A
“insanosfera” despreza a democracia.
O governo do ex-capitão reformado por doença mental
salta de um escândalo para outro com uma rapidez impressionante. E ainda
repercute muito na mídia eletrônica a tal reunião de ministros, no dia 22 de
abril, onde o insano anunciou a troca da direção da Polícia Federal para
defender seus filhos que estão sendo investigados por falcatruas e ligações com
a milícia.
Segundo o vídeo que vazou, em parte, em certa parte da
reunião ele anuncia que pretendia “proteger” sua família ao dizer: “Querem
foder a minha família”! Logo adiante ele teria dito que não iria permitir que
“fodam a minha família”.
Parte do vídeo vazou e sua primeira reação foi negar a
existência do vídeo. Mas a mentira durou muito pouco porque várias fotografias
da mesma reunião mostravam uma filmadora ligada no local.
Teve início, já em maio, uma onda de declarações de
várias lideranças exigindo que o vídeo fosse divulgado para a população
brasileira tomar conhecimento da verdade. E foi o suficiente para o “show de
horrores” iniciar.
No início da semana, o procurador-geral da República,
Augusto Aras, defendeu junto ao STF que apenas a divulgação das falas do
presidente referentes à questão da Polícia Federal. No entendimento de Aras,
somente as falas do demente que tratem do objeto da investigação devem ser
divulgadas. “O procurador-geral da República entende que a nota de sigilo há de
ser levantada tão somente em relação aos registros audiovisuais da reunião que
tratem do objeto deste inquérito. Ou seja, tudo que não diz respeito aos fatos
ora investigados há de ser mantido sob sigilo”, afirmou.
Mas agora sabemos, por declaração do próprio
ex-militar, que há na gravação agressões e xingamentos a outras instituições da
República. E ele ainda disse que, “há palavrões, sim, mas isso se deve à minha
formação pessoal e eu sou assim”.
Mas a comédia (ou tragédia) tem outro ato. O ministro
do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, aquele
que gritou que “O Congresso que de foda”, protestou contra a divulgação do
vídeo com o registro da reunião interministerial citada nas acusações do
ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Em sua rede social, Heleno acusou o pedido de
divulgação de falta de patriotismo. A defesa de Moro reivindica que a gravação seja
levada a público.
Os
ratos estão pulando do navio? Está
certo. Não vamos ficar enaltecendo quem não merece e nem vamos fazer de conta
que era “bonzinho”. Desde o início nosso Informativo denunciou que o novo
ministro da Saúde não era uma pessoa gabaritada para o cargo e sua experiência
era como administrador de hospitais e planos de saúde, não como médico. Mas não
podemos deixar de registrar que tomou uma decisão realmente surpreendente e que
merece nossa atenção para os desdobramentos.
Com menos de um mês à frente da Saúde, o ministro
Nelson Teich pediu demissão na sexta-feira (15). Teich assumiu o cargo há um
mês, após a saída de Mandetta, em 16 de abril.
Mandetta e o demente divergiam sobre os caminhos para o
combate à pandemia do novo coronavírus no país, como as medidas de isolamento
social e o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes.
O pedido de demissão do ministro da Saúde, Nelson
Teich, ganhou destaque na imprensa internacional, que recordou ser a segunda
renúncia no ministério em meio à pandemia do novo coronavírus.
A emissora Al Jazeera disse que a demissão de Teich
como ministro da Saúde “aumenta a turbulência” do governo no combate à
covid-19, afirmando que a saída acontece quando o Brasil “se torna um ponto de
acesso” mundial do novo coronavírus. “O Brasil ultrapassou a Alemanha e a
França no número de casos de coronavírus, com mais de 200 mil casos”, disse a
emissora recordando que na quinta-feira (14), o Ministério da Saúde registrou
844 mortes em 24 horas.
O jornal argentino Página/12 afirmou que a saída do
ministro marca um novo capítulo na “controversa gestão” do ex-capitão. O
periódico disse que o atrito entre o presidente e o médico oncologista se
acirrou quando o ex-ministro soube, enquanto realizava uma coletiva de imprensa,
que o governo havia incluído outros “serviços essenciais” que devem funcionar
na quarentena.
Já o Clarín disse que, assim como o ex-ministro da
pasta Luiz Henrique Mandetta, Teich não concordou com as medidas de combate ao
coronavírus defendidas pelo presidente. “Esta é a segunda saída de um ministro
da Saúde em meio à pandemia do coronavírus”, disse.
