele falou com apoiadores e com a imprensa em frente ao Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira.
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Um apoiador pediu para que o presidente fechasse o Supremo Tribunal Federal e Bolsonaro disse que não o faria, que queria um Supremo Tribunal Federal e um Congresso Federal fortes e transparentes. “Aqui é democracia, aqui é respeito a Constituição Brasileira”, disse.
Ao ser questionado por jornalistas, Bolsonaro perguntou qual veículo o profissional representava. Ao ouvir que o repórter era do Grupo Globo, disse que não responderia e que “a Globo nem deveria estar aqui”. Ainda sobre os jornalistas, o presidente disse que "não vamos aceitar provocações baixas por parte da imprensa".
Bolsonaro ainda reclamou das manchetes de jornais, que apontavam partes do discurso de ontem. “O que eu atentei contra a imprensa? Contra a liberdade de imprensa? Eu inclusive sou contra as prisões que estão acontecendo pelo Brasil, prendendo mulher de biquíni no Recreio, uma senhora sozinha em uma praça em Araraquara (...), eu sou realmente a constituição”, disse.
Enquanto falava, Bolsonaro foi aplaudido por um pequeno grupo de apoiadores que estava em frente ao Palácio da Alvorada.
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Sobre a quarentena, o presidente afirmou que espera que essa seja a última semana de quarentena da forma como tem sido. “A massa não tem como ficar em casa, porque a geladeira está vazia”, argumentou. O presidente ainda disse que 70% da população deverá ser contaminada pelo coronavírus, “ou vocês querem que eu minta?”