O jornal britânico The Guardian afirmou que ao entrar
no cargo, Teich “parecia seguir a linha” do presidente. O diário recordou que o
ex-ministro argumentava que a economia era tão importante quanto a vida.
“Mas nas últimas semanas, Teich discordou cada vez mais
sobre isolamento social e uso de cloroquina, que ele descreveu como uma
‘incerteza’, disse.
Há
terreno para um golpe? Nosso
Informativo está acompanhando atentamente os desdobramentos da crise
governamental e a possibilidade de um golpe de forma diferente, um golpe
chamado “constitucional”, ou algo muito parecido.
Os eventos a favor do fechamento do Congresso e do
Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 3 de maio, a visita de um conhecido
torturador (Major Curió) ao ex-capitão reformado no dia seguinte e as
declarações dos militares que ocupam ministérios nesse governo, trouxeram ao
debate político-jurídico nacional essa possibilidade. Isso sem falarmos de um
bando de fascistas que se reuniram diante do Palácio do Planalto para pedir uma
“intervenção militar” com o demente no poder. Em resposta, ele escreveu em suas
redes sociais: “Eu sou a Constituição”!
E quais caminhos poderiam ser trilhados para realizar
esse “sonho” da direita mais retrógrada e radical?
Em primeiro lugar, um dos instrumentos mais simples
seria a utilização do argumento de “Garantia da Lei e da Ordem (GLO)” que é um
instrumento rápido para impor a vontade do insano. A GLO está garantida pelo
Artigo 142 da atual Constituição e pode ser aplicada no espaço
“constitucional”, ou seja, legalmente e sem choques.
Ainda dentro da aplicação da Constituição, usando o
Artigo 34, há a possibilidade de se usar a Intervenção Federal que depende
apenas da atuação coordenada dos poderes Executivo e Legislativo, sujeita a
controle jurisdicional pelo STF, e pode ser total ou parcial. O poder federal
assume, no primeiro caso, todo o comando da unidade federativa, indicando um
governador-interventor, que controlará todas as áreas: segurança, saúde,
educação, finanças etc.
A Intervenção Federal também é mais abrangente
tematicamente, pois não se resume a situações de segurança pública, como na
GLO. Neste caso, caberia, por exemplo, intervenções por razões sanitárias.
Quanto ao tempo de duração, sua definição é elástica.
Um terceiro modelo de “golpe branco” seria o uso do
Artigo 136 onde diz que o “estado de defesa” visa a preservar ou prontamente
restabelecer “a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade
institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza”.
Seu tempo de duração deverá ser definido por decreto
presidencial, mas o § 2º do art. 136 fixa um tempo de 30 dias prorrogáveis por
mais 30. Desde que isso seja aprovado pela maioria absoluta do Congresso
Nacional, o decreto que institui o Estado de Defesa pode, com respaldo legal,
restringir direitos individuais como direito de reunião, sigilo de
correspondência e de comunicações telefônicas e telegráficas.
O demente poderia ainda lançar mão do “Estado de Sítio”
(artigos 137 e 138 da Constituição), que é a ferramenta mais grave de todas.
Ocorre por autorização do Congresso Nacional, ouvidos o Conselho da República e
do Conselho de Defesa Nacional e pode ser acionado por “comoção grave de
repercussão nacional”, “ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de
medida tomada durante o Estado de Defesa”, ou em caso de declaração de estado
de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira.
Nessa hipótese, em um eventual conflito com a
Venezuela, por exemplo, poderia valer pelo tempo que perdurar o conflito
armado, enquanto nos demais casos deve ser renovado a cada 30 dias, sem limite
de renovações.
O fato concreto é que um golpe de Estado nem sempre significa
violência física, embora permita que exista. Um exemplo clássico de golpe é
descrito por Karl Marx em seu livro “O 18 Brumário de Luiz Bonaparte”, quando o
ditador manobra com alguns deputados que convencem o próprio Congresso a
aplicar um golpe contra si mesmo.
De toda forma, a partir deste número o nosso Informativo
estará acompanhando o tema.
E a
economia? Vamos fazer um rápido
balanço da situação brasileira diante dos desmandos do ex-capitão e da
pandemia. Vamos colocar apenas o título das matérias e a fonte: 1 Atividade
econômica cai 5,9% em março, aponta BC. (Valor Econômico – 15/05); 2 A taxa de
desemprego sobe em 12 de 27 unidades no 1º trimestre, aponta IBGE. (Valor
Econômico – 15/05); 3 O desemprego pode ser o maior dos últimos 25 anos, preveem
analistas. (Valor Econômico – 10/05); 4 China cancela 12 embarques ao Brasil
até julho. (Valor Econômico – 10/05); 5 O governo revê projeção e estima queda
do PIB de 4,7% em 2020. (Valor Econômico – 14/05)
País
pode ter retração de até 10% no PIB. “Se
o país continuar com um grande crescimento no número de casos da Covid-19, sem
uma possível melhora para que ocorra a flexibilização, e um cenário de confinamento
ainda após a metade do ano, a economia pode ter problemas maiores para iniciar
uma retomada. Assim, o Produto Interno Bruto nacional pode registrar queda de
até 10% no final deste ano”. A opinião é do economista da Messem Investimentos,
Álvaro Villa.
No novo anúncio do Boletim Focus, existe uma projeção
de queda do PIB nacional de 4,11%, além da expectativa de que a moeda
norte-americana fique em R$ 4,83 no ano que vem, mas Villa discorda disso. Com
o PIB caindo e a dívida do Brasil aumentando, o Boletim Focus também projetou
que esse ano deva terminar com inflação de 1,76%. Porém, para 2021, a previsão
é de 3,25%.
Indústria
recua em todos os 15 locais pesquisados. Com
o recuo de 9,1% na indústria nacional, de fevereiro para março, na série com
ajuste sazonal, houve retração em todos os 15 locais pesquisados pelo IBGE,
pela primeira vez na série histórica da Pesquisa Industrial Mensal (PIM)
Regional iniciada em 2012.
As quedas mais intensas ocorreram no Ceará (-21,8%), no
Rio Grande do Sul (-20,1%) e em Santa Catarina (-17,9%).
Desde o início da série histórica com 15 locais, esta é
a primeira retração em todos os 15 locais pesquisados. A última grande
disseminação de resultados negativos havia sido em maio de 2018, por ocasião da
greve dos caminhoneiros, com taxas negativas em 14 locais, ficando de fora
apenas o Pará. A série passou a contar com 15 locais em 2012, quando foi
incluído o Mato Grosso. Já a série com 14 locais teve início em 2002, sendo que
em novembro de 2008 foi registrado o perfil mais recente de disseminação geral
de índices negativos.
No acumulado no ano, frente a igual período do ano
anterior, a redução verificada na produção nacional alcançou 10 dos 15 locais
pesquisados, com destaque para Espírito Santo (-13,3%) e Minas Gerais (-8,4%),
pressionados, em grande medida, pelos recuos assinalados por indústrias
extrativas e metalurgia.
Na
liderança... do pesadelo! EUA e
Brasil, líderes mundiais em mortes pelo Covid-19. Segundo as informações
coletadas pela OMS, Brasil e EUA já contam mais de 47% do total de mortos no
planeta.
Não é “por acaso”! Os dois países elegeram líderes que
minimizam a gravidade da pandemia e pressionam para que as medidas de
isolamento social – única maneira efetiva, até agora, de controle da doença –
sejam reduzidas ou abolidas. Um insano e um demente que governam as duas nações
com as maiores populações do continente americano!
Isso
é SOLIDARIEDADE! O Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que já doou mais de 600 toneladas de
alimentos para as famílias mais pobres de diferentes partes do país, dezenas de
organizações que integram a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo têm
mostrado a importância de olhar para o próximo, principalmente em tempos tão
difíceis.
Em entrevista ao programa Bem Viver de segunda-feira
(11), Kelli Mafort, da coordenação nacional do MST, deu detalhes das
iniciativas populares e explicou que, em meio à especulação do preço dos
alimentos industrializados, os brasileiros não conseguem comprar suprimentos e
muito menos ter acesso à alimentação saudável.
Nos últimos anos, segundo Mafort, o desmonte das
políticas da reforma agrária, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e
o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), impede que alimentos sem
agrotóxicos e saudáveis cheguem às famílias, aprofundando ainda mais a ameaça
da fome sobre as populações vulneráveis neste momento.
Para além da doação de alimentos, a Campanha Periferia
Viva, por exemplo, tem feito mutirões para auxiliar mulheres vítimas de
violência durante o isolamento social, assim como orientado trabalhadores sobre
como acessar o auxílio emergencial de R$ 600 disponibilizado pelo governo.
A América
já é o centro da pandemia! Os EUA
tornaram-se o foco central da pandemia do COVID-19, declara a porta-voz da
Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Harris, em uma entrevista à
imprensa.
“Os casos de infecção estão aumentando nas duas
Américas, e já podemos classificá-los como o centro da epidemia", afirmou.
Desde 11 de março, a Organização Mundial de Saúde
classifica a doença COVID-19 causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 detectado na
cidade chinesa de Wuhan no final de 2019 como uma pandemia.
Globalmente, mais de 4,1 milhões de casos de infecção
pelo novo coronavírus foram registrados até o momento, incluindo mais de
286.000 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins dos EUA.
215
milhões de novos pobres na região! A
pandemia da covid-19 e suas repercussões econômicas ameaçam apagar 13 anos de
mobilidade social na América Latina e deixar 214 milhões 700 mil pobres e 83
milhões 400 mil extremamente pobres, disse a Comissão Econômica para a América
Latina e o Caribe (CEPAL), que propôs aos países da região estabelecer uma
renda básica universal de emergência.
Segundo o relatório, o México será o país com o maior
aumento de pobreza na região, uma vez que a pandemia expôs os problemas
estruturais de muitos anos de neoliberalismo, além das deficiências do sistema
de proteção social e regimes de bem-estar muito incompletos e muito frágeis,
muito vulnerável, declarou Alicia Bárcena, secretária executiva da CEPAL.
No México, haverá o maior aumento da pobreza extrema -
pessoas que não conseguem atender pelo menos metade de suas necessidades
básicas -, com um aumento de 4,8%, e será o segundo maior da pobreza - apenas
atrás da Argentina -, com um aumento de 5,9.
Segundo a Cepal, em toda a região, o mercado de
trabalho costuma ser precário: existe uma alta proporção de empregos informais
(53,1% em 2016, segundo a Organização Internacional do Trabalho. Em 2018,
apenas 47,4% dos empregados contribuíram para o sistema e mais de 20% dos
empregados viviam na pobreza: mulheres, jovens, indígenas, afrodescendentes e
migrantes estão super-representados entre os trabalhadores informais.
Triste
dilema. A OIT destaca que os
trabalhadores domésticos estão entre os mais expostos à infecção por
coronavírus e, ao mesmo tempo, os que correm maior risco de perder sua fonte de
renda quando não podem trabalhar devido às medidas de contenção impostas pelos
governos.
As medidas de confinamento e contenção contra a
covid-19 ameaçam aumentar os níveis de pobreza relativa dos trabalhadores na economia
informal, em até 56% nos países de baixa renda, disse ele.
A pobreza relativa é a condição de incapacidade de
atender às necessidades básicas e é uma ameaça tão forte quanto a possibilidade
de se infectar com o novo coronavírus por pelo menos 1,6 bilhão dos 2 bilhões
de trabalhadores empregados na economia informal em todo o mundo, segundo a
OIT.
A maioria dos trabalhadores informais trabalha nos
setores mais afetados pela paralisia econômica associada ao confinamento e,
individualmente ou em pequenas unidades econômicas, constituem o grupo de trabalhadores
mais vulnerável da atual crise.
Segundo o relatório, em particular na Nossa América,
esses trabalhadores da economia informal vivem um triste dilema: sair e se
expor a contrair o vírus ou ficar em casa e passar por grandes dificuldades!
Venezuela
apreende lanchas armadas da Marinha da Colômbia! Militares da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela
apreenderam na tarde de sábado (09) no rio Orinoco, no estado de Bolívar, três
lanchas armadas da Marinha da Colômbia.
As embarcações foram encontradas durante uma patrulha
de militares venezuelanos no município de Cedeño, no contexto da operação de
defesa Escudo Bolivariano.
“As três lanchas são do modelo Boston Wheeler e foram
encontradas em estado de abandono, sem nenhum tripulante, com metralhadoras de
calibre .50 e M60”, comunicou o Ministério da Defesa venezuelano.
No dia seguinte, a Marinha da Colômbia correu para
emitir um comunicado dizendo que as lanchas estavam na orla do rio Meta, em
território colombiano, mas que a correnteza local acabou arrastando as embarcações
até o lado venezuelano. Então tá, então... Nós acreditamos.
Invasão
é parte do plano dos EUA para derrubar Maduro. O Grupo de Puebla, organização formada por 30 líderes
progressistas de 12 países da América Latina, rechaçou a tentativa de invasão
frustrada na Venezuela que ocorreu no dia 03 de maio, afirmando que a operação
faz parte do plano da Casa Branca para “aumentar a pressão sobre o governo
venezuelano, para provocar uma mudança de regime pela força”.
O grupo ainda disse ser “inaceitável” que a região da
América Latina continue sendo “objeto de ações ilegais, violentas e
clandestinas”, que tentam promover “mudanças no regime político de algum país”.
O Grupo de Puebla também destaca que a operação lembrou
a invasão, também sem sucesso, da Baía dos Porcos, em Cuba, em 1961 e fez um
apelo à comunidade internacional para se posicionarem contra as agressões.
Ao
menos, uma boa notícia. A taxa de
perda de florestas diminuiu na América do Sul, embora sua área florestal esteja
diminuindo a cada ano, de acordo com uma avaliação dos recursos florestais do
mundo divulgados na quinta-feira 7 pela FAO.
De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação), a taxa de perda líquida de florestas na América do
Sul caiu aproximadamente metade durante o período 2010-2020, em comparação com
os 10 anos anteriores, 2000 -2010.
Mas, embora o desmatamento seja mais lento, a área
florestal da região continua a diminuir: a América do Sul perdeu 2,6 milhões de
hectares de floresta a cada ano no período 2010-2020, a segunda maior taxa do
mundo, apenas superada pela da África, que anualmente perdia 3,9 milhões de
hectares.
O desmatamento global também continua, embora a uma
taxa mais lenta, com 10 milhões de hectares convertidos anualmente para outros
usos desde 2015, em comparação com 12 milhões de hectares anualmente de 2010 a
2015, de acordo com o relatório da FAO publicado a cada cinco anos.
A área total de floresta no mundo é de 4060 milhões de
hectares, o que corresponde a 31% da área total da terra e é equivalente a
aproximadamente meio hectare de floresta por pessoa no planeta.
PIB
da UE despenca! O Produto Interno
Bruto (PIB) dos países da UE caiu 2,6% em termos anuais no primeiro trimestre
de 2020, de acordo com uma nova estimativa da agência de estatística europeia
Eurostat. Especifica-se que, trimestralmente, esse indicador diminuiu 3,3%.
Por sua vez, o PIB dos 19 países da Zona Euro diminuiu
no primeiro trimestre de 2020 em 3,8% em termos trimestrais e em 3,2% em termos
anuais.
O declínio em termos anuais da zona do euro e da UE é o
mais forte desde o terceiro trimestre de 2009, e o declínio em termos
trimestrais é o maior na história das observações iniciadas em 1995.
Comércio
global deve recuar. O comércio mundial
de bens deve cair a uma taxa nunca vista desde a crise financeira global de
2009, com as estimativas ficando cada vez mais sombrias nas últimas semanas,
disse hoje a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento
(Unctad, por sua sigla em inglês).
O comércio de mercadorias deve ter caído 3,0% no
primeiro trimestre em relação aos três meses finais de 2019, e espera-se perda
de 26,9% no segundo trimestre, informou a Unctad. Na comparação anual, esses números
seriam de quedas de 3,3% e 29,0%, respectivamente.
“Neste momento, a forma da recuperação ainda não está
clara; dependerá da rapidez com que as economias retornarão ao crescimento
positivo e que sua demanda por bens comercializados suba mais uma vez”, disse o
chefe de Estatísticas da Unctad, Steve MacFeely.
No Reino Unido, o PIB preliminar do primeiro trimestre
encolheu 2%, com taxa anual de -1,6%, na maior queda desde a recessão do
subprime em 2008. A produção industrial de março encolheu 4,2%, mas o previsto
era queda de 4,8%. E o saldo comercial com déficit de 12,5 bilhões de libras. A
sensação é que a queda da economia da região possa demorar cerca de dois anos
para recuperar, lembrando que ainda tem toda a questão do Brexit para ser
resolvida.
Na Zona do Euro, a produção industrial de março
encolheu 11,2%, mas a previsão era de queda de 12,8%. Foi a maior queda já
registrada. Nos EUA, Donald Trump quer acelerar a reabertura da economia,
enquanto, no jogo da próxima eleição presidencial, Joe Biden critica a falta de
testes da Covid-19. A China criticou a pressão desenfreada dos EUA que podem
prejudicar os investidores.
O Banco Central Europeu (BCE) ressalta que hoje os
bancos da região estão melhor preparados para atravessar a crise, do que no ano
de 2008. No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em Nova Iorque
mostrava alta de 0,31% (saindo de queda) e com o barril cotado a US$ 25,86. O
euro era transacionado em alta para US$ 1,086 e notes americanos de 10 anos com
taxa de juro de 0,66%. O ouro e a prata tinham leve quedas na Comex e
commodities agrícolas com comportamento misto na Bolsa de Chicago.
Fim
do pesadelo? O governo esloveno
anunciou o fim da epidemia de covid-19 em seu território na quinta-feira (14) e
reabriu suas fronteiras. Algumas medidas preventivas continuam em vigor no país
da Europa Central para evitar a volta de contaminações.
A Eslovênia havia declarado a epidemia em seu
território em 12 de março e é o primeiro país da União Europeia a anunciar o
fim do surto. O primeiro-ministro Janez Jansa justificou a decisão afirmando,
em discurso no Parlamento, que “a Eslovênia controlou a epidemia e hoje tem a
melhor situação clínica na Europa” em relação à covid-19.
Todas as fronteiras do país serão reabertas. Os
cidadãos europeus poderão circular sem entraves. Os outros viajantes deverão
respeitar uma quarentena de ao menos sete dias quando chegarem ao país. A Eslovênia,
localizada em parte nos Balcãs, tem divisas com a Áustria, Croácia, Hungria e
Itália.
Entre as medidas que permanecerão em vigor para evitar
uma segunda onda de contaminações estão a proibição de reuniões públicas,
obrigatoriedade do uso de máscaras e regras de distanciamento social em locais
públicos.
Na
Alemanha... A taxa de contágio pelo
novo coronavírus subiu na Alemanha pelo segundo dia consecutivo, em meio ao
relaxamento das medidas de isolamento em todo o país. Dados divulgados pelo
Instituto Roberto Koch (RKI) – órgão responsável pelo controle e prevenção de
doenças no país – divulgados na segunda-feira (11) revelam que a chamada taxa
de reprodução do vírus chegou a 1,13 no domingo, após o 1,1 registrado no
sábado. Na sexta-feira, a taxa era de 0,83.
A taxa de reprodução indica o potencial de disseminação
do vírus e é uma referência essencial para o trabalho do RKI, que lidera as
pesquisas científicas sobre a pandemia na Alemanha. Os dados desta
segunda-feira significam que cada pessoa infectada transmite a doença para uma
outra pessoa. Quando a taxa é menor do que 1, isso significa que cada vez menos
pessoas são infectadas, e o número total de contaminados diminui.
Quando a chanceler federal alemã, Angela Merkel, e os
governadores dos 16 estados do país decidiram ampliar o relaxamento das medidas
restritivas para conter a disseminação do vírus, a taxa de reprodução estava em
0,65.
Ao anunciar o relaxamento, Merkel disse que se uma
cidade registrar mais de 50 novas infecções por 100 mil habitantes ao longo de
sete dias, ela deverá adotar imediatamente medidas mais rígidas contra a propagação
do vírus, que deverão vigorar até o número ficar abaixo de 50 por no mínimo
sete dias. Por enquanto, não há a possibilidade de um segundo lockdown em nível
nacional, disse a chanceler.
Produção
industrial cai nos EUA. A produção
industrial nos EUA caiu 11,2% em abril, maior queda mensal nos 101 anos de
história do índice, com a pandemia de Covid-19 levando muitas fábricas a
retardar ou suspender as operações ao longo do mês, informa o Federal Reserve
(Fed).
A indústria manufatureira caiu 13,7%, seu maior
declínio já registrado, pois todas as principais categorias registraram quedas.
A produção de veículos automotores e peças caiu mais de 70%; a produção em
outros setores da manufatura caiu 10,3%.
Os índices de serviços de utilidade pública e mineração
diminuíram 0,9% e 6,1%, respectivamente. Com 92,6% de sua média de 2012, o
nível de produção industrial total foi 15% menor em abril do que em 2019. A
utilização da capacidade do setor industrial diminuiu 8,3 pontos percentuais,
para 64,9% em abril, uma taxa 14,9 pontos percentuais abaixo da média de longo
prazo (1972–2019) e 1,8 ponto percentual abaixo do nível mais baixo de todos os
tempos em 2009. O índice é calculado desde 1967.
Todos os principais grupos registraram queda na
produção em abril. O índice de bens de consumo caiu 11,7%, com queda de 36% em
bens de consumo duráveis, declínio de 3,3% em produtos de consumo e de 6,2% em
bens de consumo não energéticos.
Taxa
de desemprego real nos EUA. A profunda
recessão que os EUA estão enfrentando por causa da pandemia de coronavírus já
levou a taxa de desemprego do país, na prática, para perto de 25%, semelhante à
registrada na Grande Depressão dos anos 1930. A afirmação é do professor Barry
Eichengreen, da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Em abril, tal
indicador saltou para 14,7%, mas Eichengreen destaca que há mais 5% de pessoas
desempregadas que as estatísticas oficiais apontam que “não estão trabalhando
por outros motivos” e mais 5% que estão em desalento por causa da crise e,
portanto, não buscam vagas no mercado.
O professor acredita que a queda do Produto Interno
Bruto (PIB) dos EUA neste ano será aguda, de 5,9%, como prevê o Fundo Monetário
Internacional (FMI). Ele destaca que o país ainda está bem distante de adotar
medidas eficientes para combater a doença, como um aumento substancial de
testes e rastreamento de pessoas contaminadas pelo novo vírus e também que é
necessário a descoberta e administração de uma vacina. Para 2021, ele aponta
que poderá ser registrado um crescimento de 2% do PIB, mas será uma marca baixa
e insuficiente para reduzir a taxa de desemprego.
Para Barry Eichengreen, o fator essencial para a
recuperação da economia dos EUA, alguns anos à frente, será a descoberta de uma
vacina contra o coronavírus, pois só ela retomará a normalidade do cotidiano das
pessoas e das empresas. Ele está "cauteloso" de que tal vacina estará
à disposição do público entre 12 e 18 meses, como apontam autoridades do
governo americano. Abaixo, os principais trechos da entrevista.
Agora
deu um nó! Desde a invasão do
Afeganistão e do Iraque os EUA criaram o que seria o ápice do pensamento
econômico neoliberal: privatizaram as guerras através de empresas contratadas
que utilizam mercenários do mundo inteiro, principalmente ex-militares, para
criar forças militarizadas. Nos EUA, as duas maiores e mais conhecidas são a
Blackwater (atualmente chamada Academi), muito usada nos dois países asiáticos,
e a Silvercorp USA, recentemente contratada para organizar a invasão da
Venezuela.
Com a derrota, um problema grave se colocou para o Pentágono
e para a Casa Branca: resgatar seus “veteranos” que foram presos pelo Exército
Bolivariano da Venezuela.
Toda a máquina imperial foi colocada em pleno
funcionamento na semana passada, quando Trump exigiu a libertação de dois de
seus cidadãos - veteranos das Forças Especiais que comandavam sessenta homens
que estavam tentando promover um golpe de Estado e capturar o presidente eleito
para levá-lo para os EUA.
Os cidadãos estadunidenses, como aconteceu na Guerra do
Vietnam, não recebem as notícias reais e vivem enganados pela mídia,
principalmente agora, com a chamada “mídia eletrônica” que invade rapidamente
os lares. Apresentam essa história como se tivesse se fosse apenas uma questão
de segurança desses mercenários.
O que sabemos nesta fase do plano bizarro realizado por
algumas dúzias de mercenários armados para provocar um golpe contra o presidente
da Venezuela, Nicolás Maduro?
De acordo com o Stars & Stripes, um jornal das
Forças Armadas dos EUA, os dois estadunidenses presos, Aaron Barry e Luke Denman,
faziam parte das forças especiais conhecidas como Boinas Verdes e serviam no
Iraque e no Afeganistão, com Jordan Goudreau. Esse indivíduo, diretor da
Silvercorp USA, uma empresa privada de “segurança” com sede em Melbourne
(Flórida), fundada em 2018, que não fornece nenhuma informação sobre seu
gerente ou seus promotores, afirma ter organizado e financiado a tentativa
incorreta de repente, o que eles chamam de “Operação Gideon”.
A menos que o governo Trump faça uma oferta financeira
significativa ao governo venezuelano e concorde em parar de se intrometer em
seus assuntos internos, é provável que os dois estadunidenses metidos a Rambo
passem um tempo considerável olhando seus umbigos em uma prisão venezuelana.
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